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Museu Mafalala representa Moçambique em diálogo internacional de Museus

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O Museu Mafalala, situado na Mafalala, um dos bairros periféricos mais antigos da Cidade de Maputo, é o único museu Moçambicano a fazer parte do “Futuro dos Museus” (MuseumFutures), projecto financiado pelo Goethe-Institut.
Trata-se de um programa intercontinental que reúne, no total, seis museus do Sul Global, sendo 3 em África, 2 na Índia e 1 no Brasil, para discutir novas formas de engajamento da sociedade na pesquisa, coleta, mediação, entre outros momentos do dia-a-dia dos museus.
Com base na aprendizagem entre pares facilitada, o MuseumFutures organizou, recentemente, um intercâmbio presencial entre representantes das instituições participantes. Neste sentido, Ivan Laranjeira, director do Museu Mafalala, esteve no Brasil, onde manteve um diálogo com o Acervo da Laje – Museu Comunitário localizado na zona periférica da Bahia (Salvador), entre finais do passado mês de Novembro e início de Dezembro corrente.
“O intercâmbio é sempre rico na possibilidade de conhecer outras culturas. Este, em particular, é um diálogo sem filtro entre dois países que têm um background cultural que se assemelha. E de dois países que desenvolvem as suas próprias narrativas a partir de um processo decolonial”, descreve Ivan Laranjeira, segundo diz o comunicado que tivemos acesso.
A fonte destaca que o maior ganho desta interação museal é, sobretudo, a possibilidade de haver troca de experiências entre espaços geograficamente distantes, mas que conservam várias semelhanças entre si.

“A possibilidade de iniciar uma conversa em que o Brasil venha para aqui e Moçambique vá para o Brasil é fundamental, porque estamos a trazer a aproximação interrompida já há muito tempo, sobretudo quando pensamos na cultura das migrações diásporicas cortadas e nas semelhanças culturais que delas derivam”, aponta.
Uma outra mais-valia, de acordo com a fonte, é a possibilidade de agregar valores às curadorias, o que permite pensar vários elementos, tanto em Moçambique, quanto no Brasil.
“Por outro lado, temos estas semelhanças que são as periferias e o espaço urbano. Como este espaço urbano é herança colonial. Como a partir do nosso discurso cultural transformamos esta periferia numa centralidade, como acontece no Museu Mafalala e, também, no acervo da Laje”, observa.
Refira-se que, no âmbito do projecto MuseumFutures, está patente, nas instalações do Museu Mafalala, a exposição “Marrabenta: música de toda a gente da nossa terra”, uma mostra que apresenta o processo evolutivo da marrabenta na perspectiva de Elarne Taju da Silva e Mussá Tembe, dois ex-bailarinos da Associação Africana, entidade cultural que deu grande contributo no surgimento e popularização da Marrabenta.
O Museu Mafalala é um projecto em progresso concebido pela Associação IVERCA | Turismo, Cultura e Meio Ambiente. Inaugurado em 2019, o maior goal do Museu Mafalala tem sido exaltar as periferias, através da sua história, figuras e feitos.
A visão igualmente é de contribuir para a reflexão sobre a relevância de uma construção de identidades conscientes da pluralidade que faz a história da cidade de Maputo e do país. Sempre com a percepção de que cada geração se alimenta das suas próprias referências e simultaneamente as constrói.

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“Não existe indústria da moda em Moçambique” – King Levi

O consultor de moda moçambicano King Levi, fez uma análise crítica sobre os desafios enfrentados pela moda no país, destacando a falta de uma estrutura organizacional como o maior obstáculo.
Segundo ele citado pela revista Ndzila, Moçambique ainda não possui uma indústria de moda devidamente organizada, o que dificulta o crescimento e a profissionalização do setor.
Para Levi, a solução passa por ampliar o acesso a materiais de qualidade, investir em educação especializada e fomentar o apoio financeiro tanto do governo quanto do setor privado. O consultor defende que, sem esses elementos, a moda moçambicana continuará a enfrentar dificuldades para competir no cenário internacional.
Entre as medidas que poderiam transformar o setor, aponta a reativação das fábricas têxteis no país e a criação de uma universidade especializada em moda. Essas iniciativas, segundo Levi, são essenciais para que Moçambique conquiste reconhecimento global e desenvolva uma indústria sustentável e competitiva.
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Paulina Chiziane defende resgate da identidade moçambicana

Paulina Chiziane defende que a mulher moçambicana deve resgatar suas raízes para preservar sua identidade cultural. Durante uma palestra na Universidade Pedagógica de Maputo, a escritora criticou o uso excessivo de cabelos importados, considerando essa prática uma forma de “auto-colonização” que enfraquece os valores africanos. Para ela, é essencial que as mulheres reconheçam a riqueza da sua própria cultura e parem de se descaracterizar.
A autora de Balada de Amor ao Vento fez um apelo direto às mulheres, destacando a importância do cabelo na história africana. “O cabelo da mulher negra salvou gente, mas vocês acham que ele não presta. Respeitem o vosso cabelo, reconheçam o papel histórico para a libertação humana através do vosso cabelo”, afirmou. Chiziane também incentivou a reflexão sobre como certas escolhas estéticas podem afastar as mulheres de sua verdadeira essência cultural.
Além disso, a escritora ressaltou que a academia tem um papel fundamental na preservação da identidade nacional. Ela encorajou as mulheres a contribuírem para a escrita da história moçambicana, garantindo que as futuras gerações conheçam e valorizem suas origens.
Fonte: O Pais
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Virgem Margarida revolta-se no Scala

O filme de ficção Virgem Margarida será exibido nesta quinta-feira (05) no Cine Teatro Scala, na cidade de Maputo, às 18h.
Com duração de 90 minutos, o filme Virgem Margarida retrata um cenário vivido no pós-independência (1975), em que as prostitutas eram levadas para um campo de reeducação na zona norte do país, concretamente na província de Niassa.
Margarida, uma jovem simples, é enviada por engano para o campo de reeducação, onde enfrenta várias dificuldades.
O filme será exibido no âmbito das comemorações do mês da mulher moçambicana, e Margarida “ilustra” a vida de muitas mulheres que, devido às dificuldades que enfrentam, acabam vendo a prostituição como a solução para seus problemas. O filme foi lançado oficialmente em 2011.
Virgem Margarida é uma obra do cineasta luso-moçambicano Licínio de Azevedo, que já ganhou vários prêmios, incluindo o de Melhor Realizador de Ficção em Los Angeles, com Comboio de Sal e Açúcar.