Cultura
Cheny Wa Gune apresenta “M’Saho” – uma viagem musical entre tradição e inovação
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No dia 21 de Fevereiro, às 20h, a Sala Grande do Centro Cultural Franco-Moçambicano
recebe “M’Saho”, o mais recente espectáculo de Cheny Wa Gune. Com uma
abordagem inovadora, o músico propõe uma fusão entre a tradição da timbila e a
contemporaneidade dos instrumentos modernos, criando um universo sonoro rico e
dinâmico.
A timbila, reconhecida em 2005 pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da
Humanidade, é um símbolo da identidade do povo Chope. Originária de Zavala, na
província de Inhambane, esta prática musical vai além do entretenimento,
desempenhando um papel fundamental em cerimónias e rituais comunitários.
Com “M’Saho”, Cheny Wa Gune homenageia este legado ao mesmo tempo que o reinventa,
explorando novas possibilidades sonoras sem perder a essência da tradição.
O espectáculo contará ainda com convidados surpresa, prometendo momentos únicos
de partilha musical e criatividade.
Cientes da importância cultural e social deste evento, convidamos os órgãos de
comunicação social a estarem presentes e a cobrirem este momento especial.
SOBRE O ARTISTA
Cheny Wa Gune é músico multi-instrumentista, compositor, intérprete, produtor e
investigador de instrumentos tradicionais moçambicanos, como a timbila, mbira,
chitende, chigovia e tambores. Nascido a 1 de Agosto de 1980, em Maputo, e
descendente de uma família de músicos da província de Inhambane, iniciou a sua
jornada musical em 1992 na Escola de Canto e Dança Novos Raios.
Ao longo da sua carreira, foi membro fundador da banda Timbila Muzimba, com a qual
realizou várias digressões a nível nacional e internacional. Em 2007, deu início à sua
carreira a solo com o Cheny Wa Gune Quarteto, destacando-se em festivais na Europa,
América Latina e Ásia.
Para além do percurso artístico, é estudante e monitor no curso de
Música da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane (UEM),
integra a Banda TP50 e é curador do portal de Música Moçambicana. Dedica-se
também ao ensino de percussão no Projecto de Música Xiquitsi, assumindo um papel
essencial na preservação e inovação da música tradicional moçambicana.
Cultura
Maputo recebe terceira edição da exposição “Encontros do Património Audiovisual”
A cidade de Maputo inaugurou esta segunda-feira (27) a terceira edição da exposição Encontros do Património Audiovisual, iniciativa que convida a refletir sobre a memória audiovisual dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
A mostra está estruturada em três eixos principais. O primeiro apresenta uma vídeo-instalação que combina recortes de documentos, cartas e notícias com vídeo arte, resultado do trabalho da artista franco-sérvia Mila Turajlić, que pesquisa o antigo cinejornal jugoslavo e materiais filmados para movimentos de libertação em África. Entre o acervo analisado, destaca-se o espólio de Dragutin Popović, operador de câmara da Filmske Novosti, que filmou para a Frelimo na Tanzânia, material que deu origem ao filme Venceremos.
O segundo eixo presta homenagem aos 40 anos da estreia do filme moçambicano “O Tempo dos Leopardos”, com roteiro de Luís Carlos Patraquim, Licínio Azevedo, Zdravko Velimirović e Branimir Šćepanović, e fotografia de Victor Marrão.
O terceiro eixo é constituído por uma vídeo-instalação com entrevistas a antigos funcionários de salas de cinema do Instituto Nacional de Cinema, resultado de um levantamento documental e mapeamento de profissionais ligado à história do cinema moçambicano, desenvolvido pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique (AAMCM), que mantém esse material como principal acervo.
A exposição proporciona ao público uma viagem pela memória audiovisual da região, destacando tanto o cinema histórico como a investigação artística contemporânea.
Cultura
Edna Jaime apresenta “Nyiko – A Celebração” no Franco-Moçambicano
A performer moçambicana Edna Jaime apresenta “Nyiko – A Celebração” na sexta-feira, 24 de Outubro, às 19h, na Sala Grande do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM).
O espectáculo é uma obra de dança contemporânea que funde movimentos e ritmos tradicionais moçambicanos com linguagens coreográficas modernas, celebrando a gratidão, a resiliência e a união comunitária, bem como a diversidade e singularidade do dom (Nyiko) presente em cada indivíduo.
Com diferentes disciplinas artísticas em palco, a criação constrói uma narrativa visual e sonora que conecta corpo, ritmo e ancestralidade. O elenco reúne Francisco Macuvele, Alberto Nhabangue, Sucre da Conceição, Diogo Amaral, Sussekane, Radjha Ally e a Associação Cultural Machaka, num colectivo que celebra a força da colaboração e o poder do movimento.
“Nyiko – A Celebração” é um convite a partilhar histórias, memórias e emoções, exaltando a vida em comunidade e a importância das contribuições individuais dentro do colectivo. Ciente do valor cultural e social da obra, a organização convida os órgãos de comunicação social a estarem presentes e cobrirem este momento especial.
Edna Jaime, nascida em Setembro de 1984, em Maputo, é uma performer e coreógrafa moçambicana com mais de duas décadas de carreira internacional. Começou a sua formação artística na Casa da Cultura de Maputo em 1996, especializando-se em dança tradicional e canto.
Em 2001 descobriu a dança contemporânea, área na qual construiu uma trajectória marcada pela inovação e interculturalidade, colaborando com artistas moçambicanos e internacionais e participando em projectos que unem dança, cinema e performance.
Entre os seus trabalhos mais marcantes estão “Niketche” (2005), apresentado em França no festival Danse L’Afrique Danse, e “Lady, Lady” (2016), uma colaboração entre Moçambique, África do Sul e Madagáscar. Com a coreografia “O Bom Combate”, conquistou o Prémio Reconhecimento ZKB – 2021, na Suíça.
Em 2021 fundou a KHANI KHEDI – Soluções Artísticas, produtora que orienta os seus projectos e iniciativas de artivismo, promovendo a reflexão social através da arte. Entre os trabalhos mais recentes destacam-se a performance no Melhor Vídeo de Hip Hop Moz – 2022 e o Projecto Fotográfico “7 de Abril” (2023), em parceria com Ivan Barros, que homenageia a mulher moçambicana como artista e agente de transformação social.
Cultura
Xisute: dança contemporânea e tradição moçambicana unem-se em manifesto contra a violência
A Associação Cultural Converge+ e o Projecto Festival Raiz anunciam a apresentação da mostra Xisute, uma criação conjunta das artistas Carol Naete, Joana Mbalango, Regina Cuamba e Rostalina Dimande, que será exibida no dia 7 de Novembro de 2025, às 19h, na Casa Velha.
Xisute nasce do diálogo entre a dança contemporânea e os movimentos tradicionais moçambicanos, trazendo para o centro o símbolo da cintura feminina espaço de vida, beleza e feminilidade, mas também território de opressão e violência.

O corpo da mulher, em cena, evoca a sua ancestralidade, dançando a sensualidade como potência vital e não como objecto de exploração. Entre ondulações e gestos interrompidos, a coreografia revela cicatrizes, dores e silêncios do feminicídio, transformando cada movimento em acto de resistência.
Nesta mostra, a cintura antes controlada ergue-se como testemunho de dignidade e libertação. Xisute é um manifesto coreográfico contra a violência, um conto de memórias e uma celebração da esperança, onde a beleza e a feminilidade florescem como raízes de liberdade.