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Cultura

Gledsse, a Nhelety infiltrada no Maningue Magic

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Gledsse, a Nhelety infiltrada no Maningue Magic

Gledsse é o nome da actriz que dá vida a Nhelety personagem principal da nova série da Maningue Magic, que teve a sua estreia no ano passado, “A infiltrada”.

“A Infiltrada” ganha vida, contando a história de  Nhelety, uma jovem mulher que se prepara para trabalhar numa firma muito concorrida, em Maputo, quando a sua mãe é procura e presa por um crime cometido por Grandiosa, uma mulher rica e poderosa, casada com um arquitecto de renome.

A trama é uma nova produção 100 % moçambicana, que promete possibilitar uma maratona de qualidade, recheada com muito drama e suspense.

A Xigubo, esteve à conversa com a actriz e Designer de Moda, formada pela Escola Nacional de Artes Visuais, Geca Gledsse e ficamos a saber um pouco mais sobre a sua trajectória profissional e alguns factos sobre os bastidores da novela infiltrada.

“Cresci vendo arte em tudo” – Geca Gledsse

Antes de qualquer coisa, gostava de saber como entrou para o mundo das artes?

Desde pequena sempre fui apaixonada pela arte e sempre apreciei a área criativa, fazia coisas que para os outros parecia absurdo, mas eu gostava, para mim fazia sentido e eu comecei fazendo pinturas no meu rosto, fazia maquiagens artísticas não aquela do dia-a-dia, tentava desenhar um animal em, essas coisas e aquilo me dava paz, eu gostava de ver-me a criar, todos os dias.

Fui percebendo que gosto de criar, fiquei apaixonada, fui fazendo roupas a mãos, quando algo estivesse estragado aqui em casa eu queria reciclar, dar outra utilidade, este é o mundo onde me sinto à vontade.

Sempre tive uma sede enorme de criar, então depois da décima classe, ingressei para a Escola Nacional das Artes Visuais, que era a única escola de artes que podia ingressar com a décima classe. Quando entrei me apaixonei por aquele mundo.

Fiz o curso de artes têxteis e formei-me como Designer de Moda, foi aí onde entrei para o mundo de um jeito profissional, comecei a frequentar meios artísticos e a beber da arte, comecei a criar mais, aumentei a minha sensibilidade artística.

Para mim tudo é arte, não importa em que área esteja.

Esta é a primeira série que grava?

Sim, entrei para o mundo da sétima arte em 2021. Agora estou a fazer licenciatura em teatro na Universidade Eduardo Mondlane. Não sei se sou boa, ou se é sorte, mas estou aqui. Mas antes já tinha gravado uma curta-metragem, na AfroCineMarkers, antes de saber algo sobre teatro, foi por sorte mesmo, só porque gosto de actuar. Também sou Youtuber e escritora, este sempre foi meu mundo, quando entrei na UEM, fiz mais espectáculos de teatro.

Quando recebeu o convite para ser a “A Infiltrada”?

Na verdade eu fiz um casting. Foi assim, tem um grupo da faculdade, da ECA, mandaram informação sobre um casting, mas eu nem fiquei interessada naquilo, mas um colega me marcou e tinha lá outras meninas, fiz o casting sem saber que era para ser a protagonista, dei tudo de mim e todos gostaram e entraram em contacto comigo, negociamos tudo, foi quando percebi que era algo muito sério, quando vi a dimensão da coisa, fiquei em choque.

Mas esta foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

“Tive que preparar a minha mente para lidar com as pessoas na rua e na internet” – Geca Gledsse

Não sei se tem a noção do alcance que a série tem. Existem pessoas que se apegam a sua personagem e desenvolvem um certo afecto. Como reage a isso na rua, assim como nas redes sociais, quando é interpelada?

Olha, eu não tinha noção que as pessoas assistiam tanto, eu fiquei e continuo chocada com o nível das interacções, com o nível das reacções que o público transmite, ando na rua as pessoas vêm ter comigo, as pessoas gostam e estão a receber de uma forma muito positiva, há pessoas com os seus comentários e é isso que nos faz crescer.

Nas redes sociais nem falo, todo santo dia entram mensagens, e é preciso estar preparada para poder lidar com essas pessoas, as vezes você está num lugar onde só quer ficar a vontade, mas não tens como porque precisa dar atenção às pessoas, por já ser uma figura pública, tens que ter um outro tipo de comportamento e reação. 

