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Entrevistas

Depois de alcançar um milhão de visualizações no YouTube, Lukie prepara álbum 

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Lukie

O ano acaba de começar e as expectativas tendem a estar em alta, algo que nao é diferente para a cantora moçambicana Lukie, que no ano passado (2023) lançou o audiovisual “Vão Falar”, ao lado de Idrisse ID, que se tornou num sucesso a ser a música mais pedida na Super Fm por duas semanas consecutivas e alcançado a marca de 1 milhão de visualizações no Youtube. 

Em conversa, Lukie revelou detalhes sobre suas conquistas em 2023 e os planos para 2024. Falando sobre “Vão Falar“, a cantora expressou sua gratidão por ter alcançado um número que sempre almeja, e para si, isso significa que entregou ao mundo, aquilo que precisava e na melhor qualidade, e descreve os sentimento que carrega como honra por representar a cultura e a música moçambicana de maneira tão positiva.

Foi uma conquista incrível e muito gratificante“, afirmou Lukie, demonstrando entusiasmo e determinação para buscar mais sucessos no futuro.

Olhando para o horizonte de 2024, Lukie prometeu aos fãs uma nova fase: mais forte e determinada do que nunca. “Preparem-se para uma nova Lukie, com novas músicas e até mesmo o lançamento do meu álbum”, declarou, embora detalhes sobre o álbum e as músicas que estão por vir ainda sejam um segredo.

Além de seus planos musicais, Lukie falou das suas fontes de inspiração para suas composições, destacando sua mãe como sua maior musa, e para que suas músicas transmitam sentimentos profundos, olha para a sociedade e faz criações que espalham amor, buscando impactar positivamente.

Para quem escuta as músicas de Lukie, sabe que o Emakhuwa, uma das línguas moçambicanas faladas em Cabo Delgado, é predominante em seus trabalhos. Na visão de Lukie, cantar dessa forma reforça seu compromisso em representar a diversidade linguística de Moçambique por meio de sua música.

Outras entrevistas:

Com um olhar optimista para o futuro e uma determinação inabalável em elevar a música moçambicana, Lukie se prepara para fazer de 2024 um ano marcante em sua carreira, prometendo levar adiante sua paixão pela música e sua conexão com a cultura local.

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Entrevistas

Denilson LA prepara lançamento de “Casa Azul”

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Denilson LA CASA AZUL

O músico moçambicano Denilson LA lançará no dia 24 deste mês mais um trabalho discográfico, intitulado “Casa Azul” no Hey Jo Tacos, seu segundo álbum depois de “Último dia de Inverno”. Neste trabalho, o músico, promete abrir-se com ao público como nunca fez.  

A ideia de baptizar o álbum com esse nome remete à casa de seu produtor Badjo, onde ele e outros artistas costumam reunir-se para trocar ideias sobre arte e gravar suas composições. Segundo Denilson, quando estão lá, a casa é ambientada com luzes azuis que lhe trazem o espírito de querer expressar seus sentimentos. Para si, o azul é uma cor de vulnerabilidade, felicidade e energias positivas, daí sua preferência por ela, às vezes também associada à tristeza, dependendo do contexto, porem tudo mexe com seus sentimentos.

Assim, a escolha do nome para o álbum não foi aleatória, e suas músicas seguiram o mesmo pensamento. Denilson considera o álbum seu diário, com foco na casa de Badjo, onde conversava com amigos e conhecia novas pessoas, tanto em momentos tristes quanto felizes.

Comparando com seu álbum anterior, apesar de ter trabalhado no mesmo estúdio, a diferença reside no facto de que as músicas não foram programadas para fazer parte deste projecto, ao contrário de “Último Dia de Inverno”, onde sabia que estava a gravar um projecto, mas ainda não tinha um nome para ele.

Como forma de tornar as músicas mais originais e tocantes, resolveu trabalhar com instrumentistas que o acompanham em seus shows. A gravação de todas as músicas levou 2 anos, fluindo naturalmente. A ideia de trazer os instrumentistas foi algo muito diferente para si. O álbum cont atambem com a participação de Bangla 10, que vem de um mundo musical diferente do seu.

A colaboração com Bangla surgiu depois que este o convidou para colaborar em uma de suas músicas. Assim, conseguiram conhecer-se como pessoas, não apenas como músicos, e identificaram-se um com o outro. Além de Bangla, Hernani da Silva e Nicko Journey fazem parte deste trabalho.

https://open.spotify.com/album/53GzRQbFWik8IBXSWYWsg1

O álbum é composto por ritmos musicais africanos misturados com R&B. Em algumas músicas, fez-se coisas novas para criar uma identidade única. Todas as letras contam histórias de amor, vivências, ambições e histórias sobre si para os outros, na expectativa de que alguém se identifique com sua música e seja impactado da melhor forma possível.

