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Entrevistas

Denilson LA prepara lançamento de “Casa Azul”

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Denilson LA CASA AZUL

O músico moçambicano Denilson LA lançará no dia 24 deste mês mais um trabalho discográfico, intitulado “Casa Azul” no Hey Jo Tacos, seu segundo álbum depois de “Último dia de Inverno”. Neste trabalho, o músico, promete abrir-se com ao público como nunca fez.  

A ideia de baptizar o álbum com esse nome remete à casa de seu produtor Badjo, onde ele e outros artistas costumam reunir-se para trocar ideias sobre arte e gravar suas composições. Segundo Denilson, quando estão lá, a casa é ambientada com luzes azuis que lhe trazem o espírito de querer expressar seus sentimentos. Para si, o azul é uma cor de vulnerabilidade, felicidade e energias positivas, daí sua preferência por ela, às vezes também associada à tristeza, dependendo do contexto, porem tudo mexe com seus sentimentos.

Assim, a escolha do nome para o álbum não foi aleatória, e suas músicas seguiram o mesmo pensamento. Denilson considera o álbum seu diário, com foco na casa de Badjo, onde conversava com amigos e conhecia novas pessoas, tanto em momentos tristes quanto felizes.

Comparando com seu álbum anterior, apesar de ter trabalhado no mesmo estúdio, a diferença reside no facto de que as músicas não foram programadas para fazer parte deste projecto, ao contrário de “Último Dia de Inverno”, onde sabia que estava a gravar um projecto, mas ainda não tinha um nome para ele.

Como forma de tornar as músicas mais originais e tocantes, resolveu trabalhar com instrumentistas que o acompanham em seus shows. A gravação de todas as músicas levou 2 anos, fluindo naturalmente. A ideia de trazer os instrumentistas foi algo muito diferente para si. O álbum cont atambem com a participação de Bangla 10, que vem de um mundo musical diferente do seu.

A colaboração com Bangla surgiu depois que este o convidou para colaborar em uma de suas músicas. Assim, conseguiram conhecer-se como pessoas, não apenas como músicos, e identificaram-se um com o outro. Além de Bangla, Hernani da Silva e Nicko Journey fazem parte deste trabalho.

https://open.spotify.com/album/53GzRQbFWik8IBXSWYWsg1

O álbum é composto por ritmos musicais africanos misturados com R&B. Em algumas músicas, fez-se coisas novas para criar uma identidade única. Todas as letras contam histórias de amor, vivências, ambições e histórias sobre si para os outros, na expectativa de que alguém se identifique com sua música e seja impactado da melhor forma possível.

Durante o processo de produção dessas músicas, algo interessante aconteceu, seu produtor chegou a emocionar-se com algumas delas enquanto gravavam, o que o fez perceber que caminhava pelo lugar certo, uma vez que notou que suas histórias eram as do outros, algo que ajudou a solidificar a amizade entre eles, uma vez que também passam pelas mesmas situações.

Embora um bom pai não tenha um filho favorito, a primeira música deste álbum tem um grande significado para Denilson. “Quem Sou Eu” traz consigo uma reflexão sobre o amor e ódio que tem pela música. Apesar de ser satisfatório receber muito apoio e admiração pelo que faz, o dinheiro que consegue ainda não é suficiente para estabelecer-se completamente.

Última música lançada antes do álbum

Assim, reflecte sobre as consequências de fazer música e todos os dilemas envolvidos. A inclusão desta música não foi aleatória. Denilson acredita que antes de contar suas histórias, precisa introduzir a todos sobre quem realmente é.

Com este álbum, espera recuperar o investimento feito e pagar aos investidores que acreditaram nele, uma vez que não tinha fundos para custear todas as despesas. Um facto curioso sobre essas músicas é que 30% delas foram criadas para serem vendidas, porém isso não aconteceu, pois seus amigos não permitiram, dai que acredita que elas ganharem mais visibilidade, será algo interessante de se observar.

Antes do lançamento deste álbum, Denilson, estará no 16 Neto as 16 horas do dia 10 de Fevereiro, para uma sessão de escuta do álbum.

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Entrevistas

“Fazer música é o meu propósito de vida” – Elton Penicela

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Elton Penicela, o génio da nova geração de produtores em Maputo

Elton Penicela é um dos novos jovens e promissores produtores musicais que estão a surgir em Moçambique, concretamente na capital, Maputo, e vem conquistando o seu lugar.

O seu amor pela música começou na sua infância, quando, devido a  asma, era impedido de brincar como as outras crianças. Passava, então, mais tempo em frente às telas a assistir vídeos musicais, algo que era considerado incomum pelas pessoas ao seu redor.

Foi nesse contexto que descobriu um talento especial para a audição, pois escutava as músicas de forma diferente, dava atenção aos instrumentais e suas notas, ao contrário da maioria, que focava nas letras e nos ritmos. Nessa época, ouvia todos os tipos de música, e a vontade de desenvolver instrumentais começou a crescer dentro de si, e descobriu o beatbox com a ajuda de seu primo, que era rapper. 

Aos 16 anos, começou a explorar softwares de produção musical em seu celular e teve as suas primeiras experiências na área, iniciando um trabalho que passou a levar a sério, embora tenha ficado mais de três anos sem mostrar suas produções a ninguém por não acreditar na qualidade delas. 

Em 2022, decidiu adoptar a frase “Só é visto quem aparece” e começou a se expor mais.

Elton partilha no seu canal do YouTube o processo de produção de suas instrumentais

Durante seu crescimento, foi impactado por vários artistas, mas Ziqo e Denny Og foram os que mais o marcaram, especialmente porque tinha um disco de um show deles que assistia repetidamente. “No show, eles entravam de carro, e isso era fenomenal para mim”, disse Elton.

