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Sidney Mavie: Estão a matar o Hip-Hop com Featurings pagos
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Sidney Mavie, renomado produtor moçambicano, recentemente lançou um debate fervoroso na comunidade hip-hop de Moçambique ao expressar preocupações sobre a comercialização crescente do gênero. Mavie, conhecido por seu papel fundamental na cena do hip-hop do país, fez um apelo aos artistas locais para que reavaliem sua abordagem em relação aos valores cobrados por colaborações (featurings) no movimento.
O debate começou quando Mavie destacou que o hip-hop deve ser motivado pelo “amor à camisola” e que colocar preços nas colaborações está desvirtuando a essência do movimento. Argumenta que, enquanto é compreensível que artistas comerciais cobrem por seus serviços de featuring, o hip-hop deveria permanecer intrinsecamente conectado ao seu espírito de comunidade e colaboração desinteressada.
Mavie fez um apelo aos artistas mais estabelecidos para considerarem a importância de apoiar os talentos emergentes, não apenas financeiramente, mas também através do mentorado e da orientação. Ele sugeriu que, em vez de imediatamente definir um preço para colaborações, os artistas poderiam adotar a prática de ouvir a música do aspirante a colaborador e avaliar se há espaço para crescimento e desenvolvimento antes de definir um valor.
O produtor também enfatizou que o movimento hip-hop em Moçambique enfrenta desafios significativos e que não é uma fonte confiável de renda para muitos artistas. Alertou tambem aqueles que buscam apenas o lucro a reconsiderar suas motivações e a procurar oportunidades de emprego fora da indústria musical, se necessário.
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Ethale Publishing abre convite para novos escritores
A Ethale Publishing, editora vocacionada na promoção da literatura e da cultura, através de um comunicado nas suas redes sociais, emitiu um convite aos escritores para submeterem os seus trabalhos para futura publicação.
Ao longo dos anos, a editora tem colaborado com figuras icônicas da literatura, como Ngũgĩ wa Thiong’o, Aminta Sow Fall, Licínio de Azevedo e Wole Soyinka, consolidando-se como uma plataforma que celebra a riqueza cultural e a diversidade de histórias do continente.
A Ethale acredita no poder de promover autores com diferentes perspectivas e histórias únicas, e deseja continuar ampliando esse espaço. Por meio desse novo convite, escritores que possuem manuscritos ou ideias inovadoras são incentivados a participar e compartilhar suas vozes. O objetivo da editora é continuar enriquecendo o panorama literário com publicações em português que dialoguem com as experiências africanas.
Os interessados podem submeter suas propostas entrando em contato pelo e-mail [ethalebooks@gmail.com] ou visitando o site oficial [ethalebooks.com]. A Ethale Publishing reafirma seu compromisso em apoiar a literatura africana e está ansiosa para explorar novas histórias que representem a diversidade do continente.
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Morreu o músico moçambicano Dilon Ndjindji
A música moçambicana está de luto: perdeu a vida o músico moçambicano Dilon Ndjindji, o rei da Marrabenta, vítima de doença.
A informação foi avançada pelo Presidente do Município de Marracuene, Shaffe Sidat, através das suas redes sociais.
NOTÍCIA EM ACTUALIZAÇÃO
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“Não penso na velhice, tenho medo que a velhice pense em mim”- Mia Couto
O escritor moçambicano Mia Couto, famoso por suas obras, frequentemente aborda a temática do tempo em suas entrevistas e livros. Para o escritor, o tempo e as idades devem ser encarados como travessias, uma visão que permeia sua produção literária.
Em um curto vídeo recente, Mia Couto expressa seu desejo de atravessar o tempo de maneira distraída, sem se deixar prender por suas limitações. Essa mesma reflexão está presente no poema “O espelho”, escrito em 2006, no qual o autor discorre sobre a perplexidade diante do envelhecimento e como a luz da idade revela nosso verdadeiro reflexo.
Confira abaixo o poema que explora essa temática:
O espelho
“Esse que em mim envelhece
assomou ao espelho
a tentar mostrar que sou eu.
Os outros de mim,
fingindo desconhecer a imagem,
deixaram-me, a sós, perplexo,
com meu súbito reflexo.
A idade é isto: o peso da luz
com que nos vemos.”
Maputo, 2006