Cultura
Kloro Killa cantou a “Revolução” no Museu da Mafalala

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O rapper moçambicano de intervenção pessoal Kloro Killa subiu ao palco do Museu da Mafalala para a apresentação oficial do seu segundo álbum de originais “Revolução Cultural”, no dia 05 do mês em curso, pelas 18 horas.
Depois de um leque de eventos, inseridos no programa Running From The Urbe, que tem por objectivo aproximar as pessoas dos bairros da periferia, como é o caso da Mafalala. Quando o relógio marcou 18 horas, as pessoas chegavam em massa e a banda posicionava-se para começar a “Revolução Cultural” proposta por Kloro.
Um ano de espera para apresentar o álbum e cantar com o público, a ansiedade tomava conta do lugar, assim como de Kloro, que cheio de atitude artística fez-se ao palco, e foi recebido por gritos calorosos de alegria e vénias.
Como já tinha falado a Xigubo, antes da realização do Show, aquele momento marcava mais um passo na sua carreira caminho ao sucesso e o partilhar com as pessoas que sempre deram apoio, é um factor positivo e motivador.
Com a banda a tocar ao ritmo, Kloro cantava suas músicas e partilhava o mesmo sentimento que os espectadores, num evento que contou com convidados especiais como o radialista Helder Malele, o escultor moçambicano Gonçalo Mabunda, dentre outros. O rapper Konfuzo 412, Regina dos Santos da Banda Gran’mah, Sodoma e Walter Nascimento subiram ao palco para celebrar aquele feito que teve o seu término pelas 20 horas, sendo sucedido por um Groove aberto até às 23h.
A apresentação deste álbum, é o início das actividades do projecto Running From The Urbe, e Kloro é uma das caras. Como forma de dar continuidade a promoção, o rapper perspectiva lançar pelo menos 5 vídeos das 12 faixas que compõem o álbum. Sendo que até então o “Show na Maife”, é o primeiro single do álbum com vídeo já disponível.

Cultura
Dança moçambicana Mapiko recebe título de património cultural pela UNESCO

A dança tradicional Mapiko de Moçambique conquistou o prestigioso título de Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO. A decisão foi anunciada durante a 18.ª sessão do Comité Intergovernamental da UNESCO para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, realizada em Kasane, Botsuana.
Originária do planalto Makonde, na província de Cabo Delgado, a Mapiko é uma expressão cultural significativa para a comunidade Shimakonde, sendo um dos maiores grupos étnicos da região após os Macuas.
O Ministério da Cultura e Turismo de Moçambique liderou a candidatura, destacando a importância da preservação da Mapiko diante das crescentes atividades fundamentalistas islâmicas na região. As festas da dança foram suspensas devido ao deslocamento e dispersão da população, tornando urgente a proteção dessa expressão cultural.
O reconhecimento pela UNESCO visa não apenas proteger a prática da Mapiko, mas também promover a coesão social e preservar a identidade maconde, enfatizando a importância da herança cultural e da união entre os povos étnicos de Cabo Delgado e além.
Cultura
Paulina Chiziane quer criar fundação para ajudar mulheres em Moçambique

A escritora moçambicana Paulina Chiziane anunciou sua intenção de estabelecer uma fundação voltada para a promoção e apoio às mulheres em seu país. Reconhecida como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo este ano, Chiziane revelou seu projecto após uma audiência com a ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote Allen, em Luanda, na sexta-feira passada, segundo escreve o jornal de Angola.
A fundação, segundo Chiziane, será um espaço destinado a perpetuar seu legado para as próximas gerações, concretizando um sonho há muito acalentado. “Chegou o momento de iniciar essa construção”, enfatizou a escritora de 68 anos, cujo trabalho inclui 13 obras literárias, marcando seu pioneirismo como a primeira mulher moçambicana a publicar um romance em seu país e a primeira mulher negra a receber o prestigioso Prêmio Camões. Recentemente, sua nomeação entre as 100 mulheres mais influentes do mundo reforçou seu impacto global.
Autora do livro “Balada de Amor ao Vento”, lançado nos anos 90, Chiziane vê sua trajetória como um testemunho de que qualquer jovem, independentemente de sua origem, possui o poder de superar obstáculos. “É possível, porque eu mesma vim do chão e conquistei o mundo de pés descalços. Hoje, sou cidadã do mundo”, ressaltou.
Além de discutir seu trabalho recente, que inclui a produção de um disco musical chamado “Msaho” (Festa), Chiziane aproveitou a audiência com Dalva Ringote para destacar a importância de deixar um legado para as próximas gerações moçambicanas, africanas e globais por meio da criação desta fundação. Ela também enfatizou a necessidade de cooperação entre moçambicanos e angolanos, reconhecendo um legado compartilhado entre seus antepassados.
Chiziane expressou a importância de seguir o exemplo de líderes anteriores, como Agostinho Neto, Samora Machel e Eduardo Mondlane, que se uniram para moldar o presente que vivemos hoje. Ela enfatizou que a construção de uma nova África resultou da colaboração entre nações, corações e sonhos diversos.
O encontro com a ministra terminou com um compromisso mútuo de colaboração para construir um futuro melhor, seguindo o legado deixado pelos antecessores. Essa parceria pretende trazer à vida um mundo novo, enraizado nos valores e sonhos que moldaram o continente africano.
Cultura
Artistas moçambicanos premiados no Brasil

Os talentos artísticos moçambicanos Marilú Mapengo Námoda e Luis M. S. Santos foram anunciados como premiados na terceira edição do Prémio Paulo Cunha e Silva, recebendo oportunidades para desenvolver residências artísticas em locais renomados internacionalmente.
Marilú Mapengo Námoda, natural de Moçambique e reconhecida como artista e activista, se destaca por sua investigação sobre o amor como uma ferramenta política de cura diante das feridas coloniais. Ela terá a oportunidade de desenvolver sua arte no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, nos Açores, onde seu trabalho poderá promover reflexões críticas sobre o papel dos artistas na transformação da sociedade.
Outro artista moçambicano premiado é Luis M. S. Santos, escultor que concebe suas peças como entidades vivas, reflexões da desarmonia entre o humano e a natureza. Ele terá sua residência no Cove Park, na Irlanda, proporcionando oportunidades para expandir sua arte em novos contextos e interagir com a vibrante cena artística de Glasgow.
Esses artistas foram seleccionados entre nove participantes da exposição do Prémio Paulo Cunha e Silva, indicados por figuras reconhecidas na Arte Contemporânea.