Cultura
“Vozes e Versos” um podcast feito de e para leitores

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O escritor moçambicano Agnaldo Bata lançou recentemente, um podcast dedicado à literatura “Vozes e Versos”, onde leitores comuns compartilham as suas leituras e comentam sobre as suas experiências, para fazer os livros chegarem a outras pessoas.
O podcast surgiu em Março do ano em curso, com o objectivo de dar voz e ouvir ao leitor que é também desempenha um papel importante para o desenvolvimento da arte. Agnaldo Bata, acredita que o leitor tem a capacidade de identificar de forma profunda o que há de bom naquilo que lê, assim como o que pode ser melhorado, daí que tornou-se importante, existir um lugar onde estes possam falar sobre suas leituras e levantar reflexões.
Agnaldo, defende que com o a evolução da comunicação, a interação entre os seres humanos também melhorou, daí que o podcast, vem para catapultar interacção entre os leitores independentemente da localização, quer no solo pátrio como na diáspora, pois a internet tem um poder de extrema importância que encurtar distâncias ou seja, quebrar fronteiras no mundo, em especial ao literário.
“Este podcast, tem também, objectivos terapêuticos, pois ajuda quebrar ou aliviar sentimentos solitários dos seus leitores, que ao ler um livro, terão com quem partilhar suas emoções, expectativas e suas experiências” finalizou Agnaldo.

Cultura
Edna Jaime apresenta “Nyiko – A Celebração” no Franco-Moçambicano

A performer moçambicana Edna Jaime apresenta “Nyiko – A Celebração” na sexta-feira, 24 de Outubro, às 19h, na Sala Grande do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM).
O espectáculo é uma obra de dança contemporânea que funde movimentos e ritmos tradicionais moçambicanos com linguagens coreográficas modernas, celebrando a gratidão, a resiliência e a união comunitária, bem como a diversidade e singularidade do dom (Nyiko) presente em cada indivíduo.
Com diferentes disciplinas artísticas em palco, a criação constrói uma narrativa visual e sonora que conecta corpo, ritmo e ancestralidade. O elenco reúne Francisco Macuvele, Alberto Nhabangue, Sucre da Conceição, Diogo Amaral, Sussekane, Radjha Ally e a Associação Cultural Machaka, num colectivo que celebra a força da colaboração e o poder do movimento.
“Nyiko – A Celebração” é um convite a partilhar histórias, memórias e emoções, exaltando a vida em comunidade e a importância das contribuições individuais dentro do colectivo. Ciente do valor cultural e social da obra, a organização convida os órgãos de comunicação social a estarem presentes e cobrirem este momento especial.
Edna Jaime, nascida em Setembro de 1984, em Maputo, é uma performer e coreógrafa moçambicana com mais de duas décadas de carreira internacional. Começou a sua formação artística na Casa da Cultura de Maputo em 1996, especializando-se em dança tradicional e canto.
Em 2001 descobriu a dança contemporânea, área na qual construiu uma trajectória marcada pela inovação e interculturalidade, colaborando com artistas moçambicanos e internacionais e participando em projectos que unem dança, cinema e performance.
Entre os seus trabalhos mais marcantes estão “Niketche” (2005), apresentado em França no festival Danse L’Afrique Danse, e “Lady, Lady” (2016), uma colaboração entre Moçambique, África do Sul e Madagáscar. Com a coreografia “O Bom Combate”, conquistou o Prémio Reconhecimento ZKB – 2021, na Suíça.
Em 2021 fundou a KHANI KHEDI – Soluções Artísticas, produtora que orienta os seus projectos e iniciativas de artivismo, promovendo a reflexão social através da arte. Entre os trabalhos mais recentes destacam-se a performance no Melhor Vídeo de Hip Hop Moz – 2022 e o Projecto Fotográfico “7 de Abril” (2023), em parceria com Ivan Barros, que homenageia a mulher moçambicana como artista e agente de transformação social.
Cultura
Xisute: dança contemporânea e tradição moçambicana unem-se em manifesto contra a violência

A Associação Cultural Converge+ e o Projecto Festival Raiz anunciam a apresentação da mostra Xisute, uma criação conjunta das artistas Carol Naete, Joana Mbalango, Regina Cuamba e Rostalina Dimande, que será exibida no dia 7 de Novembro de 2025, às 19h, na Casa Velha.
Xisute nasce do diálogo entre a dança contemporânea e os movimentos tradicionais moçambicanos, trazendo para o centro o símbolo da cintura feminina espaço de vida, beleza e feminilidade, mas também território de opressão e violência.

