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Paulina Chiziane responde maldizeres sobre si

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Paulina Chiziane responde mal dizeres sobre si

“As pessoas estão interessadas em puxar-me para o chão, porque sou mulher preta, velha, e pobre. Eu sou intelectual, desculpa” expressou-se amarguradamente Paulina Chiziane.

Cansada de engolir, suportar e ouvir  maldizeres ao seu respeito, Paulina Chiziane, escritora e cantora moçambicana, decidiu quebrar o silêncio que há muito lhe ensurdece: “Eu sou intelectual. Desculpa”. falava a detentora do prêmio Camões num dos maiores podcasts da actualidade em Moçambique, “Mozpod”.

A afirmação categórica, justifica-se pelo facto de receber inúmeras críticas sem base sólida ou com desconhecimento da causa sobre as abordagens ligadas aos temas das suas obras como, a poligamia, curanderismo, e sobretudo a colonização (racismo.)

No primeiro elemento, a escritora sustenta que discute a poligamia em várias vertentes quer negativa como positivamente e sem tomar nenhum partido. Mas por motivos históricos relacionados a colonização muitos moçambicanos não estão acustumados a ver uma mulher preta a esbanjar o seu lado sapiente, por isso que é muita das vezes mal interpretada:

“Falar de poligamia  não é defende-la. Pode-se criticar. Pode-se denunciar. Não é comum esta sociedade moçambicana ver uma negra intelectual. Se eu  fosse branca chamar-me-iam antropóloga”

E porque eu escrevi sobre este assunto começam a colocar me nomes, colocando a sua ignorância sobre a minha personalidade” argumentou.

No ponto que sucede, para escritora, insere-se  num contexto cultural. E as críticas vêm dos assíduos practicantes de curanderismo que se sentem ameaçados ou denunciados das suas accões. E novamente, identica o factor colonização em, detrimento  da sua imagem: “Quando o curanderismo é abordado pelo estrangeiro, é missionario. É sagrado. Quando é a Paulina, é feiticeira e anti-cristo” disse indignadammente.

O último, é o mais crítico, sensível e carece de atencão de todos. Ainda há muito por se fazer, discutir e incutir com vista a resgatar os valores culturais incluindo o próprio homem que ainda se encontra na escuridão, em suma, o país: 

“Os problemas do país  tem haver com a educação, principalmente com a colonização mental que produziu a auto negaçáo.É  preciso ensinar esta sociedade que os 500 anos de colonização e do colonizador já se foram ficamos nós, quem deve libertar o povo e a sua mente somos nós. Temos que ser guerreiros de nós próprios e tirarmos as loucuras da cabeça.” encorajou a escritora.

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Assa Matusse leva música e cultura à Costa do Sol

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Assa Matusse

A aclamada artista moçambicana Assa Matusse vai realizar um espetáculo nesta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, no Aqua Park, na Costa do Sol, em Maputo.

Intitulado “O Último dos Mutchangana”, o show promete uma celebração da identidade cultural moçambicana, com performances ao vivo e convidados especiais como Stewart Sukuma e Hernâni da Silva.

A abertura será às 20h, os bilhetes já estão disponíveis, com preços que variam entre 1 200 MT (normal) e 2 500 MT (VIP).

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Mr. Bow e Ta Basily reúnem-se para apelar à celebração da vida

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Quinze anos depois, Mr. Bow e Ta Basily voltam a unir talentos para lançar uma mensagem clara, “é preciso celebrar a vida”.

O apelo chega através do novo trabalho audiovisual intitulado “Dlhana Mutxangana”, lançado no dia de hoje, 16 de Dezembro, uma música que convida à valorização do presente e dos pequenos prazeres da existência.

Traduzido para o português, o título da música significa “Coma Machangana” e carrega uma reflexão directa e popular, quem trabalha deve, também, saber aproveitar o melhor da vida, porque depois da morte já não haverá tempo nem oportunidade para desfrutar do que foi conquistado.

