Entrevistas
“Mutumbela Gogo, é um grupo teatral que soube honrar a arte” – DAVID ABÍLIO

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O Mutumbela Gogo primeiro grupo teatral profissional em Moçambique, completa neste ano, 36 anos de existencia, o que levou o Dramaturgo e Coreógrafo moçambicano, David Abílio que acompanhou de perto o processo de criação e evolução do grupo, a relembrar e exaltar os feitos deste grupo.
Em conversa com a Xigubo, David, revelou que a criação do Mutumbela simboliza a dinamização do teatro em Moçambique e os seus trabalhos não só influenciaram assim como influenciam na criação de novos grupos teatrais que seguem a mesma linham de teatro Moçambicano e trazendo conteúdos educativos que ajudam no desenvolvimento da arte assim como do país.
Para o dramaturgo deve se olhar para o grupo teatral como um exemplo a seguir, uma vez que apesar de todas dificuldades que este atravessou conseguiu se firmar no território nacional e internacional, sem preocupar-se com os obstáculos que enfrentam, mas sim, focando apenas em melhores maneiras para trazer conteúdos de qualidade com objectiv o de agradar ao público por estes criados. E ainda sobre a questão de criação de públicos, David Abílio olha para a inclusão de outras áreas da arte em peças teatrais, como uma das melhores estratégias usadas pelo Mutumbela para o eriquecimento do teatro nacional, criando e apliando desta forma o seu público.
David Abílo para além de ter acompanhado de perto o crescimento do grupo teatral revelou ser um grande apreciador do trabalho da Mutumbela de tal forma que ainda guarda em sua memória algumas peças que o marcaram.
Segundo contou, o poema “Nove Horas” de Rui Nogar, foi uma das várias peças teatrais que mais o impressionaram pela qualidade e criatividade em dramatizar e transformar um poema num trabalho de se “abanar a cabeça” para além de terem transformado a imaginação que todos tinham quando liam ou ouviam o poema em realidade.
“Apesar de tudo não se acomodem” foi o conselho deixado por David Abílio para o Mutumbela Gogo, e ainda disse que nunca se chega a meta quando se trata da arte, mas devem alegrar-se com os resultados obtidos, apesar das dificuldades e perdas que o grupo tem ultrapassado nos últimos anos.
E olha para a realização e criação de Festivais, escolas e faculdades que impulsionam o desenvolvimento do teatro e artes no geral de forma profissional e descentralizada, como resultado da luta pela profissionalização do teatro a 35 anos atrás pela Mutumbela Gogo, onde destacou o Festival de Teatro de Inverno, a Escola de Comunição e Artes (ECA) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e a Faculdade de Ciências da Linguam, Comunicação e Artes na Universidade Pedagógica (UP).
De lembrar que David Abílio Coreógrafo e encenador, dirigiu a Companhia Nacional de Canto e Dança (CNCD) durante 12 anos. O seu espectáculo mais conhecido em Moçambique é o “Sol Nasceu”, que ganhou em 1985 um prémio do governo moçambicano e já fez parte do conselho no Ministério da Cultura de Moçambique.

Entrevistas
Zé Bomba, fotógrafo dos famosos, busca apoio para capturar a vida

Zé Bomba, um dos fotógrafos que documentou as noites mais agitadas do país e, consequentemente, de celebridades, precisa de ajuda para continuar a captar a sua vida.
A notícia chegou através do fotógrafo Ismail Essak, ou simplesmente Chairman, num anúncio do próximo episódio do podcast MozPod, que conta com a participação de José Alberto Martins, nome oficial de Zé Bomba.
O fotógrafo está doente e sofreu uma amputação da perna esquerda devido à diabetes, necessitando de fazer uma reabilitação para poder estar apto a continuar com a sua vida e as suas responsabilidades, como explica o amigo.
Zé Bomba fotografou espectáculos como Moments of Jazz, como fotógrafo oficial, o espectáculo de Roberta Miranda em Moçambique, várias edições da Mozambique Fashion Week, o lançamento do CD duplo de Stewart Sukuma, Too Sexy Online, entre outros.
O apoio ao artista pode ser canalizado das seguintes formas:
Mpesa: 84 899 4544
E-Mola: 86 899 4544
Banco Nedbank
Conta: 7747606
NIB: 0043 0000 0000 7747 6064 7
Titular: José Alberto Martins
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AOPDH prepara primeiro show a solo

O grupo AOPDH prepara-se para realizar o seu primeiro show a solo, intitulado Peta Trap no dia 12 de outubro, no Centro Cultural Moçambicano Alemão, na cidade de Maputo,
Para o grupo, o evento marca um momento especial na carreira do grupo, que tem construído sua trajectória com parcerias, mas agora celebra a realização de um show próprio.
Em entrevista, os membros do grupo afirmaram que este é um dos primeiros eventos onde têm total controle criativo, o que proporcionará uma experiência mais próxima e personalizada para o público.

