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Os mais polémicos de 2023
2023 trouxe à tona uma série de controvérsias e eventos que sacudiram a cena musical de Moçambique. Dos comentários infelizes às escolhas polémicas, o ano foi repleto de momentos que geraram discussões acaloradas e debates acalorados.
DJ Ardiles, conhecido por sua presença marcante, encontrou-se no centro de uma polémica ao publicar comentários que zombavam dos apoiadores da Renamo após as eleições. Sua atitude desencadeou uma reacção intensa, forçando-o a recuar e permanecer em um prolongado silêncio.
Outro nome que permeou os holofotes da controvérsia foi Coelhinho. Num turbilhão de eventos, enfrentou processos legais e ainda foi acusado de difamar figuras públicas por meio de uma página supostamente criada com seu amigo Lloyd Froi.
Puto Aires, ao expressar seu apoio à Frelimo, foi alvo de um cancelamento público durante um programa, sendo chamado de “menino de blusa vermelha” por uma telespectadora, questionando sua conexão com a vontade do povo.
A figura polémica Lil Wayne de Moz surgiu como um divisor de opiniões, despertando tanto admiração quanto críticas por suas atitudes e declarações, especialmente em relação à capital e seus artistas.
Humberto Luís e Kilua também estiveram no epicentro das polémicas. Humberto Luís, acusado de roubar o prémio Ngoma de Twenty Fingers, e Killua, odiado por apoiar a Frelimo, chamar internautas de primatas e acusado de roubar uma música.
Fred Jossias, conhecido como o “Rei dos beefs”, apesar de um ano relativamente tranquilo, causou alvoroço ao realizar uma campanha em apoio à Frelimo, alinhando-se a um partido político em meio a divergências de opinião de seus seguidores, enquanto dizia para o povo não esquecer o combinado, por isso foi com considerado um espião.
Barbie, ao tomar partido político, enfrentou duras críticas que foram além das opiniões políticas, atingindo aspectos pessoais como seu corpo e família, enquanto Akeem, Wassala, Wassala, foi acusado de mentir sobre suas finanças, desencadeando controvérsias.
Twenty Fingers, apesar de um ano repleto de sucessos musicais, se viu envolvido em uma rápida polêmica devido ao vídeo da música “Rosita”, que gerou debates sobre sua representação sexual e conteúdo visual.
Dygo o homem do drip, viu-se no meio de uma polemica, quando foi preso por fazer um cheque sem fundos e dias depois estendido por Hot Boy, que o acusou de ser hipócrita e revelou factos desconhecidos sobre a vida pessoal de Dygo.
Ivan Platinado, foi acusado de fazer moçambique passar vergonha, ao actuar no Conversas ao sul da RTP África.
E, por fim, Duas Caras, cujas polémicas orbitaram em torno de uma mudança inesperada de direcção em sua carreira musical, apostando mais na exposição de seu corpo em vez de suas músicas, o que gerou reacções diversas de seus seguidores.
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Mr. Bow e Ta Basily reúnem-se para apelar à celebração da vida
Quinze anos depois, Mr. Bow e Ta Basily voltam a unir talentos para lançar uma mensagem clara, “é preciso celebrar a vida”.
O apelo chega através do novo trabalho audiovisual intitulado “Dlhana Mutxangana”, lançado no dia de hoje, 16 de Dezembro, uma música que convida à valorização do presente e dos pequenos prazeres da existência.
Traduzido para o português, o título da música significa “Coma Machangana” e carrega uma reflexão directa e popular, quem trabalha deve, também, saber aproveitar o melhor da vida, porque depois da morte já não haverá tempo nem oportunidade para desfrutar do que foi conquistado.
O lançamento surge num momento oportuno, em que mensagens de celebração, união e gratidão pela vida encontram maior receptividade junto do público, sobretudo devido ao espírito da época festiva.
Importa referir que, neste trabalho, a colaboração entre Mr. Bow e Ta Basily carrega também um simbolismo especial, é como se o mestre se reunisse ao seu aprendiz, uma vez que Mr. Bow já reconheceu publicamente que parte do seu percurso e sucesso artístico teve influência directa de Ta Basily.
