Cultura
Njingiritana prepara edição 8 do Festival da Criança
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O “Njingiritana, Festival da Criança” está de volta e promete encantar crianças e adultos da cidade de província de Maputo entre os dias 9 e 12 de Novembro, com uma prévia empolgante chamada “Pre-fest: Mundo da Criança” que ocorreu na Galeria do Porto no dia 28 de Outubro.
Organizado pela Xiluva Artes, o “Njingiritana, Festival da Criança” já se tornou um ponto fixo na agenda cultural de Moçambique, desde que foi lançado em 2016. O objectivo do festival é proporcionar às crianças a oportunidade de mergulhar em experiências artísticas e culturais enriquecedoras, que contribuam para a sua formação como cidadãos do futuro.
Segundo o comunicado de imprensa que tivemos acesso, a diretora do festival, Mel Matsinhe, afirmou que a iniciativa visa “expor as crianças fora dos centros urbanos a produtos de arte e cultura de alta qualidade, contribuindo para sua formação através das artes.”
Este ano, o festival expande seus horizontes ao se desdobrar em três locais: Maputo, Marracuene e Matola Mozal. Na cidade de Maputo, a Galeria do Porto e a Escola S. Gwaza Muthini em Marracuene serão os palcos das actividades, enquanto na Matola Mozal, o Espaço Atlas receberá o festival pela primeira vez. Essa expansão visa alcançar novos públicos e proporcionar a experiência do festival a um número ainda maior de crianças.
O programa deste ano é repleto de actividades que incluem oficinas criativas com foco no livro, sessões de desenho, pintura, olaria, contação de histórias e muito mais. Além disso, os participantes poderão desfrutar de apresentações musicais e de dança, concursos de lançamento de papagaios e feiras de livros, artesanato, gastronomia e saúde.
Um destaque especial deste ano é a presença do músico Maliano Adama Keita, que se apresentará em Maputo ao lado do percussionista Tony Paco, compartilhando o palco com os talentos locais como Chico Antônio e Onésia Muholove.
São também convidados desta edição a Acadêmica Sandra Tamele, fundadora da Editora Trinta Zero Nove e presidente da Associação Moçambicana de Editoras e Livreiros; os artistas Joana Mbalango, Yolanda Kakana, o Grupo de Xigubo Gwaza Muthine e a jovem Academy Band. Participam do mesmo as crianças da escola de Artes Xiluva, da escola de dança Dans’Artes e do Programa Infantil da Televisão de Moçambique.
Cultura
Maputo recebe terceira edição da exposição “Encontros do Património Audiovisual”
A cidade de Maputo inaugurou esta segunda-feira (27) a terceira edição da exposição Encontros do Património Audiovisual, iniciativa que convida a refletir sobre a memória audiovisual dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
A mostra está estruturada em três eixos principais. O primeiro apresenta uma vídeo-instalação que combina recortes de documentos, cartas e notícias com vídeo arte, resultado do trabalho da artista franco-sérvia Mila Turajlić, que pesquisa o antigo cinejornal jugoslavo e materiais filmados para movimentos de libertação em África. Entre o acervo analisado, destaca-se o espólio de Dragutin Popović, operador de câmara da Filmske Novosti, que filmou para a Frelimo na Tanzânia, material que deu origem ao filme Venceremos.
O segundo eixo presta homenagem aos 40 anos da estreia do filme moçambicano “O Tempo dos Leopardos”, com roteiro de Luís Carlos Patraquim, Licínio Azevedo, Zdravko Velimirović e Branimir Šćepanović, e fotografia de Victor Marrão.
O terceiro eixo é constituído por uma vídeo-instalação com entrevistas a antigos funcionários de salas de cinema do Instituto Nacional de Cinema, resultado de um levantamento documental e mapeamento de profissionais ligado à história do cinema moçambicano, desenvolvido pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique (AAMCM), que mantém esse material como principal acervo.
