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Conheça os moçambicanos mais influentes da lusofonia
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A POWERLIST 100, uma colaboração entre a BANTUMEN e várias plataformas de comunicação lusófonas, divulgou recentemente a lista das personalidades negras mais influentes da lusofonia, como forma de homenagear e destacar indivíduos notáveis que compartilham o Português como língua oficial.
Esta lista representa uma celebração da multiplicidade, excelência e potência das pessoas negras na comunidade lusófona.
A curadoria desta lista é realizada por um colectivo de jornalistas e produtores de conteúdo das diversas plataformas parceiras, presentes em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e Portugal.
Entre os moçambicanos mais influentes, destacam-se figuras de diversos campos:
DJ Faya (Fayaz Abdul Hamide): Reconhecido como um dos DJs mais populares e influentes de Moçambique, além de ser o promotor do renomado festival Nostalgia, que reaviva o melhor da música africana, especialmente dos PALOP, dos finais dos anos 1990 e início dos anos 2000.
Dércio Tsandzana: Doutorado em Ciência Política pela Sciences Po (França), Tsandzana é autor, professor e impulsionador do jornalismo cidadão em Moçambique, contribuindo para debates sobre a liberdade de imprensa.
Hot Blaze (Toharly Cordeiro Truzao): Cantor e compositor autodidata, é reconhecido por sua música envolvente no estilo R&B, sendo uma das vozes mais notáveis da cena musical moçambicana.
Maira Shelcia Santos: A primeira mulher a fazer Stand Up Comedy em Moçambique, conhecida pelo seu humor inteligente e refinado, tendo alcançado projeção internacional através de programas e casas de comédia no Brasil.
Mário Macilau: Fotógrafo profissional premiado internacionalmente, Macilau utiliza a técnica fotográfica para criar composições ricas que exploram perspectivas e narrativas culturais, tendo suas obras expostas em renomados espaços ao redor do mundo.
Regina Charumar: Empreendedora de impacto social e ambiental, fundadora do movimento Geração Consciente, é uma ativista incansável pelo meio ambiente e pela conscientização climática, promovendo ações de voluntariado e educação ambiental.
Esses líderes influentes representam o talento e a diversidade de Moçambique, atravessando fronteiras geográficas e culturais para impactar positivamente suas comunidades e além. A POWERLIST 100 é uma homenagem merecida a esses indivíduos que deixam uma marca significativa na lusofonia.
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“Estudar é sim muito importante”, diz Mr Bow
O músico moçambicano Mr Bow voltou a defender o valor da educação formal, afirmando que estudar continua a ser essencial para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Durante a sua participação no Tu pra Tu Podcast, o artista destacou que não se deve usar como referência pessoas que venceram na vida sem ter frequentado a escola, pois esses casos são exceções e não regras.
Segundo Bow, quem não se forma “fica burro”, e quem não pratica aquilo que aprende acaba por se tornar preguiçoso e sem disciplina.
Mr Bow acrescentou ainda que ir à escola não torna ninguém especial, mas oferece bases necessárias para enfrentar os desafios do futuro. O músico explicou que o estudo aliado à prática é o que realmente prepara um indivíduo para competir no mercado e construir uma vida sólida.
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Sem Paus lança “Notas por Notas”, um álbum que resistiu a desistências
O rapper moçambicano Sem Paus lança, no dia 29 de Novembro, o seu primeiro álbum discográfico. Trata-se de “Notas por Notas”, um projecto que resistiu à desistências e falta de crença, mas que agora será apresentado no Restaurante Mar à Vista, em Maputo.
De acordo com Sem Paus, o processo de criação de “Notas por Notas” foi moroso, pois o seu álbum perdeu-se quando queimou um disco duro que continha as músicas do futuro álbum. Só um tempo depois voltou a gravar, motivado por amigos que não achavam justo que o rapper não tivesse um álbum, pelo Dj Sidney GM que sempre quis o artista como o número 100 e em homenagem ao seu irmão, falecido no dia 19 de Outubro do ano passado.
