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Cultura

Entre Skates e performances artísticas todos gritaram “Eu Sou do Guetto” em Khongolote

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Entre Skates e performances artísticas todos gritaram "Eu Sou do Guetto" em Khongolote

O movimento cultural “Eu Sou do Guetto”, visitou no sábado passado, 24 de Setembro o Skate Parke de Khongolote, para a realização do seu penúltimo Sarau Cultural com apoio do Centro Cultural Moçambique – Alemão (CCMA).

O evento tinha como objectivo, levar arte para locais poucos explorados em bairros considerados Guetto, pelo movimento. Através do evento, os participantes do sarau, puderam trocar experiências sobre diversos assuntos artísticos, assim como desportivos, em conversa e apresentações de performances.

O evento que tinha como hora marcada 15 horas, foi vítima do habitual “ma 15” atraso moçambicano, iniciando alguns minutos depois. Apesar deste atraso, os que já se faziam no local, mostravam-se ansiosos de tal forma que já desenvolviam conversas com os Skatistas e vice-versa, em alguns casos, surgiram até corajosos que se fizeram à pista, agregando mais uma habilidade à sua vida.

Entre performances artísticas e desportivas, até a lua sentiu ciúmes do sol, resolvendo o afastar para que também pudessem assistir. Até ao final do evento, era visível a cara de satisfação dos participantes, o que deixou o responsável pelo Skate Park, Francisco Vinho, satisfeito com a visita e na fé que o evento despertou outros interesses entre os praticantes de skate, com vocação para as artes.

“Os alunos daqui no Skate Park, que tem uma certa inclinação para as artes, poderão através deste evento, ganhar coragem ou até brotar esse talento, daí que será uma mais-valia para a sociedade, pois um novo homem nascerá, e aprendemos também a valorizar cada escolha” – Francisco Vinho

Enquanto isso, Watson Colosse, responsável pelo “Eu Sou do Guetto”, revelou a Xigubo, que o evento em Khongolote, mostrou que ainda existe muito trabalho, no que diz levar arte para locais poucos usados para este fim, uma vez que pode perceber que aquela era a primeira vez que os praticantes, assim como habitantes daquela zona, assistiam algo parecido.

“É importante mostrar arte para esse público e deixar reagir às atuações do seu jeito. Fico feliz por termos chegado a Khongolote, deu para perceber que das próximas vezes, existem coisas que devemos acautelar, como é a questão do transporte e localização do espaço” – Watson Colosse

Falando sobre a parceria com o CCMA, Watson revela que apesar de desafiadora, está a surtir óptimos resultados, uma vez que em curto espaço de tempo puderam realizar 4 saraus, sem precisar preocupar-se com aspectos técnicos e de comunicação com outros públicos.

O último sarau cultural, “Eu Sou do Guetto”, será realizado no bairro da Matola Santos no dia 8 de Outubro, e contará com a participação de artistas locais, para além de exposições de artesanato e outras manifestações artísticas.

Uma vez que o Movimento Cultural, conta com parceria do Moz Slam, Ernestina e Awa, consideradas as melhores poetisas do sarau, terão direito a apresentar-se no final da quarta edição do Moz Slam, a ser realizado no dia 22 de Outubro no Café das Letras.  

Cultura

Talentos nacionais em destaque na residência artística internacional

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Maputo acolhe a residência artística internacional Resistir Para Existir, que reúne criadores de seis países lusófonos e destaca o talento moçambicano. Entre os artistas seleccionados, destacam-se Leia Nhambe, Shelcia Mac e Nicole Bota, que vão apresentar o produto final da residência no próximo dia 12 de Setembro, no Centro Cultural Moçambique-China.

Inserida no projecto Resistência e Afirmação Cultural, a iniciativa visa criar uma obra multidisciplinar que revisita memórias colectivas dos processos de libertação colonial e das lutas antifascistas. A residência, coordenada pela Associação Cultural Scala, em parceria com a Khuzula, seleccionou estes talentos entre mais de uma centena de candidaturas.

Lea Nhambe, actriz e cantora, é considerada uma das vozes mais promissoras da nova geração moçambicana. Iniciou-se no teatro comunitário e destacou-se como protagonista da série A Influencer. Foi ainda nomeada para os Prémios Mozal e participou em filmes como Prato Frio e O Preço da Culpa.

Shelcia Mac, cantora e compositora, dedica-se à música popular contemporânea desde cedo. Participou no programa Fama Show aos 17 anos, lançou o single Regalia em 2023 e estreou, em 2025, o espectáculo 4 Estações Live Show.

Nicole Bota, de 25 anos, traz uma perspectiva fresca da nova vaga de criadores moçambicanos. Depois de viver sete anos em Lisboa, regressou a Maputo para seguir a sua paixão pelo canto, conciliando a carreira artística com o trabalho como gestora de redes sociais.

