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Paulina Chiziane já não precisa recarregar

A escritora moçambicana Paulina Chiziane, vencedora do Prémio Camões 2021, o galardão literário de maior prestígio atribuído aos escritores de língua portuguesa, foi homenageada recentemente pela empresa de telefonia Moçambique Telecom (Tmcel).

A escritora moçambicana Paulina Chiziane, vencedora do Prémio Camões 2021, o galardão literário de maior prestígio atribuído aos escritores de língua portuguesa, foi homenageada recentemente pela empresa de telefonia Moçambique Telecom (Tmcel).

O reconhecimento, está inserido no âmbito das acções de responsabilidade social corporativa da empresa, e com o acto visa, igualmente, incentivar e estimular o gosto pelas artes e letras no seio dos cidadãos, com destaque para os jovens, através do patrocínio à publicação, divulgação e promoção das obras dos artistas.

Segundo explicou o presidente do Conselho de Administração da Tmcel, Mahomed Rafique Jusob, aos meios de comunicação, a homenagem, é uma forma também de exaltar as artes e letras moçambicanas, uma vez que a escritora é de reconhecimento nacional e internacional, por conta do trabalho que tem feito a favor da literatura moçambicana, o que deixa numa posição respeitosa, que a levou a ser distinguida com o Prémio Camões 2021, tornando-se a primeira mulher africana a obter tal distinção.

Por sua vez, Paulina Chiziane, visivelmente emocionada, agradeceu o gesto da Tmcel, empresa que considera sua parceira desde o primeiro momento, quando muitos não acreditavam no poder da sua obra, muito menos no impacto que esta poderia ter, no país e no mundo.

Durante a cerimônia, a Tmcel atribuiu a Paulina Chiziane um diploma de mérito e um telemóvel com número vitalício, sem custos no uso de voz e dados dentro do país, e não só, ofereceu exemplares das suas obras à Escola Primária Completa a Luta Continua, localizada no centro da Cidade de Maputo, como forma de promover a leitura aos petizes.

Paulina, nasceu em 1955, em Manjacaze, província de Gaza,e em 1990 tornou-se a primeira mulher a publicar um romance em Moçambique, “Balada de Amor ao Vento”. Durante a sua trajectória, publicou também “Ventos do Apocalipse”, “O Alegre Canto da Perdiz”, “As Andorinhas”, “Na Mão de Deus”, “Por Quem Vibram os Tambores do Além”, “Ngoma Yethu: O Curandeiro e o Novo Testamento”, “O Canto dos Escravos” e “Niketche”. Em 2022, lançou, em conjunto com Dionísio Bahule, o livro “A voz do Cárcere”, um relato dos reclusos, sem contar com suas colaborações em outras áreas, como o canto.

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