Esta é uma análise crítica do Imperador e produtor musical Sidney Mavie, CEO da GM RECORDS, em In pesadelo, um leque de crônicas que está a escrever que farão parte do seu livro.
“[…] sim, a falta de aderência de mulheres aos shows de Hip-Hop Moz é um assunto que nos tem preocupado muito, e, por vezes, a culpa do Hip-Hop feito actualmente é a falta de convite às mulheres ou a forma como nos apresentamos ao palco” diz Sidney.
Por muito tempo colocou este assunto como prioridade nas suas “pesquisas noturnas” e percebeu que o que realmente move as mulheres para os shows é o dinheiro e o consumo excessivo de álcool nos shows. Enfatiza defendendo que apenas com esses dois dados dá para perceber que o Hip-hop moçambicano “não existe” e logo responde a falta de adesão destas aos shows.
Porque na perspectiva do Imperador se olharmos para os nossos shows tornou-se quase normal que os jovens fiquem com uma cerveja desde 18h00 até 22h00. Logo esse tipo de ambiente não é capaz de sustentar os status das mulheres.
Os shows de RAP, principalmente o segmento underground, precisa de shows em que os consumidores e pessoas menos “mãos de vaca” para agregar ou mover a parte feminina.
Não porque algo esteja errado, mas esses dois motivos movem as mulheres aos shows.