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Smoller vinga-se das batalhas internas em “Tha Revenge iz now” - Xigubo
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Smoller vinga-se das batalhas internas em “Tha Revenge iz now”

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Smoller vinga-se das batalhas internas em “Tha Revenge iz now”

José Sitoe Júnior, conhecido artisticamente como Smoller, é um rapper moçambicano que sempre teve a música presente em sua vida. Desde tenra idade, acompanhava sua mãe no grupo coral da igreja, onde era líder. Além disso, seus 9 irmãos e primos sempre o introduziram a arte, expondo-o a vários estilos musicais.

Aos 10 anos de idade, tudo ficou claro para si e começou a manifestar seu interesse pelo rap, participando de rodas de freestyle. Com o passar dos anos, em 2015, começou a trabalhar com a Cypher Studios, um colectivo de jovens artistas.

“Tha Revenge iz now é o meu contributo para a sociedade como artista” – Smoller

Em sua discografia, Smoller possui o álbum intitulado “XXIX“, lançado em 2018, e o EP “While We Wait” (Enquanto Esperamos), lançado em 2020, e agora, “Tha Revenge iz now” (A vingança é agora), um projecto que iniciou em 2019, cujas as músicas são resultantes de experiências antigas, que segundo Smoller ainda são relevantes nos dias de hoje.

A Vingança é composta por 13 músicas que compõem 3 fases do projecto, Smollerai, Omega e Zezinho, com produção de Max258, Bondjo Boncho, Moz, OBS, Mad K, Ell Puto, Grim e Iron Br11.

Smoller vinga-se das batalhas internas em “Tha Revenge iz now”

Contra-Capa do álbum

Desde o seu lançamento, o álbum tem se destacado nas plataformas digitais,  com o alcance de posição notável no charts da Apple Music, o que mostra o reconhecimento do seu trabalho pelo público, e que é para Smoller  um outro nível, pois, sente que sua mensagem está a ter o efeito que pretendia.

Sobre a recepção do público, Smoller compartilhou que, embora não tenha tido muito contacto físico, já recebeu feedback positivo de outros artistas como Sodoma, Jay Arghh e outros, que o levaram a derramar lagrimas de felicidade.

Com o álbum, quer também retribuir para a nova geração a influência musical que recebeu de seus irmãos mais velhos, que o moldaram como artista.

Suas experiências pessoais foram importantes na criação do “Tha Revenge iz now”, com a apresentação das suas batalhas internas e dilemas.

“Como artistas, temos uma responsabilidade muito grande em dar voz à sociedade. Nossas palavras muitas vezes influenciam as pessoas e, por termos uma plataforma, temos essa responsabilidade artística”, afirmou Smoller

“Tha Revenge iz now é uma motivação para nunca desistirmos dos nossos sonhos, precisamos estar lá e agora” – Smoller

O processo de produção deste trabalho é classificado como estranho pelo seu criador, uma vez que a primeira música “Legendary”, produzida por Moz e Bondjo Boncho nasce depois de rejeitar várias instrumentais propostas por alguns produtores, porém quando escutou a que deu vida à música, tudo encaixou-se e foi o início e uma longa jornada. Durante a criação, o rapper teve em mente a responsabilidade que os artistas têm em dar vida à sociedade através de suas palavras e mensagens.

Smoller vinga-se das batalhas internas em “Tha Revenge iz now”

 “Precisamos criar um caminho para as próximas gerações, construindo um castelo com cada pedra colocada no presente” – Smoller

Para o futuro, Smoller tem grandes planos, que tem como objectivo, imortalizar o álbum para que não seja apenas um produto passageiro, de tal forma que prepara mais conteúdo de interação pessoal com seus fãs.

Sobre a influência do “boom” digital em Moçambique com relação a música, o rapper acredita que, embora o mundo digital esteja a ter grande espaço na cena musical, o que tem expandido seus trabalhos, revela que não se pode esquecer daqueles que não estão conectados aos serviços digitais.

Com o álbum “tha Revenge iz now”, Smoller quer deixar a sua marca na cena musical moçambicana, inspirando com suas palavras e mensagens poderosas, aliado com sua abordagem reflexiva e consciência da responsabilidade artística que tenta evidenciar em seus trabalhos, para que possa solidificar-se como um dos artistas mais promissores do país.

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AOPDH prepara primeiro show a solo

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O grupo AOPDH prepara-se para realizar o seu primeiro show a solo, intitulado Peta Trap no dia 12 de outubro, no Centro Cultural Moçambicano Alemão, na cidade de Maputo, 

Para o grupo, o evento marca um momento especial na carreira do grupo, que tem construído sua trajectória com parcerias, mas agora celebra a realização de um show próprio. 

Em entrevista, os membros do grupo afirmaram que este é um dos primeiros eventos onde têm total controle criativo, o que proporcionará uma experiência mais próxima e personalizada para o público.

Segundo a AOPDH, o show será uma oportunidade única para os fãs verem de perto uma performance que reflecte directamente a essência do grupo, com músicas que abordam questões da sociedade de forma sincera e sem filtros. 

Durante a entrevista destacaram a importância de cantar em línguas locais, como tem feito em seus trabalhos, o que representa o cotidiano e a cultura do sul de Moçambique. Para eles, a música vai além do mercado e do marketing, sendo uma forma de expressão autêntica, conectando-os ao público de maneira significativa.

“Queremos criar um espaço na música popular para expressar aquilo que se vive na sociedade”

Phiskwa membro da AOPDH

Os integrantes da AOPDH também ressaltaram que o show será uma chance de criar um espaço de diálogo e interação com os fãs, algo que ainda é escasso no cenário musical local. O grupo, prometeu uma apresentação que não apenas revela a profundidade de suas letras, mas também oferece uma experiência de palco memorável, com energia e proximidade.

