Entrevistas
Pretty New Rod um artista moçambicano em Ascensão
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Desde o início de sua carreira em 2016, o artista moçambicano Pretty New Rod, tem traçado um caminho promissor na indústria musical. Com uma abordagem única que mistura as línguas portuguesa e inglesa, buscando impactar globalmente.
Da sua lista de músicas já lançadas, encontramos “Mine” que parte de uma experiência pessoal com sua amiga especial. Embora fossem apenas amigos, havia uma conexão profunda entre os dois, o que resultou em uma música que retrata esses sentimentos complexos.
Outra colaboração significativa na carreira do artista foi com o talentoso músico Wagner, que actualmente está conquistando uma base de fãs na Espanha. Sempre que estão juntos no estúdio, a criatividade flui e resulta em produções musicais cativantes, como o hit “Wave”.
No entanto, o artista está dando um passo adiante em sua jornada musical. Junto com seu parceiro Nella, da Bandana ENT, decidiram levar suas carreiras para um nível profissional. Embora o mercado da música moçambicana esteja em constante crescimento, o artista está determinado a expandir seus horizontes e alcançar um público internacional. Para isso, acredita que o networking é fundamental. Colaborar com artistas estrangeiros, enviar músicas para DJs internacionais e criar conexões com pessoas de diferentes partes do mundo são estratégias que está disposto a explorar para ampliar sua base de fãs globalmente.
Apaixonado por diversos gêneros musicais, como Amapiano, Afrobeat e West Coast Hip Hop, Pretty New Rod encontra inspiração nessas influências para criar suas próprias composições. Dedica tempo para aprimorar suas habilidades de escrita, sempre deixando anotações e letras no telefone para auxiliar na criação de novas músicas.
Diante dos desafios e críticas, o artista se mantém focado em seu crescimento pessoal e profissional. Acolhe críticas construtivas, pois acredita que isso o ajudará a melhorar e se destacar ainda mais na indústria musical.
Ambicioso e visionário, o artista almeja ser reconhecido como um dos maiores artistas do mundo e também deseja se destacar como um dos melhores designers de moda da África. Sua determinação e paixão pela música e pela moda o impulsionam a buscar constantemente novas conquistas e elevar seus talentos a um patamar internacional.
Com seu álbum de estreia, “Son Of Netta”, prestes a ser lançado em breve, o artista promete emocionar e surpreender seus fãs. O projeto promete uma experiência musical diversificada, que envolverá os ouvintes em uma jornada repleta de
Com uma mistura de ritmos cativantes e letras que tocam a alma, o álbum proporcionará momentos de dança, reflexão e vulnerabilidade.
Ainda que o caminho para o reconhecimento internacional seja desafiador, o artista está determinado a superar qualquer obstáculo em seu caminho. Ele acredita que a música moçambicana está em constante evolução e destaca os avanços significativos que têm sido feitos nos últimos anos. Atravessando fronteiras e colaborando com artistas renomados, ele está determinado a colocar a música de Moçambique no mapa global.
Além de sua carreira musical, o artista também tem aspirações no mundo da moda. Com um olhar atento para o estilo e um senso de design único, ele almeja se tornar um dos melhores designers de roupas da África. Combinando sua paixão pela música e moda, ele busca deixar sua marca em múltiplos campos artísticos.
Enquanto aguardamos ansiosamente pelo lançamento de seu álbum e acompanhamos sua trajetória ascendente, é impossível não se encantar pela determinação, criatividade e talento desse artista multifacetado. Com sua abordagem inovadora, letras sinceras e uma visão ambiciosa para o futuro, ele está destinado a se destacar e inspirar uma nova geração de artistas em Moçambique e além.
Entrevistas
AOPDH prepara primeiro show a solo
O grupo AOPDH prepara-se para realizar o seu primeiro show a solo, intitulado Peta Trap no dia 12 de outubro, no Centro Cultural Moçambicano Alemão, na cidade de Maputo,
Para o grupo, o evento marca um momento especial na carreira do grupo, que tem construído sua trajectória com parcerias, mas agora celebra a realização de um show próprio.
Em entrevista, os membros do grupo afirmaram que este é um dos primeiros eventos onde têm total controle criativo, o que proporcionará uma experiência mais próxima e personalizada para o público.
Segundo a AOPDH, o show será uma oportunidade única para os fãs verem de perto uma performance que reflecte directamente a essência do grupo, com músicas que abordam questões da sociedade de forma sincera e sem filtros.
Durante a entrevista destacaram a importância de cantar em línguas locais, como tem feito em seus trabalhos, o que representa o cotidiano e a cultura do sul de Moçambique. Para eles, a música vai além do mercado e do marketing, sendo uma forma de expressão autêntica, conectando-os ao público de maneira significativa.
Os integrantes da AOPDH também ressaltaram que o show será uma chance de criar um espaço de diálogo e interação com os fãs, algo que ainda é escasso no cenário musical local. O grupo, prometeu uma apresentação que não apenas revela a profundidade de suas letras, mas também oferece uma experiência de palco memorável, com energia e proximidade.
