A triste notícia do desaparecimento físico do renomado humorista e actor moçambicano, Laquino Fonseca, abala profundamente a comunidade artística em Moçambique, desde a noite de ontem.
Laquino, que actuou no sucesso “Resgate,” a primeira produção moçambicana a figurar na Netflix, enfrentava sérios problemas de saúde, incluindo uma hérnia umbilical, agravando uma já complicada situação de saúde.
Importa referir que a doença que levou Laquino, não é de hoje, o primeiro diagnóstico público, foi em um momento particularmente desafiador, quando o mercado das artes no país, como em todo o mundo, encontra-se praticamente paralisado devido à pandemia, deixando muitos profissionais artísticos em uma situação financeira crítica.
Laquino iniciou uma corrida contra o tempo, buscando angariar 170 mil meticais (cerca de 1900 euros) para custear o tratamento médico tão necessário. O apoio de colegas artistas e amigos, como o cantor moçambicano Doppaz, foi fundamental.
Laquino Fonseca deixa para trás um legado de contribuições significativas para a indústria cinematográfica e de entretenimento de Moçambique. Sua partida é sentida não apenas como uma perda para a arte moçambicana, mas como um lembrete da necessidade de apoiar os profissionais das artes em tempos difíceis.