Tento trabalhar o meu psicológico para saber lidar com as diversas opniões pois as pessoas são diferentes e cada uma delas dá a sua opinião da forma que melhor lhe convém, cabe a mim saber gerenciar isso.

Mas até agora, só venho recebendo carinho e muito afecto, tem algumas críticas sim, mas eu gosto, faz parte, porque até mim quando vou assistir espetáculos, crítico, também gosto de receber críticas.

“Somos todos uma só equipe e aprendemos um com outro, assim apresentamos produto de qualidade ao público” – Geca Gledsse

Sendo este o seu primeiro seriado, teve dificuldades em fazer algumas cenas? Como resolveu este problema?

Teve momentos sim, que tive dificuldades para fazer algumas cenas, principalmente as de beijo, tive que ler muito, reler sobre personagens, actuar, usei muito os livros que já tinha na faculdade, li também sobre a minha personagem. Uma das coisas que te ajudam é conversar com a pessoa que está contracenar contigo, criar um ambiente saudável, se vocês se odeiam ou tem algum problema, vão resolver lá fora, mas quando é para fazer um trabalho devem criar um clima, uma atmosfera saudável, isso tem-me ajudado bastante, são coisas que já estudei na faculdade e consegui perceber que funcionam, é um pouco fácil para mim.

Às vezes tenho que chorar, mas não estou naquele dia. Então tenho que me concentrar, criar a atmosfera necessária para aquela cena, concentrar-se é uma das chaves, ler e entender o que a sua personagem quer, interpretação do texto é uma coisa muito importante, tens que buscar aquelas emoções.

“Antes pensava que a sétima arte não tinha futuro em Moçambique,

mas agora acredito que podemos conquistar o nosso lugar no mundo, estamos num bom caminho” – Geca Gledsse

Qual é a visão que tinha da sétima arte em Moçambique, assim como na lusofonia?

Olhava para a sétima arte com pouca fé. Era um seja o que Deus quiser, não vou aqui estar a mentir, não tinha muita fé que Moçambique estaria a fazer novelas e seriados de qualidade, mas estamos aqui, estamos a desenvolver e fico muito feliz ao perceber que realmente estamos a conquistar nosso lugar neste mundo do cinema, isso é um valeu para nós, ainda tem muitos actores e actrizes espetaculares que só precisam de uma oportunidade. Tenho colegas e conhecidos super tops, só precisamos de oportunidade para mostrar que nós podemos fazer e nós faremos mesmo, a visão que eu tinha, era que não vai acontecer nada, só estamos a fazer isso por amor, mas não tinha muita esperança, mas ao mesmo tempo, tinha, sabe é aquela coisa de eu vou dar tudo de mim, talvez eu consiga sobressair para países fora e mostrar do que sou capaz e tentar trazer alguma coisa para o meu país, para que também possa desenvolver, era essa minha visão.

E que se como jovens nos juntarmos, podemos revolucionar o país, sendo por algo que eu amo, a arte, não tem nada melhor, e se realmente amar, sempre terá forças para lutar. Se estivesse na contabilidade, lutaria para que eu nem amo?    

Como é contracenar com outras figuras, algumas mais experientes e outras menos experientes na área?

É muito bom! Estou num elenco de pessoas maravilhosas, é um misto, existem pessoas que eu até era fã dessas pessoas no mundo das artes. Estamos lá todos a apoiar-se, a trabalhar, estar lá abre-me a visão, estou a aprender muito ao lado de pessoas profissionais, mas profissionais mesmo, e também acabam sendo o espelho para outras, até quem sabe muito, não sabe nada, estamos todos a aprender e muito. Não tenho vergonha em pedir opinião e pedir ajuda, acaba sendo bom para mim e para toda a equipe e assim agradamos ao público.

Para fechar, será que a Nhelety vai conseguir a sua vingança?

Terão que assistir todos os dias todos os dias “A infiltrada” para saber se ela vai conseguir.

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João Namelo Representa Moçambique em Campeonato de Poesia no Brasil

Joao Namelo, carrega poesia moçambicana ao Brasil para um campeonato

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João Namelo Representa Moçambique em Campeonato de Poesia no Brasil

Joao Borges Namelo, um jovem poeta de 22 anos de idade, natural da província da Zambézia, vai representar a poesia moçambicana no Poetry Slam Championship, organizado pela  World Poetry Slam Organization, entre os dias 12 e 15 de outubro do ano em curso, no Rio de Janeiro, Brasil. 