Além deles, Hernâni também teve grande influência sobre ele, moldando não apenas seu gosto musical, mas também sua personalidade. Quando uma de suas instrumentais foi incluída em um álbum de Hernâni, Penicela não escondeu a alegria e compartilhou o momento em suas redes sociais, considerando-o um marco em sua vida.

No ano passado, lançou o álbum colaborativo “Selesti” com Rober Mavila, membro da AOPDH, grupo musical conhecido pela música “Xindondi” que faz uma crítica às pessoas que se deixam levar pelos Caça-Níqueis (Xindondi) distribuídos pelas províncias e cidades de Moçambique.

Nesta colaboração Elton e Rober apresentam o 808qTwerka uma nova proposta musical que mistura ritmos nacionais e ocidentais do hip-hop, numa fusão que até vai em como devem ser dançadas as músicas, sem esquecer o uso das línguas maternas como forma de identificação cultural.

O álbum conta com 9 músicas foram feitas nesse contexto de alegria, ansiedade, questionamentos e espiritualidade mas com a características dançante.

A produção deste álbum permitiu que adquirisse mais experiência e levasse a música com mais seriedade, já que investiu seu dinheiro e precisa de retorno.

O álbum foi bem recebido, apesar de ser uma novidade, e isso reforçou ainda mais o desejo de Elton de continuar a trabalhar para impactar a vida das pessoas. Suas metas a longo prazo incluem ajudar aqueles que começaram com ele a prosperar e continuar a causar um impacto positivo, ganhando reconhecimento.

Segundo Penicela, gostaria de ter sabido no início de sua carreira que não é necessário produzir para grandes artistas, mas sim trabalhar com pessoas talentosas para que possam crescer juntos e, como produtor, ter o acesso necessário para construir algo único e fazer críticas directas e construtivas para ambos.

“Muitos produtores esperam inspiração, mas por levar a música a sério, não faço isso“, afirma Elton.

O produtor acredita que não se deve esperar por inspiração para produzir, pois isso pode limitar seu trabalho. “Um médico ou professor não espera estar inspirado para trabalhar, eles precisam trabalhar.”

Produções de Elton Penicela

Como um homem que se sente vivo em movimento, actualmente trabalha no próximo álbum do rapper Konfuzo e na sua Mixtape com Franklin Gusmão. Embora mantenha muitos detalhes em segredo, promete que serão um sucesso e mais um capítulo documentado de sua trajectória na música.

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Havéra confronto verbal entre Trovoada e Epaitxoss? CEO do Rapódromo responde

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Trovoada e Epaitxoss a batalha

Depois das alegações de Trovoada no Show do Fred, não existe algo que mais se pede na internet que não seja um combate directo entre os gladiadores.

Para melhor esclarecer o assunto junto da organização do maior evento de batalhas de verbais, RAPÓDROMO, que é onde surgiu o problema que leva Trovoada e Epaitxoss a desenvolverem uma certa rivalidade, conversamos com Allan, um dos responsáveis.

Segundo informou a nossa fonte em palavras curtas, actualmente a organização pretende focar apenas na temporada 2024, dando a entender que não há disponibilidade para organizar uma batalha somente para resolver esse problema.

Mas existe a possibilidade dos dois participarem das selecções e por ventura cruzarem-se no evento é assim tudo ficar resolvido.

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Depois de alcançar um milhão de visualizações no YouTube, Lukie prepara álbum 

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Lukie

O ano acaba de começar e as expectativas tendem a estar em alta, algo que nao é diferente para a cantora moçambicana Lukie, que no ano passado (2023) lançou o audiovisual “Vão Falar”, ao lado de Idrisse ID, que se tornou num sucesso a ser a música mais pedida na Super Fm por duas semanas consecutivas e alcançado a marca de 1 milhão de visualizações no Youtube. 

Em conversa, Lukie revelou detalhes sobre suas conquistas em 2023 e os planos para 2024. Falando sobre “Vão Falar“, a cantora expressou sua gratidão por ter alcançado um número que sempre almeja, e para si, isso significa que entregou ao mundo, aquilo que precisava e na melhor qualidade, e descreve os sentimento que carrega como honra por representar a cultura e a música moçambicana de maneira tão positiva.

Foi uma conquista incrível e muito gratificante“, afirmou Lukie, demonstrando entusiasmo e determinação para buscar mais sucessos no futuro.

Olhando para o horizonte de 2024, Lukie prometeu aos fãs uma nova fase: mais forte e determinada do que nunca. “Preparem-se para uma nova Lukie, com novas músicas e até mesmo o lançamento do meu álbum”, declarou, embora detalhes sobre o álbum e as músicas que estão por vir ainda sejam um segredo.

Além de seus planos musicais, Lukie falou das suas fontes de inspiração para suas composições, destacando sua mãe como sua maior musa, e para que suas músicas transmitam sentimentos profundos, olha para a sociedade e faz criações que espalham amor, buscando impactar positivamente.

Para quem escuta as músicas de Lukie, sabe que o Emakhuwa, uma das línguas moçambicanas faladas em Cabo Delgado, é predominante em seus trabalhos. Na visão de Lukie, cantar dessa forma reforça seu compromisso em representar a diversidade linguística de Moçambique por meio de sua música.

Outras entrevistas:

Com um olhar optimista para o futuro e uma determinação inabalável em elevar a música moçambicana, Lukie se prepara para fazer de 2024 um ano marcante em sua carreira, prometendo levar adiante sua paixão pela música e sua conexão com a cultura local.

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