“Acreditamos que quem vai nos conhecer no show, vai ter uma boa experiência de certeza” disse Phiskwa membro da AOPDH. Este show, cujo a entrega está condicionada ao pagamento de 100 a 200 meticais,terá uma transmissão em directo, no Youtube da 16 Cenas.
Entrevistas
Rumo ao seu lugar no rap, Nélio OJ lança “Ninguém Fará por Nós”
O rapper moçambicano Nélio OJ lançou recentemente o seu novo projecto, “Ninguém Fará por Nós”, com uma mensagem clara e urgente: a responsabilidade de transformar Moçambique está nas mãos dos seus cidadãos, especialmente da juventude.
O título da mixtape reflecte o descontentamento de Nélio ao observar que muitos moçambicanos estão a desistir de lutar por um futuro melhor.
Nélio OJ revela que o início da sua carreira foi marcado por desafios. Ao fazer parte de um grupo onde era o único com uma visão interventiva para o rap, teve de se adaptar ao ambiente, algo que, apesar das dificuldades, o ajudou a ganhar experiência na cena musical.
Após a separação do grupo, sentiu-se livre para seguir o seu próprio caminho e dar vida ao estilo de rap que sempre desejou produzir.
“Cometi alguns erros, mas foram esses erros que me tornaram o que sou hoje”, reflete o rapper. Ele destaca que, embora a carreira de rapper em Moçambique seja desafiante, não vê isso como motivo para desistir.
Inspirado pela realidade moçambicana, os desafios sociais, políticos e as dificuldades enfrentadas pela sociedade no dia a dia, Nélio OJ busca utilizar a sua música como um reflexo desses problemas e uma chamada à ação. A mixtape “Ninguém Fará por Nós” é um projecto pessoal, que Nélio descreve como o seu “BI artístico”, um meio para que o público conheça o verdadeiro artista por trás das letras.
OJ cita como influências nomes de peso tanto da cena nacional quanto internacional, como Azagaia, Valete, Emicida, Gabriel o Pensador, MC Marechal, Eminem, J Cole, Nas, Hernâni da Silva e MCK, de quem ele procura absorver elementos que o inspiram a continuar a sua jornada.
O principal objetivo de Nélio com este projecto é evoluir profissionalmente e levar a sua música ao maior número possível de moçambicanos, sejam eles apreciadores de rap ou não. “Quero que as minhas letras sirvam de inspiração para as pessoas, que libertem e curem mentes”, conclui o artista, deixando claro que a sua missão vai além do entretenimento, buscando impactar e transformar vidas por meio da sua arte.
Entrevistas
Franklin Gusmão e Elton Penicela apresentam “Flow da Munhava”
“Flow da Munhava” é o novo trabalho discográfico que uniu mais uma vez Elton Penicela e Franklin Gusmão, para juntos criarem letras com histórias do cotidiano em ritmos moçambicanos e trap.
Disponível em algumas plataformas de streaming, o trabalho colaborativo oferece uma experiência auditiva única. Em uma entrevista a Xigubo, Franklin Gusmão revelou as inspirações e o processo criativo por trás deste projecto.
Franklin Gusmão revelou no início da nossa conversa que uma das coisas que mais ama neste projecto é o facto de ter sido feito de forma espontânea, facilitado pela química entre ele e Elton.
Explica ainda que a inspiração para criar o alter ego GUSTTAVO e a mixtape veio da necessidade de representar a terra que viu seus pais crescer, Sofala. Franklin desenvolveu essa vontade quando viveu lá por um tempo, e acredita que a representação é perceptível no sotaque do GUSTTAVO.
O processo criativo por trás das músicas foi simples devido à parceria sólida entre os dois artistas, segundo contam. Elton enviava os beats ou Franklin os pedia, e, com base no que ouvia, reencarnava GUSTTAVO, e o resto se desenrolava naturalmente.
“Não podemos esquecer das nossas raízes” – Franklin Gusmão
Essa facilidade de colaboração resultou em uma fusão harmoniosa de ritmos nacionais e trap, com a intenção de manter a representatividade e não esquecer as raízes culturais. Franklin acredita que não é necessário buscar samples estrangeiros para fazer bons beats, e Elton tem demonstrado isso em suas produções, misturando elementos tradicionais com toques modernos para a nova geração.
A fusão de ritmos presentes em “Flow da Munhava” é um subgênero que os artistas chamam de “808qTwerka”. O 808, um tipo de baixo popular em instrumentais de trap, é programado de maneira não convencional, criando uma batida que incita o público a dançar. Este é o segundo projecto que apresenta esse gênero após “Selesti” com Rober Mavila.
A criação de um alter Ego para expor sentimentos ocultos
Franklin revelou que nunca escreveu as músicas na primeira pessoa; embora alguns o chamem de Gusttavo, apenas interpreta essa persona. Gusttavo não é tratado como uma pessoa, mas como um sentimento, uma ideia, uma representação da luxúria presente nos homens, daí que acredita que todo homem tem pensamentos ocultos que não são expressos por questões de ética.
Gusttavo é a representação desses pensamentos ocultos em sua forma mais pura e sem filtros. Ele afirma que nunca diria ou faria o que Gusttavo diz fazer, mas admite que já teve esses pensamentos, assim como todos nós já tivemos em algum momento.