Cultura
Tawen recebe um novo herói, Capitão Cafreal
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A Kadore entretenimento, através do seriado Crônicas da Tawen, criado pelo retratista Fernando Tinga, o roteirista Rupia Júnior e o realizador de cinema Milton Tinga, que retrata de forma cómica e sarcástica, o estilo de vida moçambicano nas suas várias vertentes, apresenta mais um episódio, onde traz como novidade, Capitão Cafreal, um super herói moçambicano.
Segundo o Roteirista Rupia Júnior, o personagem tem como objectivo, agregar valores positivos ao público infanto-juvenil e mostrar que Moçambique também pode ter superes heróis, “ queremos incutir desde cedo nas crianças, o espírito patriótico”
A personagem surge do estereótipo dum super-herói com poderes especiais, com capacidade de voo, velocidade e força. Segundo os realizadores está é uma forma de todos os moçambicano “ identificarem-se de primeira, nos surgiu um Galo, e o nome também tiramos da galinha cafreal, visto que é um nome bastante popular aqui no sul, e a piada está em dar poderes de voo a um galo e dar o nome de cafreal visto que é designado para galinhas”.
A sinopse da primeira aparição de Capitão Cafreal, gira em torno das suas tarefas como galo e super herói onde precisa zelar pela segurança da sua capoeira , com a missão de cacarejar quando o sol nasce, mas quando dona Marta está em apuros recorre ao bravo capitão.

Depois do episódio piloto e o primeiro, é possível notar uma certa evolução quanto aos gráficos e efeitos que se fazem presentes no seriado, o que vai de encontro com a promessa feita pela Kadore no ano passado, em conversa com a Xigubo, sobre a criação do Crônicas da Tawen.
“Na verdade o nosso foco sempre foi melhorar a nossa forma de contar estórias, e os gráficos são uma parte importante é neste processo porque é através dele que conseguimos transmitir a essência do nosso Produto”. – Milton Tinga, director criativo
Fernando Tinga, retratista que trabalha a pouco tempo com ilustrações, revela ser esta uma experiência não muito diferente do retrato porque no “final do dia é tudo ilustração, considero interessante porque é como se estivesse a dar vida a um retrato, apesar de ser mais complexo, o resultado deixa sempre orgulhoso e satisfeito”.
A equipa espera impactar de forma positiva a sociedade, com maior enfoque para pais e encarregados de educação, professores e público em geral a incentivarem nas crianças o hábito de consumir desde cedo a cultura local.
“vivemos numa era em que quase todo entretenimento, vem da Europa ou dos Estados Unidos, e com esse projecto nós possamos abrir a consciência dos moçambicanos,que do mesmo jeito que uma criança pede para que lhe comprem uma pasta, camiseta ou lhe façam um bolo do spider-man, ela também pode pedir do capitão cafreal ou de outro herói moçambicano, também apelar à classe empresarial,para que invista mais em outras áreas culturais , não é possível um país se sustentar apenas com música, a literatura, teatro , cinema e as artes plásticas também são boas potências culturais para projeção do turismo no nosso país”
Para o crescimento do projecto a equipa apesar das limitações económicas existentes, pretendem criar um estúdio de animação e unir artistas moçambicanos que estejam na mesma área ou semelhante. “E ver esse tipo de conteúdo, nacional, sendo consumido com intensidade. O único desafio é não termos institutos de ensino desse tipo de arte”, disse Fernando.
Cultura
Maputo recebe terceira edição da exposição “Encontros do Património Audiovisual”
A cidade de Maputo inaugurou esta segunda-feira (27) a terceira edição da exposição Encontros do Património Audiovisual, iniciativa que convida a refletir sobre a memória audiovisual dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
A mostra está estruturada em três eixos principais. O primeiro apresenta uma vídeo-instalação que combina recortes de documentos, cartas e notícias com vídeo arte, resultado do trabalho da artista franco-sérvia Mila Turajlić, que pesquisa o antigo cinejornal jugoslavo e materiais filmados para movimentos de libertação em África. Entre o acervo analisado, destaca-se o espólio de Dragutin Popović, operador de câmara da Filmske Novosti, que filmou para a Frelimo na Tanzânia, material que deu origem ao filme Venceremos.