Durante o processo de produção dessas músicas, algo interessante aconteceu, seu produtor chegou a emocionar-se com algumas delas enquanto gravavam, o que o fez perceber que caminhava pelo lugar certo, uma vez que notou que suas histórias eram as do outros, algo que ajudou a solidificar a amizade entre eles, uma vez que também passam pelas mesmas situações.

Embora um bom pai não tenha um filho favorito, a primeira música deste álbum tem um grande significado para Denilson. “Quem Sou Eu” traz consigo uma reflexão sobre o amor e ódio que tem pela música. Apesar de ser satisfatório receber muito apoio e admiração pelo que faz, o dinheiro que consegue ainda não é suficiente para estabelecer-se completamente.

Última música lançada antes do álbum

Assim, reflecte sobre as consequências de fazer música e todos os dilemas envolvidos. A inclusão desta música não foi aleatória. Denilson acredita que antes de contar suas histórias, precisa introduzir a todos sobre quem realmente é.

Com este álbum, espera recuperar o investimento feito e pagar aos investidores que acreditaram nele, uma vez que não tinha fundos para custear todas as despesas. Um facto curioso sobre essas músicas é que 30% delas foram criadas para serem vendidas, porém isso não aconteceu, pois seus amigos não permitiram, dai que acredita que elas ganharem mais visibilidade, será algo interessante de se observar.

Antes do lançamento deste álbum, Denilson, estará no 16 Neto as 16 horas do dia 10 de Fevereiro, para uma sessão de escuta do álbum.

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Isac Project o futuro do jazz moçambicano

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ISAC PROJECT

Às vezes, a música é uma jornada de descoberta pessoal e espiritual. Conversamos com o músico moçambicano Isac Project, cuja paixão pela viola baixo o levou a explorar novos horizontes no mundo do jazz. Descubra mais sobre a essência deste artista emergente que está conquistando corações e mentes em Moçambique e além.

Isac Project teve seu primeiro contacto com a viola baixo na igreja, onde aprendeu as bases de sua carreira musical. A experiência de tocar na banda da igreja o cativou e o inspirou a buscar uma carreira musical mais ampla. Essa paixão inicial o impulsionou a se tornar o músico talentoso que é hoje.

Quando perguntado sobre suas influências, Isac menciona Nathan East, um baixista internacional do mundo do jazz, e Hélder Gonzaga, uma inspiração nacional. Além disso, destaca álbuns do renomado baixista Victor Wooten, como “Words and Tones”, que tiveram um impacto significativo em sua jornada musical.

Seu álbum “Bass in Worship” não é apenas intrigante, mas também cheio de significado. O jazz é o pano de fundo desse álbum, que abrange uma variedade de ritmos contemporâneos, jazz soul e elementos espirituais. Isac Project explora sua fé e espiritualidade por meio da música, criando um álbum que fala ao coração e à alma.

A essência por trás de “Bass in Worship” é uma mensagem poderosa de que o jazz é para todos. Isac Project acredita que a música é uma linguagem universal que pode ser apreciada por pessoas de todas as tribos e níveis sociais, usa o álbum para mostrar sua identidade como cristão e expressa sua devoção e gratidão a Deus por meio da música jazz.

A jornada para criar este álbum começou em 2018, e foi lançado em março de 2020. Desde então, Isac Project tem se apresentado e encantado o público em Maputo.

Quando questionado sobre sua faixa favorita no álbum, Isac destaca “Nakurandza”, uma fusão de jazz e ritmos africanos que pede por mais amor, força e compaixão na Terra. A faixa transmite uma mensagem de esperança e unidade.

O jazz é conhecido por sua improvisação, e Isac Project não decepciona nesse aspecto. O álbum “Bass in Worship” é uma demonstração do talento de Isac para a improvisação, sempre mantendo uma lógica harmoniosa e melódica.

Isac acredita que é importante incorporar suas origens em sua música, mesmo que seja em apenas uma ou duas faixas. Mostrar suas raízes africanas é uma maneira de manter sua identidade cultural em seu trabalho. As expectativas para o álbum “Bass in Worship” foram superadas, com muitas pessoas aderindo ao álbum e solicitando sua compra. O sucesso do álbum abre portas para um futuro brilhante para Isac Project.

Além deste álbum, podemos esperar muito mais do Isac Project, incluindo colaborações com grandes artistas nacionais e internacionais. Sua jornada musical está apenas começando, e temos muito mais para esperar.