João, é fruto da edição do Moz Slam de 2022, onde levou o público e os júris a loucura com a sua capacidade de declamar, que vem provando não ter fronteiras, de tal forma que neste ano, teve a oportunidade de representar Moçambique no Coupe du Monde Slam Poésie em Paris, França.

João Namelo Representa Moçambique em Campeonato de Poesia no Brasil

Importa referir que o Moz Slam, tem-se tornado numa referência no mundo da poesia ao dar voz e catapultar a imagem de jovens poetas que disputam um lugar de destaque neste mundo, de tal forma que já entregaram ao mercado, nomes como Ivandro Sigaval, Luis Ventura, Denise Fazenda, Ema de Jesus, dentre outros. 

Com o seu início em 2018 o Moz Slam- Campeonato Moçambicano de Poesia Falada é um projecto anual que pretende incentivar a criação e revitalizar o cenário de poesia contemporânea por meio de performances públicas de Declamação Poética .

O Mozslam tem o formato similar ao de um sarau ou encontro de “spoken word” (Poesia falada). As regras básicas são: 3 poemas próprios, de no máximo 3 minutos cada poema, sem acompanhamento musical, figurino ou adereço.

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Pak Ndjamena, Ivan Barros e Fu da Siderurgia juntam-se apresentar “Introo” no CCFM

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O dia 13 de setembro, não será o mesmo depois da performance que Pak Ndjamena, coreógrafo, o videógrafo Ivan Barros e ao mestre do som Fu da Siderurgia, pretendem apresentar no Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM).

Com a performance pretendem criar uma fusão de signos que revelará a complexidade da vida e das transformações que vivemos diariamente, através de uma combinação de movimentos, imagens e sons, a performance convida a questionar a conexão com a vida e a explorar os obstáculos que se enfrenta com um propósito maior: “VIVER”.

Os bilhetes para este evento imperdível estão à venda agora. Os ingressos normais custam 350 MT, enquanto estudantes, membros do CCFM e crianças com menos de 12 anos podem adquirir os seus por apenas 250 MT. Não perca a oportunidade de testemunhar essa experiência única que desafia a mente e enriquece a alma. Junte-se a nós no dia 13 de setembro na Sala Grande do CCFM para esta jornada de autodescoberta através da arte.

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Ildefonso Colaço rende homenagem à mulher moçambicana com “Leve”

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O fotógrafo moçambicano Ildefonso Colaço expõe a partir de hoje, 12 de Setembro, a sua nova exposição dedicada à homenagem às mulheres moçambicanas. 

Com a designação “Leve” a exposição está enquadrada na edição 2023 do Festival Gala Gala e acontecerá no espaço cultural Kulungwana que cita no Centro dos Caminhos de Ferro  de Moçambique, em Maputo.

Segundo o comunicado, que se lê no portal Moz Entretenimento, “Leve” será uma exposição multidisciplinar, ou seja, contará com uma coreografia de dança contemporânea de Janeth Mulapha, que presta uma homenagem à mulher moçambicana, desde as suas batalhas diárias e a resiliência em meio às dificuldades que são impostas.

O balanço entre os fardos pesados carregados por elas e a leveza do movimento com que os carregam, em equilíbrio, num movimento gracioso e contínuo, sem destino aparente… Como se o importante não fosse chegar ao destino, nem a carga transportada, mas sim o caminho feito sem tropeçar, como se estas “mamãs” competem em passarela parisiense com modelos profissionais nos pesos da dura sobrevivência que foram destinados a carregar.

Lê-se no Portal Moz Entretenimento

O Festival Gala Gala deste ano contará com 20 eventos que espelham diversas manifestações culturais, que terão lugar na Fortaleza de Maputo, Centro Cultural Franco-Moçambicano, Kulungwana, Centro Cultural Brasil-Moçambique / Instituto Guimarães Rosa, Camões – Centro Cultural Português em Maputo, Museu dos CFM, Teatro Avenida, Museu Mafalala, Centro Cultural Universitário da UEM, 16Neto e Centro Cultural Moçambicano-Alemão.

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