O corpo da mulher, em cena, evoca a sua ancestralidade, dançando a sensualidade como potência vital e não como objecto de exploração. Entre ondulações e gestos interrompidos, a coreografia revela cicatrizes, dores e silêncios do feminicídio, transformando cada movimento em acto de resistência.
Nesta mostra, a cintura antes controlada ergue-se como testemunho de dignidade e libertação. Xisute é um manifesto coreográfico contra a violência, um conto de memórias e uma celebração da esperança, onde a beleza e a feminilidade florescem como raízes de liberdade.
Cultura
Independências dos PALOP em debate nos Encontros do Património Audiovisual

“O Cinema e as Independências dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)” é o tema da terceira edição dos Encontros do Património Audiovisual, a decorrer de 27 a 31 de Outubro, no Cine-Teatro Scala, Centro Cultural Franco-Moçambicano e Centro Cultural Português, em Maputo.
O encontro propõe revisitar o ambiente pré e pós-independência através de exposições, mostras de cinema, visitas guiadas, lançamento de livros, debates e workshops com investigadores nacionais e estrangeiros.
Entre os destaques da programação estão as apresentações de livros das investigadoras portuguesas Raquel Schefer, Maria do Carmo Piçarra e Rosa Cabecinhas, e da brasileira Michelle Sales, além de workshops orientados pela cineasta Mila Turajlić (Sérvia/França) e pela brasileira Rosana Miziara. Pesquisadores de Moçambique, Portugal, Brasil, Alemanha e Estados Unidos também participam com artigos e comunicações.
As mesas redondas, com figuras como o guineense Sana na N’Hada, o cabo-verdiano Leão Lopes e o angolano Ery Claver, abordam temas como “O Papel do Audiovisual nas Independências dos PALOP”; “Acervos e Projectos de Digitalização” e “Modos de (Re)Ver Moçambique, Objecto Fílmico e Activismo Cultural”, com investigadoras portuguesas.
Diana Manhiça, da AAMCM, explicou que os debates serão realizados em formato híbrido, presencial e online, pretendendo “ser um espaço de intercâmbio de ideias e investigação em torno do património audiovisual, com especial atenção ao papel do cinema na construção da memória das independências africanas”, frisou.
Um dos pratos fortes dos Encontros do Património Audiovisual é a exposição que revisita a história do cinema nacional, através de fotografias documentais e arquivos audiovisuais. Com a curadoria da AAMCM, a mostra estará patente no Cine-teatro Scala, e assinala os períodos e os marcos históricos do cinema feito em Moçambique, com destaque para o marco dos 40 anos do filme “O Tempo dos Leopardos”.
Além disso, em paralelo nos CCFM e Cine-Scala, existirá espaço para um ciclo de cinema, com exibição de filmes históricos escolhidos a dedo e arquivos da Cinemateca Portuguesa nunca antes projectados em Moçambique.
Este ano, o evento é financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e apoiado pelo Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), pela Embaixada de França, através do programa FEF Création Africa, e pelo Institut Français, através do programa AOCA, e conta com o apoio institucional do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas de Moçambique.
Os Encontros do Património Audiovisual, que já vão na terceira edição, surgiram em 2023 para assinalar anualmente o Dia Internacional do Património Audiovisual, contando habitualmente com apresentações de artigos académicos, conversas com cineastas, técnicos e artistas visuais que trabalham com arquivos, debates sobre temas relacionados com os Direitos de Autor e sessões de cinema.