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Cultura

Mia Couto vence Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca

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O escritor moçambicano Mia Couto foi distinguido por unanimidade com o Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca da Associação Portuguesa de Escritores (APE) pelo livro «Compêndio para desenterrar nuvens», publicado em 2023. O anúncio foi feito esta terça-feira pela Associação Portuguesa de Escritores.

O livro «Compêndio para desenterrar nuvens» é constituída por 22 histórias que abordam vidas um povo resiliente, um olhar a um país através das suas gentes mais humildes, mas que fazem do seu dia-a-dia constantes momentos de superação. A guerra, a fome, as desigualdades e ainda a realidade das mulheres nesse contexto.

Um livro cuja linha que coze as estórias procura “devolver a dignidade a quem não espera ajuda, a quem não precisa de ser salvo, porque salva-se a si próprio, todos os dias”, nas palavras de Mia Couto.

O júri, constituído por Fernando Batista, Mário Avelar e Paula Mendes Coelho, destacou, sobre a obra, a forma como Mia Couto, “misturando sabiamente o código realista e o código imaginário sem nunca esquecer o registo lírico, continua a denunciar as injustiças de onde quer que elas venham, sem deixar de nos alertar, ainda que em tom geralmente irónico, para novas submissões, novas ameaças bem perniciosas”. 

A obra é distinguida em Portugal onde foi editada pela Caminho. Em Moçambique o livro foi publicado pela Fundação Fernando Leite Couto.

O Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca, instituído em 2023 pela Associação Portuguesa de Escritores, e patrocinado pela Câmara Municipal de Cascais e Fundação D. Luís I, destina-se a galardoar anualmente uma obra de contos em português.

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Cultura

Embaixador do Turismo em Moçambique visita Bazaruto e diz que  é preciso valorizar o que é nosso

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No último sábado, 28 de setembro, o músico e produtor DJ Ardiles, embaixador do turismo em Moçambique, visitou o arquipélago de Bazaruto, na província de Inhambane, onde ficou encantado com o  potencial turístico desta região e saiu com mais certeza de que é preciso valorizar o que é nosso.

Como embaixador de turismo do país, DJ Ardiles acredita que este paraíso devia ser mais explorado pelos moçambicanos e convida a todos a visitarem, porque é do nosso país e devemos sentir orgulho do mesmo. Por isso, o músico pretende continuar a fazer o seu papel de promover este e outros locais turísticos de modo com que todos tenham acesso à informação, conheçam e possam visitar. Na sua visão, valorizar o que é nosso vai desde consumir produtos locais e divulgá-los até tornarem-se comerciais.

Conhecido pelas suas praias de areia branca, águas cristalinas e uma rica vida marinha, Bazaruto é um  destino ideal para mergulho, snorkeling e passeios de barco. Os recifes de corais que cercam as ilhas são lar de uma variedade de espécies marinhas, incluindo peixes coloridos, tartarugas e até golfinhos. Ao visitar este local, DJ Ardiles também reflectiu sobre a importância de se continuar a preservar as diversas espécies marinhas da nossa costa e encorajou o Governo a continuar com o trabalho que tem feito para a conservação das mesmas, assim como o público em geral a fazer a sua parte.

Além das suas belezas naturais, o arquipélago também possui uma rica herança cultural. A interacção com as comunidades locais permite aos visitantes conhecer tradições, a gastronomia e a hospitalidade característica da região.

Segundo DJ Ardiles, o desenvolvimento sustentável do turismo em Bazaruto é crucial para preservar este paraíso, por isso, incentiva também investimentos em infra-estruturas que respeitem o meio ambiente e promovam a conservação dos ecossistemas.

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Fast Food

“Não penso na velhice, tenho medo que a velhice pense em mim”- Mia Couto

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Mia Couto,novo livro

O escritor moçambicano Mia Couto, famoso por suas obras, frequentemente aborda a temática do tempo em suas entrevistas e livros. Para o escritor, o tempo e as idades devem ser encarados como travessias, uma visão que permeia sua produção literária.

Em um curto vídeo recente, Mia Couto expressa seu desejo de atravessar o tempo de maneira distraída, sem se deixar prender por suas limitações. Essa mesma reflexão está presente no poema “O espelho”, escrito em 2006, no qual o autor discorre sobre a perplexidade diante do envelhecimento e como a luz da idade revela nosso verdadeiro reflexo.

Confira abaixo o poema que explora essa temática:

O espelho

“Esse que em mim envelhece  

assomou ao espelho  

a tentar mostrar que sou eu.  

Os outros de mim,  

fingindo desconhecer a imagem,  

deixaram-me, a sós, perplexo,  

com meu súbito reflexo.  

A idade é isto: o peso da luz  

com que nos vemos.”

Maputo, 2006

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Cultura

TP50 presta-se tributo com o espetáculo “Agora Somos Nós”

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O colectivo TP50 regressa à sala grande do Centro Cultural Franco – Moçambicano, no próximo dia 20 de setembro, às 20 horas, para prestar tributo aos constituintes do seu próprio grupo. Intitulado “Agora Somos Nós”, o espectáculo apresenta obras dos integrantes do TP50 através da música, dança, teatro, imagem e poesia e vai reunir cerca de 80 artistas em palco.

Durante 17 anos, o TP50 apresentou tributos a grandes artistas cuja obra e postura julgam ser importante evocar. Tratou-se, sobretudo, da utilização de modelos de criação artística e de cidadania, como exemplos de obras e comportamentos humanistas e socialmente exemplares dentro de um quadro de advocacia dos valores morais socialmente úteis.

“Este processo foi tornado possível por dezenas de artistas, técnicos e produtores que se entregaram com devoção às realizações, construindo um movimento que foi publicamente reconhecido de elevada utilidade pública e artística”, recorda António Prista, o líder dos TP50.

De acordo com a mesma fonte, o mérito do sucesso do TP50 deve-se à dedicação e crescimento destes jovens que hoje se tornaram artistas de qualidade e cujo percurso constitui também um exemplo a disseminar. “O show Agora Somos Nós, é sobretudo um tributo a estes jovens que, pelo seu esforço e dedicação, se tornaram artistas que realizam obras de elevada qualidade e significado e que importa usar como exemplo”, acrescenta Prista.

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