Em relação à cena musical moçambicana, Isac vê um país rico em diversidade cultural, com uma cena de jazz em crescimento. O artista destaca nomes como Jimmy Dlullu e Hélder Gonzaga como fontes de inspiração e acredita que Moçambique tem todo o potencial para se destacar internacionalmente no cenário do jazz.

A principal mensagem que Isac espera transmitir é que a boa música de qualidade é uma característica marcante da cena musical moçambicana.

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Elvis Jucundo apresenta “Bomani” e rompe tabus: A Importância de permitir que os homens chorem

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Bomani

Quem disse que grandes sonhos não podem surgir de humildes começos? É o que nos ensina Elvis Jucundo, um cineasta moçambicano, cuja paixão pela sétima arte floresceu a partir de suas experiências no teatro da igreja, pegou seu telefone, reuniu ideias e colocou em prática seu sonho de gravar um filme, que será lançado no dia 18 de novembro na Faculdade de Engenharia da UEM, na cidade de Maputo.

Trailer do filme

Intitulado “BOMANI“, que significa “Guerreiro”, o filme conta a história de John Bomani, um jovem africano dotado de poderes sobrenaturais, enfrentando o estigma de ser acusado de bruxaria. Sua jornada é repleta de desafios, perdas e a pressão da expectativa de que “homens não choram”. O filme desafia esse estereótipo e destaca a importância de lidar com as próprias vulnerabilidades.

“Por debaixo da máscara da masculinidade, John Bomani lembra-nos que todos, independentemente do gênero, partilham a capacidade de sentir medo, dor e fragilidade. E um recordação comovente de que a humanidade partilha emoções universais”.

Elvis realizou seu sonho de produzir “BOMANI” com a ajuda de amigos, superando desafios financeiros, como transporte e alimentação. Ele teve que ser criativo e recorrer à ajuda de familiares que emprestaram casas para a filmagem. O filme foi gravado com um smartphone e levou oito meses para ser concluído, com um elenco de 20 actores.

Através das minhas obras, busco criar uma experiência cinematográfica única, onde a narrativa se entrelaça com a expressão artística.

A selecção de actores seguiu critérios rigorosos, com a habilidade de falar inglês sendo um dos mais importantes, dada a natureza bilíngue do filme. Além disso, Elvis procurou espírito dinâmico e vontade de realizar entre seus amigos para garantir que todos compartilhassem sua paixão e visão.

Durante nossa conversa, ele se lembrou de momentos difíceis quando tinha que lutar para entrar em transportes públicos abarrotados com equipamentos de filmagem, mas nunca desistiu de seu sonho.

Desde 2021, Elvis aventurou-se no cinema de forma amadora, filmando suas próprias obras com nada mais do que um celular e um sonho. Interpretando múltiplos personagens em seus curtas-metragens, cativou seu público com histórias em inglês, todas compartilhadas em seu canal do Youtube. Como se isso não fosse o suficiente, Elvis também desempenhou um papel de destaque no seriado nacional “A Influencer” no mesmo ano.

Filho de peixe, peixinho é

Mas de onde veio a inspiração para essa jornada cinematográfica? O crédito vai para o pai de Elvis, um verdadeiro amante de filmes que colecionava DVDs como tesouros. Seu pai não só assistia a filmes, mas também fazia anotações sobre eles, e essa paixão pelo cinema foi transmitida a Elvis.

“Foi ele quem me deu a cereja no bolo ao assistir um dos meus vídeos, o Joker – Caldo Benny Challenge. Ele me questionou sobre o ‘Argumento’ desse filme, e eu, que nunca tinha ouvido falar disso, não consegui responder. Aí ele me ensinou o que era um ‘Argumento’ e a sua importância. Hoje, faço anotações tal como ele fazia e não me apercebia”, contou-nos o cineasta.

As influências de Elvis não param por aí. Ele se inspira no cinema de autor, buscando criar experiências únicas em suas obras, onde a narrativa se entrelaça com a expressão artística. Ele se inspira em realizadores como Christopher Nolan, pela maneira como constrói o filme, a história e cria um mundo único e mágico sem magia, assim como em atores como Ryan Reynolds, Denzel Washington e Gerard Butler.

Ao perguntarmos sobre seus projectos futuros, Elvis mantém o mistério, mas promete algo melhor, com uma técnica aprimorada e uma história ainda mais envolvente. Ele acredita que é possível transformar a indústria cinematográfica moçambicana, desafiando o status quo e incentivando outros a correrem atrás de seus sonhos.

Elvis Jucundo é a personificação de como a paixão, a determinação e a crença em si mesmo podem abrir caminhos em direcção a sonhos aparentemente inatingíveis. Ele nos lembra que, quando se trata de realizar nossos sonhos, tudo é possível se realmente acreditarmos e trabalharmos duro para alcançá-los.

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