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Cultura

A Palhota discute relação conflituosa entre orientação sexual e tradições africanas no Utopia

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A Companhia de Artes “A Palhota” estreia amanhã, às 19h, no Projecto Utopia, na Mafalala, a peça de teatro “Penumbras”, que narra a história de um pai homossexual que comete suicídio por não ter podido viver livremente na sua condição.

A peça, resultante de uma Residência Artística, discute a relação muitas vezes conflituosa entre a orientação sexual e as tradições africanas.

A coordenação do espetáculo é do versátil Phayra Baloi, com acompanhamento técnico de Gerson Mbalango, Orlando na música e Idelfonso Colasso na fotografia, todos colaboradores do Utopia.

No palco, estarão maioritariamente mulheres que se beneficiaram da Residência Artística em um ambiente familiar que explora os diversos sabores da discriminação das minorias sexuais e mostra os diferentes tons da intolerância.

A Palhota discute relação conflituosa entre orientação sexual e tradições africanas no Utopia

Em um comunicado à imprensa, a companhia afirma que a peça é um exercício de crítica guiado pela crença de que a diversidade enriquece. A história se desenvolve a partir das cartas de herança que o pai deixou para sua filha, nas quais ele conta suas experiências e medos.

“Penumbras” apresenta um enredo dividido entre o luto e a emancipação, dois polos que aparecem antagonizados, na peça, como as únicas possibilidades para as minorias sexuais.

A peça pretende cruzar visões e experiências multigeracionais para entender marcas e reflexos de um pensamento comum em diferentes cenários.

A promessa é de descrição de momentos trágicos resultantes da não aceitação das diferenças entre os seres humanos, através de um espaço cênico rico em efeitos de sombras.

“Penumbras” é uma peça que busca não só entreter, mas também promover reflexão sobre um tema ainda tão controverso na sociedade.

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Cultura

Dança moçambicana Mapiko recebe título de património cultural pela UNESCO

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Mapiko

A dança tradicional Mapiko de Moçambique conquistou o prestigioso título de Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO. A decisão foi anunciada durante a 18.ª sessão do Comité Intergovernamental da UNESCO para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, realizada em Kasane, Botsuana.

Originária do planalto Makonde, na província de Cabo Delgado, a Mapiko é uma expressão cultural significativa para a comunidade Shimakonde, sendo um dos maiores grupos étnicos da região após os Macuas.

O Ministério da Cultura e Turismo de Moçambique liderou a candidatura, destacando a importância da preservação da Mapiko diante das crescentes atividades fundamentalistas islâmicas na região. As festas da dança foram suspensas devido ao deslocamento e dispersão da população, tornando urgente a proteção dessa expressão cultural.

O reconhecimento pela UNESCO visa não apenas proteger a prática da Mapiko, mas também promover a coesão social e preservar a identidade maconde, enfatizando a importância da herança cultural e da união entre os povos étnicos de Cabo Delgado e além.

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Cultura

Paulina Chiziane quer criar fundação para ajudar mulheres em Moçambique

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Paulina Chiziane fundacao par ajudar mulheres

A escritora moçambicana Paulina Chiziane anunciou sua intenção de estabelecer uma fundação voltada para a promoção e apoio às mulheres em seu país. Reconhecida como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo este ano, Chiziane revelou seu projecto após uma audiência com a ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote Allen, em Luanda, na sexta-feira passada, segundo escreve o jornal de Angola. 

A fundação, segundo Chiziane, será um espaço destinado a perpetuar seu legado para as próximas gerações, concretizando um sonho há muito acalentado. “Chegou o momento de iniciar essa construção”, enfatizou a escritora de 68 anos, cujo trabalho inclui 13 obras literárias, marcando seu pioneirismo como a primeira mulher moçambicana a publicar um romance em seu país e a primeira mulher negra a receber o prestigioso Prêmio Camões. Recentemente, sua nomeação entre as 100 mulheres mais influentes do mundo reforçou seu impacto global.

Autora do livro “Balada de Amor ao Vento”, lançado nos anos 90, Chiziane vê sua trajetória como um testemunho de que qualquer jovem, independentemente de sua origem, possui o poder de superar obstáculos. “É possível, porque eu mesma vim do chão e conquistei o mundo de pés descalços. Hoje, sou cidadã do mundo”, ressaltou.

Além de discutir seu trabalho recente, que inclui a produção de um disco musical chamado “Msaho” (Festa), Chiziane aproveitou a audiência com Dalva Ringote para destacar a importância de deixar um legado para as próximas gerações moçambicanas, africanas e globais por meio da criação desta fundação. Ela também enfatizou a necessidade de cooperação entre moçambicanos e angolanos, reconhecendo um legado compartilhado entre seus antepassados.

Chiziane expressou a importância de seguir o exemplo de líderes anteriores, como Agostinho Neto, Samora Machel e Eduardo Mondlane, que se uniram para moldar o presente que vivemos hoje. Ela enfatizou que a construção de uma nova África resultou da colaboração entre nações, corações e sonhos diversos.

O encontro com a ministra terminou com um compromisso mútuo de colaboração para construir um futuro melhor, seguindo o legado deixado pelos antecessores. Essa parceria pretende trazer à vida um mundo novo, enraizado nos valores e sonhos que moldaram o continente africano.

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Cultura

Artistas moçambicanos premiados no Brasil

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Artistas mocambicanos premiados no brasil

Os talentos artísticos moçambicanos Marilú Mapengo Námoda e Luis M. S. Santos foram anunciados como premiados na terceira edição do Prémio Paulo Cunha e Silva, recebendo oportunidades para desenvolver residências artísticas em locais renomados internacionalmente.

Marilú Mapengo Námoda, natural de Moçambique e reconhecida como artista e activista, se destaca por sua investigação sobre o amor como uma ferramenta política de cura diante das feridas coloniais. Ela terá a oportunidade de desenvolver sua arte no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, nos Açores, onde seu trabalho poderá promover reflexões críticas sobre o papel dos artistas na transformação da sociedade.

Outro artista moçambicano premiado é Luis M. S. Santos, escultor que concebe suas peças como entidades vivas, reflexões da desarmonia entre o humano e a natureza. Ele terá sua residência no Cove Park, na Irlanda, proporcionando oportunidades para expandir sua arte em novos contextos e interagir com a vibrante cena artística de Glasgow.

Esses artistas foram seleccionados entre nove participantes da exposição do Prémio Paulo Cunha e Silva, indicados por figuras reconhecidas na Arte Contemporânea.

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