O processo criativo da residência tem privilegiado a partilha de saberes entre todas as disciplinas, incluindo dança, música, teatro e artes visuais. A iniciativa promove fusões inesperadas entre estilos como a morna cabo-verdiana, o semba angolano, o gumbé guineense e a marrabenta moçambicana.

Além das artistas moçambicanas, participam criadores de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A apresentação final contará com mais de cinquenta profissionais em palco, entre residentes internacionais, artistas e técnicos moçambicanos. O espectáculo multidisciplinar será documentado e arquivado na plataforma digital CASA, constituindo um repositório permanente para as artes performativas da lusofonia.

A iniciativa conta com o apoio do PROCULTURA, financiado pela União Europeia e co-financiado pelo Camões, I.P. e pela Fundação Calouste Gulbenkian, além do apoio estratégico do Ministério da Educação e Cultura de Moçambique.

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Nick do Rosário apresenta “As mãos do medo”

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A Gala-Gala Edições anuncia o lançamento do livro “As Mãos do Medo”, de Nick do Rosário, composto por 86 páginas e 5 cadernos (sombra, memórias, sol, corpo e breves anotações), este é o segundo livro publicado pela Gala-Gala Edições, sucedendo o íconico “Gaveta de Cinzas”, lançado em 2021.

O lançamento do livro, que sai pela Colecção Biblioteca de Poesia Rui de Noronha, acontecerá no Camões – Centro Cultural Português, em Maputo, no dia 26 de Agosto, com início às 17h30.

Com “As Mãos do Medo”, vencedor do Prémio Literário 21 de Agosto (da Cidade de Quelimane) e finalista do Prémio Fernando Leite Couto (2023), Nick do Rosário, que é ainda autor do livro de poesia infantil “Poemas à Sombra da Infância” (2023), consolida a sua voz como poeta. Em “As Mãos do Medo”, Nick do Rosário mergulha nas profundezas dos receios e ansiedades que moldam a existência.

Através de versos carregados de simbolismo e introspecção, o autor explora a natureza multifacetada do amor, as suas manifestações e o seu impacto no indivíduo, como esclarece Cremildo Bahule, que assina o prefácio.

Segundo o escritor Pedro Pereira Lopes, editor da livro, a obra revela uma autoconsciência da escrita que a transcende, transformando-a num objecto de meditação.

O poeta de “As Mãos do Medo” questiona-se sobre a sua própria pena, sobre “como escrever um poema aos gritos” e o “demorado tempo do poema”. Numa fuga deliberada do que é “concreto”, a lírica é tecida em associações que se abrem para o enigma, para a “fúria de emoções” que a matéria da poesia encerra.

A poesia não é um refúgio da realidade, mas uma sua outra face, uma sombra em que a memória “incendia” e o silêncio “chega cru e tem voz”. O poema é, em última instância, uma cicatriz, um “fósforo” que arde na possibilidade do fogo, ou das cinzas, e que nos deixa o seu rasto como uma marca indelével e verdadeira.

O evento de lançamento do livro “As Mãos do Medo” contará com a participação do professor e escritor Cremildo Bahule, que apresentará a obra, e da banda Xihitana, que trará um brilho adicional à noite, com a sua actuação.

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Dedos do Barro e da Tinta: Nova exposição de Sebastião Coana e Reinata Sadimba

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“Dedos do Barro e da Tinta” é a nova exposição dos artistas moçambicanos Reinata Sadimba e Sebastião Coana, que foi inaugorada recentemente e estará aberta até 28 de Junho de 2025, no Centro Cultural Franco-Moçambicano.

A exposição reúne cerâmicas de Sadimba e pinturas de Coana, celebrando a essência cultural de Moçambique, para destacar o diálogo entre as gerações e técnicas distintas dos dois artistas. Reinata Sadimba, ícone da arte Makonde, apresenta cerâmicas que traduzem histórias, rituais e tradições do norte do país.

Sebastião Coana, com sua pintura vibrante e contemporânea, aborda temas sociais e culturais por meio de cores intensas e abordagens inovadoras. Juntos, os artistas exploram a identidade e a vida moçambicana, com a mulher como símbolo central da criação artística.

“‘Dedos do Barro e da Tinta’ é uma celebração da criatividade e da cultura moçambicana, unindo dois universos artísticos únicos”, afirma a organização. A exposição é a segunda de um ciclo de quatro mostras previstas para 2025, sob curadoria de Sebastião Coana e convidados, no âmbito do projecto ARTE NA ZONA, promovido pela Associação Movimento Artístico (AMA). A iniciativa visa fortalecer a colaboração entre artistas e ampliar o acesso às artes visuais e conta com o apoio do Millennium bim e o Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM).

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