“Os anos servem não só pra envelhecer o corpo, mas também para amadurecer e deixar a fruta madura e suculenta e boa de comer”, assim descreve, o artista, os anos que levou para preparar o seu primeiro álbum, acrescentando que “os anos ajudaram a melhorar não só a nível de conhecimento, mas também a nível de abordagens nos diferentes assuntos sociais e pessoais e tornou o artista mais tolerante e esteticista de certa forma.
Sem Paus encontra o “rap game” mudado, “muitos bons rappers e muitos maus rappers também, mas é esta dinâmica que faz o movimento, alguém tem que ser mau pra haver alguém bom, quanto ao meu lugar”, respira, “o meu lugar sempre esteve lá e ninguém o tocou, cada um que apareceu foi conquistando o seu lugar”, refere.
Esta pausa “no movimento” veio com algumas lições. Uma delas é de que não se pode adiar um sonho, por ires atrás do socialmente aceitável ou correcto, tente conciliar os dois, mas não deixes de viver o teu eu.
Sem Paus entende que fazer parte do acervo da GM Records é uma grande responsabilidade por ser quem encerra o ciclo da produtora com mais álbuns de RAP em Moçambique.
Aliás, para o artista, 100 é um número redondo, número de insistência, de resiliência, de teimosia, idade de muitas dores nas articulações para aquilo que é a média de tempo de vida de um homem, e a GM Records atingiu esse número, portanto, é herói da cultura, não só do Hip-Hop.
E o rapper vai mais longe, acreditando que esta realização não é mera coincidência, mas sim conspiração divinal. “Quando tudo aponta para um evento, realmente tinha que acontecer, pois estava escrito algures nos céus”, acredita.
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Moçambique destaca-se na 12ª edição do Visa For Music em Marrocos
Moçambique marcou presença com grande destaque na 12ª edição do Visa For Music, uma das maiores plataformas internacionais dedicadas à música de África e do Médio Oriente. O evento decorreu entre 19 e 22 de Novembro, na cidade de Rabat, Marrocos, reunindo mais de 40 grupos, cerca de 300 artistas e representantes de mais de 35 países.
Este ano, o festival reafirmou-se como um espaço estratégico de circulação artística, criação de oportunidades e fortalecimento das indústrias culturais dos dois continentes. A participação moçambicana foi assegurada através do Festival Azgo e da XHUB – Incubadora de Negócios Culturais e Criativos, tendo o Azgo sido distinguido como Embaixador Cultural do Visa For Music. A distinção reforça o seu papel como uma das principais plataformas de promoção e internacionalização da cultura moçambicana em circuitos globais.
A abertura do festival foi marcada por um espectáculo vibrante de luz, energia e diversidade, com actuações de artistas da Guiné, Costa do Marfim e Marrocos, que animaram o palco com performances representativas da riqueza cultural africana.
A delegação moçambicana integrou Júlia Novela, Directora Geral do Festival Azgo e Directora Executiva do XHUB, que teve participação activa na programação profissional do evento. A sua presença contribuiu para o fortalecimento de redes internacionais, construção de parcerias estratégicas e abertura de novas oportunidades para artistas e agentes culturais nacionais, consolidando a imagem de Moçambique como um polo criativo em expansão e com forte potencial de exportação cultural.
O Visa For Music destacou-se não só como festival, mas também como uma feira profissional de referência, integrando exposições, showcases, encontros de networking, debates, fóruns e sessões de capacitação. Cerca de quarenta artistas foram seleccionados por um júri especializado para actuar em formato de showcase para programadores e público internacional, impulsionando novas possibilidades de circulação artística e cooperação profissional.
A programação desta edição atravessou géneros como música tradicional, folk, jazz, reggae, pop, rap, trap, R&B e electrónica, com DJs e live sessions que reforçaram a pluralidade estética e sonora que caracteriza o evento.
Para Moçambique, a presença no Visa For Music 2025 representou uma oportunidade estratégica para reforçar a visibilidade dos seus projectos culturais no mapa global, ampliar a sua presença nos circuitos internacionais e continuar a projectar a autenticidade da identidade artística nacional além-fronteiras