O lançamento surge num momento oportuno, em que mensagens de celebração, união e gratidão pela vida encontram maior receptividade junto do público, sobretudo devido ao espírito da época festiva.

Importa referir que, neste trabalho, a colaboração entre Mr. Bow e Ta Basily carrega também um simbolismo especial, é como se o mestre se reunisse ao seu aprendiz, uma vez que Mr. Bow já reconheceu publicamente que parte do seu percurso e sucesso artístico teve influência directa de Ta Basily.

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Arte Urbana e Inclusão Feminina em Destaque no Maputo Street Art Festiva

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O Maputo Street Art Festival realizou-feira, 11 de Dezembro, às 17h00, o  evento “16Neto Take Over”, uma iniciativa dedicada à inclusão e participação  feminina na arte urbana. A actividade acontece no 16NETO Cultural Space e integra  a 2ª edição do festival, programa que reforça o papel da arte pública como  instrumento de diálogo comunitário, expressão identitária e transformação social. 

A tarde inicia com pintura de mural ao vivo, conduzida por artistas de rua que  exploram novas abordagens visuais e narrativas urbanas. Segue-se uma conversa  aberta sobre “Mulher nas Artes Urbanas”, moderada por Géssica Macamo e  desenvolvida em coordenação com as artistas Minória Gento, Camii Skinner e Tay  Milisse, que partilharão perspectivas sobre presença feminina no espaço público,  desafios do sector e possibilidades de futuro para a arte de rua em Maputo e além. 

O encontro encerra com um Sarau de Poesia, reunindo vozes emergentes e  consolidadas da cena literária urbana: N’wantsukunyani Khanyisani Daisy, Zaida  Abacar e Odjoh Molotov, trazendo performances que dialogam com identidade,  memória e resistência. 

“16Neto Take Over” reforça o compromisso do festival em promover práticas  artísticas inclusivas, fomentar espaços de participação e valorizar o contributo das  mulheres na construção das narrativas visuais da cidade. 

Convidamos o vosso prestigiado órgão de comunicação social a unir-se a nós nesta  jornada artística e a fazer a cobertura e divulgação deste evento.  

Sobre o Festival Maputo Street Art 

O Maputo Street Art é um festival dedicado à arte pública e às expressões urbanas,  que transforma bairros da cidade em espaços de criação, encontro e participação  comunitária. Através de murais, instalações, poesia, dança, conversas e actividades  formativas, o festival promove novas narrativas visuais, reforça a representatividade 

feminina na arte urbana e valoriza o território como lugar de identidade e  transformação social. Na sua 2ª edição, Re-criando Narrativas, o festival continua a aproximar artistas,  comunidades e públicos, celebrando a criatividade que nasce e vive nas ruas de  Maputo. 

Esta edição dá continuidade ao trabalho iniciado anteriormente, reforçando o papel  da arte pública como instrumento de identidade, transformação das paisagens  periféricas, diálogo e participação comunitária. 

O festival volta a privilegiar a criação artística dentro dos espaços comunitários,  fortalecendo o envolvimento local e promovendo oportunidades de inclusão,  formação e desenvolvimento cultural. 

Um dos pilares centrais desta edição é o fortalecimento contínuo da participação de  mulheres na arte urbana, assegurando maior visibilidade, reconhecimento e  representatividade no panorama artístico de Maputo. 

O festival reafirma-se como um processo colectivo, construído com a comunidade e  para a comunidade, promovendo novas formas de expressão, pertença e valorização  do território. 

Parceiros e financiadores: Esta edição é realizada com o apoio da Commission de  l’Ocean Indién no âmbito do Projecto Regional de Desenvolvimento das Indústrias  Culturais e Criativas (ICC) no Oceano Índico, financiada pelo AFD France (Agence  Française de Développement) e co-financiada pelo Fundo Création Africa da  Embaixada da França em Moçambique em colaboração com o Centro Cultural Franco 

Moçambicano.

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