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Arte Urbana e Inclusão Feminina em Destaque no Maputo Street Art Festiva
O Maputo Street Art Festival realizou-feira, 11 de Dezembro, às 17h00, o evento “16Neto Take Over”, uma iniciativa dedicada à inclusão e participação feminina na arte urbana. A actividade acontece no 16NETO Cultural Space e integra a 2ª edição do festival, programa que reforça o papel da arte pública como instrumento de diálogo comunitário, expressão identitária e transformação social.
A tarde inicia com pintura de mural ao vivo, conduzida por artistas de rua que exploram novas abordagens visuais e narrativas urbanas. Segue-se uma conversa aberta sobre “Mulher nas Artes Urbanas”, moderada por Géssica Macamo e desenvolvida em coordenação com as artistas Minória Gento, Camii Skinner e Tay Milisse, que partilharão perspectivas sobre presença feminina no espaço público, desafios do sector e possibilidades de futuro para a arte de rua em Maputo e além.
O encontro encerra com um Sarau de Poesia, reunindo vozes emergentes e consolidadas da cena literária urbana: N’wantsukunyani Khanyisani Daisy, Zaida Abacar e Odjoh Molotov, trazendo performances que dialogam com identidade, memória e resistência.
“16Neto Take Over” reforça o compromisso do festival em promover práticas artísticas inclusivas, fomentar espaços de participação e valorizar o contributo das mulheres na construção das narrativas visuais da cidade.
Convidamos o vosso prestigiado órgão de comunicação social a unir-se a nós nesta jornada artística e a fazer a cobertura e divulgação deste evento.
Sobre o Festival Maputo Street Art
O Maputo Street Art é um festival dedicado à arte pública e às expressões urbanas, que transforma bairros da cidade em espaços de criação, encontro e participação comunitária. Através de murais, instalações, poesia, dança, conversas e actividades formativas, o festival promove novas narrativas visuais, reforça a representatividade
feminina na arte urbana e valoriza o território como lugar de identidade e transformação social. Na sua 2ª edição, Re-criando Narrativas, o festival continua a aproximar artistas, comunidades e públicos, celebrando a criatividade que nasce e vive nas ruas de Maputo.
Esta edição dá continuidade ao trabalho iniciado anteriormente, reforçando o papel da arte pública como instrumento de identidade, transformação das paisagens periféricas, diálogo e participação comunitária.
O festival volta a privilegiar a criação artística dentro dos espaços comunitários, fortalecendo o envolvimento local e promovendo oportunidades de inclusão, formação e desenvolvimento cultural.
Um dos pilares centrais desta edição é o fortalecimento contínuo da participação de mulheres na arte urbana, assegurando maior visibilidade, reconhecimento e representatividade no panorama artístico de Maputo.
O festival reafirma-se como um processo colectivo, construído com a comunidade e para a comunidade, promovendo novas formas de expressão, pertença e valorização do território.
Parceiros e financiadores: Esta edição é realizada com o apoio da Commission de l’Ocean Indién no âmbito do Projecto Regional de Desenvolvimento das Indústrias Culturais e Criativas (ICC) no Oceano Índico, financiada pelo AFD France (Agence Française de Développement) e co-financiada pelo Fundo Création Africa da Embaixada da França em Moçambique em colaboração com o Centro Cultural Franco
Moçambicano.
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Bill Boy e Melchior Ferreira entre as figuras mais influentes da lusofonia
A plataforma BANTUMEN divulgou recentemente a nova edição da sua distinção anual PowerList BANTUMEN 100, que reúne cem personalidades afrodescendentes lusófonas com impacto relevante nas áreas da cultura, artes, comunicação, empreendedorismo e inovação.
Este ano, entre os nomeados, destaca-se o cineasta moçambicano Américo Bill conhecido artisticamente como Bill Boy que integra a lista de homenageados.
Para alem dele, encontramos também o seu colega Melchior Ferreira, que juntos fizeram o filme “Vandalos”.
Bill Boy, fundador da produtora e estúdio audiovisual Codeclife, tem-se afirmado como uma das vozes mais promissoras do cinema independente em Moçambique, combinando talento criativo com empreendedorismo cultural.
A sua inclusão destes dois cineastas, na PowerList reflete o reconhecimento internacional da sua contribuição para o cinema lusófono e a valorização da narrativa negra nos media e nas artes visuais.
Para além destes a edição deste ano da PowerList traz outros nomes moçambicanos e lusófonos de destaque, como Álvaro Taruma escritor moçambicano, e Guyzelh Ramos promotor de eventos e Twenty Fingers músico.