O segundo eixo presta homenagem aos 40 anos da estreia do filme moçambicano “O Tempo dos Leopardos”, com roteiro de Luís Carlos Patraquim, Licínio Azevedo, Zdravko Velimirović e Branimir Šćepanović, e fotografia de Victor Marrão.
O terceiro eixo é constituído por uma vídeo-instalação com entrevistas a antigos funcionários de salas de cinema do Instituto Nacional de Cinema, resultado de um levantamento documental e mapeamento de profissionais ligado à história do cinema moçambicano, desenvolvido pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique (AAMCM), que mantém esse material como principal acervo.
A exposição proporciona ao público uma viagem pela memória audiovisual da região, destacando tanto o cinema histórico como a investigação artística contemporânea.
Cultura
Edna Jaime apresenta “Nyiko – A Celebração” no Franco-Moçambicano
A performer moçambicana Edna Jaime apresenta “Nyiko – A Celebração” na sexta-feira, 24 de Outubro, às 19h, na Sala Grande do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM).
O espectáculo é uma obra de dança contemporânea que funde movimentos e ritmos tradicionais moçambicanos com linguagens coreográficas modernas, celebrando a gratidão, a resiliência e a união comunitária, bem como a diversidade e singularidade do dom (Nyiko) presente em cada indivíduo.
Com diferentes disciplinas artísticas em palco, a criação constrói uma narrativa visual e sonora que conecta corpo, ritmo e ancestralidade. O elenco reúne Francisco Macuvele, Alberto Nhabangue, Sucre da Conceição, Diogo Amaral, Sussekane, Radjha Ally e a Associação Cultural Machaka, num colectivo que celebra a força da colaboração e o poder do movimento.
“Nyiko – A Celebração” é um convite a partilhar histórias, memórias e emoções, exaltando a vida em comunidade e a importância das contribuições individuais dentro do colectivo. Ciente do valor cultural e social da obra, a organização convida os órgãos de comunicação social a estarem presentes e cobrirem este momento especial.
Edna Jaime, nascida em Setembro de 1984, em Maputo, é uma performer e coreógrafa moçambicana com mais de duas décadas de carreira internacional. Começou a sua formação artística na Casa da Cultura de Maputo em 1996, especializando-se em dança tradicional e canto.
Em 2001 descobriu a dança contemporânea, área na qual construiu uma trajectória marcada pela inovação e interculturalidade, colaborando com artistas moçambicanos e internacionais e participando em projectos que unem dança, cinema e performance.
Entre os seus trabalhos mais marcantes estão “Niketche” (2005), apresentado em França no festival Danse L’Afrique Danse, e “Lady, Lady” (2016), uma colaboração entre Moçambique, África do Sul e Madagáscar. Com a coreografia “O Bom Combate”, conquistou o Prémio Reconhecimento ZKB – 2021, na Suíça.
Em 2021 fundou a KHANI KHEDI – Soluções Artísticas, produtora que orienta os seus projectos e iniciativas de artivismo, promovendo a reflexão social através da arte. Entre os trabalhos mais recentes destacam-se a performance no Melhor Vídeo de Hip Hop Moz – 2022 e o Projecto Fotográfico “7 de Abril” (2023), em parceria com Ivan Barros, que homenageia a mulher moçambicana como artista e agente de transformação social.
Cultura
Xisute: dança contemporânea e tradição moçambicana unem-se em manifesto contra a violência
A Associação Cultural Converge+ e o Projecto Festival Raiz anunciam a apresentação da mostra Xisute, uma criação conjunta das artistas Carol Naete, Joana Mbalango, Regina Cuamba e Rostalina Dimande, que será exibida no dia 7 de Novembro de 2025, às 19h, na Casa Velha.
Xisute nasce do diálogo entre a dança contemporânea e os movimentos tradicionais moçambicanos, trazendo para o centro o símbolo da cintura feminina espaço de vida, beleza e feminilidade, mas também território de opressão e violência.

O corpo da mulher, em cena, evoca a sua ancestralidade, dançando a sensualidade como potência vital e não como objecto de exploração. Entre ondulações e gestos interrompidos, a coreografia revela cicatrizes, dores e silêncios do feminicídio, transformando cada movimento em acto de resistência.
Nesta mostra, a cintura antes controlada ergue-se como testemunho de dignidade e libertação. Xisute é um manifesto coreográfico contra a violência, um conto de memórias e uma celebração da esperança, onde a beleza e a feminilidade florescem como raízes de liberdade.