Segundo a AOPDH, o show será uma oportunidade única para os fãs verem de perto uma performance que reflecte directamente a essência do grupo, com músicas que abordam questões da sociedade de forma sincera e sem filtros.
Durante a entrevista destacaram a importância de cantar em línguas locais, como tem feito em seus trabalhos, o que representa o cotidiano e a cultura do sul de Moçambique. Para eles, a música vai além do mercado e do marketing, sendo uma forma de expressão autêntica, conectando-os ao público de maneira significativa.
“Queremos criar um espaço na música popular para expressar aquilo que se vive na sociedade”
Phiskwa membro da AOPDH
Os integrantes da AOPDH também ressaltaram que o show será uma chance de criar um espaço de diálogo e interação com os fãs, algo que ainda é escasso no cenário musical local. O grupo, prometeu uma apresentação que não apenas revela a profundidade de suas letras, mas também oferece uma experiência de palco memorável, com energia e proximidade.
“Acreditamos que quem vai nos conhecer no show, vai ter uma boa experiência de certeza” disse Phiskwa membro da AOPDH. Este show, cujo a entrega está condicionada ao pagamento de 100 a 200 meticais,terá uma transmissão em directo, no Youtube da 16 Cenas.
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Rumo ao seu lugar no rap, Nélio OJ lança “Ninguém Fará por Nós”

O rapper moçambicano Nélio OJ lançou recentemente o seu novo projecto, “Ninguém Fará por Nós”, com uma mensagem clara e urgente: a responsabilidade de transformar Moçambique está nas mãos dos seus cidadãos, especialmente da juventude.
O título da mixtape reflecte o descontentamento de Nélio ao observar que muitos moçambicanos estão a desistir de lutar por um futuro melhor.
“Se não formos nós a lutarmos para mudar ou melhorar o nosso país, ninguém fará por nós”
Nélio OJ
Nélio OJ revela que o início da sua carreira foi marcado por desafios. Ao fazer parte de um grupo onde era o único com uma visão interventiva para o rap, teve de se adaptar ao ambiente, algo que, apesar das dificuldades, o ajudou a ganhar experiência na cena musical.
Após a separação do grupo, sentiu-se livre para seguir o seu próprio caminho e dar vida ao estilo de rap que sempre desejou produzir.
“Cometi alguns erros, mas foram esses erros que me tornaram o que sou hoje”, reflete o rapper. Ele destaca que, embora a carreira de rapper em Moçambique seja desafiante, não vê isso como motivo para desistir.
Inspirado pela realidade moçambicana, os desafios sociais, políticos e as dificuldades enfrentadas pela sociedade no dia a dia, Nélio OJ busca utilizar a sua música como um reflexo desses problemas e uma chamada à ação. A mixtape “Ninguém Fará por Nós” é um projecto pessoal, que Nélio descreve como o seu “BI artístico”, um meio para que o público conheça o verdadeiro artista por trás das letras.
“Estou aqui para fazer a minha parte porque ninguém fará por mim”
Nélio OJ
OJ cita como influências nomes de peso tanto da cena nacional quanto internacional, como Azagaia, Valete, Emicida, Gabriel o Pensador, MC Marechal, Eminem, J Cole, Nas, Hernâni da Silva e MCK, de quem ele procura absorver elementos que o inspiram a continuar a sua jornada.
O principal objetivo de Nélio com este projecto é evoluir profissionalmente e levar a sua música ao maior número possível de moçambicanos, sejam eles apreciadores de rap ou não. “Quero que as minhas letras sirvam de inspiração para as pessoas, que libertem e curem mentes”, conclui o artista, deixando claro que a sua missão vai além do entretenimento, buscando impactar e transformar vidas por meio da sua arte.