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Cultura

Kabum Digital lança primeiro audiobook de Paulina Chiziane

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A revista moçambicana Kabum Digital, lançou o primeiro audiobook da escritora moçambicana Paulina Chiziane, com o título “Contos de Esperança”, uma transformação dos seus textos  em áudio.

Audiobook ou audiolivro na tradução ao português, é uma gravação do conteúdo de um livro narrado em voz podendo ser apresentado em suportes diversificados, sendo comum em aplicativos ou em CD.

A estreia acontece com o lançamento do aplicativo TOM, do qual a Kabum Digital pretende fazer com que os amantes da literatura e escritores moçambicanos tenham um modelo prático e acessível para a divulgação e conexão com a literatura, bastando apenas o download do aplicativo que está disponível na Play Store.

A proposta inclui ainda, facilitar o acesso de conteúdos locais, por parte dos moçambicanos na diáspora, e também reduzir os custos de aquisição das obras, através de uma parceria entre os escritores e as editoras.

O “Contos de Esperança” sai a um preço de 59 Meticais, que podem ser pagos via carteira móvel, M-pesa,  no próprio aplicativo. No audiobook, a Paulina Chiziane traz em sua voz o livro um ensaio para chamada de atenção sobre o impacto da pandemia e da necessidade de prevenção, e reflexão sobre como aliar-se ao passado para  vencer o presente e as crises actuais.

Anteriormente a esta expansão, através da obra Cantos dos Escravos,  Paulina Chiziane lançou, em 2019, um álbum musical intitulado “Cantos de Esperança”,  onde participam artistas como Eduardo Salmo, Grande Homem, Chrill Malate, Azagaia, Fermina da Neta e Helena Promisse.

Nascida em em Manjacaze (1955), Paulina Chiziane é a primeira escritora moçambicana a publicar um romance, isto em 1990 através da obra Balada de Amor ao Vento.

Busca através das suas narrativas dar destaque a mulher negra, realismo social e crítica de costumes, reflexão sobre a condição feminina, é também possível perceber a sua crítica de costumes e evidência para a  diversidade cultural da qual estão inseridos.

O aplicativo pode ser feito download pelo seguinte link: https://bit.ly/baixarTOM

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Cultura

Maputo recebe terceira edição da exposição “Encontros do Património Audiovisual”

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A cidade de Maputo inaugurou esta segunda-feira (27) a terceira edição da exposição Encontros do Património Audiovisual, iniciativa que convida a refletir sobre a memória audiovisual dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

A mostra está estruturada em três eixos principais. O primeiro apresenta uma vídeo-instalação que combina recortes de documentos, cartas e notícias com vídeo arte, resultado do trabalho da artista franco-sérvia Mila Turajlić, que pesquisa o antigo cinejornal jugoslavo e materiais filmados para movimentos de libertação em África. Entre o acervo analisado, destaca-se o espólio de Dragutin Popović, operador de câmara da Filmske Novosti, que filmou para a Frelimo na Tanzânia, material que deu origem ao filme Venceremos.

O segundo eixo presta homenagem aos 40 anos da estreia do filme moçambicano “O Tempo dos Leopardos”, com roteiro de Luís Carlos Patraquim, Licínio Azevedo, Zdravko Velimirović e Branimir Šćepanović, e fotografia de Victor Marrão.

O terceiro eixo é constituído por uma vídeo-instalação com entrevistas a antigos funcionários de salas de cinema do Instituto Nacional de Cinema, resultado de um levantamento documental e mapeamento de profissionais ligado à história do cinema moçambicano, desenvolvido pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique (AAMCM), que mantém esse material como principal acervo.

A exposição proporciona ao público uma viagem pela memória audiovisual da região, destacando tanto o cinema histórico como a investigação artística contemporânea.

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Cultura

Edna Jaime apresenta “Nyiko – A Celebração” no Franco-Moçambicano

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A performer moçambicana Edna Jaime apresenta “Nyiko – A Celebração” na sexta-feira, 24 de Outubro, às 19h, na Sala Grande do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM).

O espectáculo é uma obra de dança contemporânea que funde movimentos e ritmos tradicionais moçambicanos com linguagens coreográficas modernas, celebrando a gratidão, a resiliência e a união comunitária, bem como a diversidade e singularidade do dom (Nyiko) presente em cada indivíduo.

Com diferentes disciplinas artísticas em palco, a criação constrói uma narrativa visual e sonora que conecta corpo, ritmo e ancestralidade. O elenco reúne Francisco Macuvele, Alberto Nhabangue, Sucre da Conceição, Diogo Amaral, Sussekane, Radjha Ally e a Associação Cultural Machaka, num colectivo que celebra a força da colaboração e o poder do movimento.

“Nyiko – A Celebração” é um convite a partilhar histórias, memórias e emoções, exaltando a vida em comunidade e a importância das contribuições individuais dentro do colectivo. Ciente do valor cultural e social da obra, a organização convida os órgãos de comunicação social a estarem presentes e cobrirem este momento especial.

Edna Jaime, nascida em Setembro de 1984, em Maputo, é uma performer e coreógrafa moçambicana com mais de duas décadas de carreira internacional. Começou a sua formação artística na Casa da Cultura de Maputo em 1996, especializando-se em dança tradicional e canto.

Em 2001 descobriu a dança contemporânea, área na qual construiu uma trajectória marcada pela inovação e interculturalidade, colaborando com artistas moçambicanos e internacionais e participando em projectos que unem dança, cinema e performance.

Entre os seus trabalhos mais marcantes estão “Niketche” (2005), apresentado em França no festival Danse L’Afrique Danse, e “Lady, Lady” (2016), uma colaboração entre Moçambique, África do Sul e Madagáscar. Com a coreografia “O Bom Combate”, conquistou o Prémio Reconhecimento ZKB – 2021, na Suíça.

Em 2021 fundou a KHANI KHEDI – Soluções Artísticas, produtora que orienta os seus projectos e iniciativas de artivismo, promovendo a reflexão social através da arte. Entre os trabalhos mais recentes destacam-se a performance no Melhor Vídeo de Hip Hop Moz – 2022 e o Projecto Fotográfico “7 de Abril” (2023), em parceria com Ivan Barros, que homenageia a mulher moçambicana como artista e agente de transformação social.

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Cultura

Xisute: dança contemporânea e tradição moçambicana unem-se em manifesto contra a violência

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A Associação Cultural Converge+ e o Projecto Festival Raiz anunciam a apresentação da mostra Xisute, uma criação conjunta das artistas Carol Naete, Joana Mbalango, Regina Cuamba e Rostalina Dimande, que será exibida no dia 7 de Novembro de 2025, às 19h, na Casa Velha.

Xisute nasce do diálogo entre a dança contemporânea e os movimentos tradicionais moçambicanos, trazendo para o centro o símbolo da cintura feminina espaço de vida, beleza e feminilidade, mas também território de opressão e violência.

O corpo da mulher, em cena, evoca a sua ancestralidade, dançando a sensualidade como potência vital e não como objecto de exploração. Entre ondulações e gestos interrompidos, a coreografia revela cicatrizes, dores e silêncios do feminicídio, transformando cada movimento em acto de resistência.

Nesta mostra, a cintura antes controlada ergue-se como testemunho de dignidade e libertação. Xisute é um manifesto coreográfico contra a violência, um conto de memórias e uma celebração da esperança, onde a beleza e a feminilidade florescem como raízes de liberdade.

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