A exposição proporciona ao público uma viagem pela memória audiovisual da região, destacando tanto o cinema histórico como a investigação artística contemporânea.
Cultura
Edna Jaime apresenta “Nyiko – A Celebração” no Franco-Moçambicano
A performer moçambicana Edna Jaime apresenta “Nyiko – A Celebração” na sexta-feira, 24 de Outubro, às 19h, na Sala Grande do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM).
O espectáculo é uma obra de dança contemporânea que funde movimentos e ritmos tradicionais moçambicanos com linguagens coreográficas modernas, celebrando a gratidão, a resiliência e a união comunitária, bem como a diversidade e singularidade do dom (Nyiko) presente em cada indivíduo.
Com diferentes disciplinas artísticas em palco, a criação constrói uma narrativa visual e sonora que conecta corpo, ritmo e ancestralidade. O elenco reúne Francisco Macuvele, Alberto Nhabangue, Sucre da Conceição, Diogo Amaral, Sussekane, Radjha Ally e a Associação Cultural Machaka, num colectivo que celebra a força da colaboração e o poder do movimento.
“Nyiko – A Celebração” é um convite a partilhar histórias, memórias e emoções, exaltando a vida em comunidade e a importância das contribuições individuais dentro do colectivo. Ciente do valor cultural e social da obra, a organização convida os órgãos de comunicação social a estarem presentes e cobrirem este momento especial.
Edna Jaime, nascida em Setembro de 1984, em Maputo, é uma performer e coreógrafa moçambicana com mais de duas décadas de carreira internacional. Começou a sua formação artística na Casa da Cultura de Maputo em 1996, especializando-se em dança tradicional e canto.
Em 2001 descobriu a dança contemporânea, área na qual construiu uma trajectória marcada pela inovação e interculturalidade, colaborando com artistas moçambicanos e internacionais e participando em projectos que unem dança, cinema e performance.
Entre os seus trabalhos mais marcantes estão “Niketche” (2005), apresentado em França no festival Danse L’Afrique Danse, e “Lady, Lady” (2016), uma colaboração entre Moçambique, África do Sul e Madagáscar. Com a coreografia “O Bom Combate”, conquistou o Prémio Reconhecimento ZKB – 2021, na Suíça.
Em 2021 fundou a KHANI KHEDI – Soluções Artísticas, produtora que orienta os seus projectos e iniciativas de artivismo, promovendo a reflexão social através da arte. Entre os trabalhos mais recentes destacam-se a performance no Melhor Vídeo de Hip Hop Moz – 2022 e o Projecto Fotográfico “7 de Abril” (2023), em parceria com Ivan Barros, que homenageia a mulher moçambicana como artista e agente de transformação social.
Cultura
Xisute: dança contemporânea e tradição moçambicana unem-se em manifesto contra a violência
A Associação Cultural Converge+ e o Projecto Festival Raiz anunciam a apresentação da mostra Xisute, uma criação conjunta das artistas Carol Naete, Joana Mbalango, Regina Cuamba e Rostalina Dimande, que será exibida no dia 7 de Novembro de 2025, às 19h, na Casa Velha.
Xisute nasce do diálogo entre a dança contemporânea e os movimentos tradicionais moçambicanos, trazendo para o centro o símbolo da cintura feminina espaço de vida, beleza e feminilidade, mas também território de opressão e violência.

O corpo da mulher, em cena, evoca a sua ancestralidade, dançando a sensualidade como potência vital e não como objecto de exploração. Entre ondulações e gestos interrompidos, a coreografia revela cicatrizes, dores e silêncios do feminicídio, transformando cada movimento em acto de resistência.
Nesta mostra, a cintura antes controlada ergue-se como testemunho de dignidade e libertação. Xisute é um manifesto coreográfico contra a violência, um conto de memórias e uma celebração da esperança, onde a beleza e a feminilidade florescem como raízes de liberdade.