“Acreditamos que quem vai nos conhecer no show, vai ter uma boa experiência de certeza” disse  Phiskwa membro da AOPDH. Este show, cujo a entrega está condicionada ao pagamento de 100 a 200 meticais,terá uma transmissão em directo, no Youtube da 16 Cenas.

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Rumo ao seu lugar no rap, Nélio OJ lança “Ninguém Fará por Nós”

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O rapper moçambicano Nélio OJ lançou recentemente o seu novo projecto, “Ninguém Fará por Nós”, com uma mensagem clara e urgente: a responsabilidade de transformar Moçambique está nas mãos dos seus cidadãos, especialmente da juventude. 

O título da mixtape reflecte o descontentamento de Nélio ao observar que muitos moçambicanos estão a desistir de lutar por um futuro melhor.

“Se não formos nós a lutarmos para mudar ou melhorar o nosso país, ninguém fará por nós”

Nélio OJ

Nélio OJ revela que o início da sua carreira foi marcado por desafios. Ao fazer parte de um grupo onde era o único com uma visão interventiva para o rap, teve de se adaptar ao ambiente, algo que, apesar das dificuldades, o ajudou a ganhar experiência na cena musical.

 Após a separação do grupo, sentiu-se livre para seguir o seu próprio caminho e dar vida ao estilo de rap que sempre desejou produzir.

escute seus trabalhos aqui

“Cometi alguns erros, mas foram esses erros que me tornaram o que sou hoje”, reflete o rapper. Ele destaca que, embora a carreira de rapper em Moçambique seja desafiante, não vê isso como motivo para desistir.

Inspirado pela realidade moçambicana, os desafios sociais, políticos e as dificuldades enfrentadas pela sociedade no dia a dia, Nélio OJ busca utilizar a sua música como um reflexo desses problemas e uma chamada à ação. A mixtape “Ninguém Fará por Nós” é um projecto pessoal, que Nélio descreve como o seu “BI artístico”, um meio para que o público conheça o verdadeiro artista por trás das letras. 

“Estou aqui para fazer a minha parte porque ninguém fará por mim”

Nélio OJ

OJ cita como influências nomes de peso tanto da cena nacional quanto internacional, como Azagaia, Valete, Emicida, Gabriel o Pensador, MC Marechal, Eminem, J Cole, Nas, Hernâni da Silva e MCK, de quem ele procura absorver elementos que o inspiram a continuar a sua jornada.

O principal objetivo de Nélio com este projecto é evoluir profissionalmente e levar a sua música ao maior número possível de moçambicanos, sejam eles apreciadores de rap ou não. “Quero que as minhas letras sirvam de inspiração para as pessoas, que libertem e curem mentes”, conclui o artista, deixando claro que a sua missão vai além do entretenimento, buscando impactar e transformar vidas por meio da sua arte.

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Franklin Gusmão e Elton Penicela apresentam “Flow da Munhava”

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“Flow da Munhava” é o novo trabalho discográfico que uniu mais uma vez  Elton Penicela e Franklin Gusmão, para juntos criarem letras com histórias do cotidiano em ritmos moçambicanos e trap. 

Disponível em algumas plataformas de streaming, o trabalho colaborativo oferece uma experiência auditiva única. Em uma entrevista a Xigubo, Franklin Gusmão revelou as inspirações e o processo criativo por trás deste projecto.

Franklin Gusmão revelou no início da nossa conversa que uma das coisas que mais ama neste projecto é o facto de ter sido feito de forma espontânea, facilitado pela química entre ele e Elton.

Explica ainda que a inspiração para criar o alter ego GUSTTAVO e a mixtape veio da necessidade de representar a terra que viu seus pais crescer, Sofala. Franklin desenvolveu essa vontade quando viveu lá por um tempo, e acredita que a representação é perceptível no sotaque do GUSTTAVO.

O processo criativo por trás das músicas foi simples devido à parceria sólida entre os dois artistas, segundo contam. Elton enviava os beats ou Franklin os pedia, e, com base no que ouvia, reencarnava GUSTTAVO, e o resto se desenrolava naturalmente. 

“Não podemos esquecer das nossas raízes” – Franklin Gusmão

Essa facilidade de colaboração resultou em uma fusão harmoniosa de ritmos nacionais e trap, com a intenção de manter a representatividade e não esquecer as raízes culturais. Franklin acredita que não é necessário buscar samples estrangeiros para fazer bons beats, e Elton tem demonstrado isso em suas produções, misturando elementos tradicionais com toques modernos para a nova geração.

A fusão de ritmos presentes em “Flow da Munhava” é um subgênero que os artistas chamam de “808qTwerka”. O 808, um tipo de baixo popular em instrumentais de trap, é programado de maneira não convencional, criando uma batida que incita o público a dançar. Este é o segundo projecto que apresenta esse gênero após “Selesti” com Rober Mavila. 

A criação de um alter Ego para expor sentimentos ocultos

Franklin revelou que nunca escreveu as músicas na primeira pessoa; embora alguns o chamem de Gusttavo, apenas interpreta essa persona. Gusttavo não é tratado como uma pessoa, mas como um sentimento, uma ideia, uma representação da luxúria presente nos homens, daí que acredita que todo homem tem pensamentos ocultos que não são expressos por questões de ética. 

Gusttavo é a representação desses pensamentos ocultos em sua forma mais pura e sem filtros. Ele afirma que nunca diria ou faria o que Gusttavo diz fazer, mas admite que já teve esses pensamentos, assim como todos nós já tivemos em algum momento.

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