Opinião
O que não te contaram sobre Akeem
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Akeem Matsinhe, ou simplesmente Akeem, como é vulgarmente chamado. É um jovem moçambicano, empreendedor e influenciador digital. Que surpreendeu o público no último mês, Setembro do ano em curso, com uma nova imagem e diferente perspectiva de vida. Akeem, que vem sendo alvo de inúmeras críticas, por conta da sua vida repleta de escândalos, tanto na profissional, assim como na vida pessoal (amorosa).
Com tantas especulações nas redes sociais e por aí fora sobre a riqueza invejável do jovem que só tem apenas duas décadas e mais 3 anos de vida, hoje conhecido por nome, sua estratégia, investimentos num dos maiores mercados financeiros dos mundo, descentralizado destinado a transacções de câmbio (FOREX), e as suas, não poucas ópticas, espalhadas entre a província e cidade de Maputo, que são hoje, consideradas referência.
Casado com a também empreendedora e influenciadora digital, Keta Matsinhe. Tendo, se envolvido com a jovem Olga Fortunato, pondo o ponto final no seu casamento, entre idas e vindas, manteve uma vida dupla, tendo engravidado a jovem em questão.
Foi também acusado de burlas e de ter contraído dívidas com vários credores, para manter uma vida de luxo e de ostentação nas redes sociais. Akeem, em suas entrevistas tanto nas plataformas digitais como nos órgãos de comunicação, não tem poupado suas manifestações de orgulho e prepotência.
Considerado um jovem infantil e volúvel pelo público, tendo sua vida exposta à opinião pública e sendo considerada por muitos, um seriado com respectivos episódios. Depois dos escândalos das dívidas com bancos e credores, desapareceu do mapa, todavia, Akeem junto da sua actual esposa, Keta, protagonizaram mais um episódio de escândalos, proporcionando momentos de entretenimento para os apreciadores dos mesmos.
Postou nas suas redes sociais, no último mês de Setembro, fotos, mensagens e textos totalmente voltados à religião cristã. Apresentando -se, um jovem renovado, humilde e consciente dos seus erros passados. Entre versículos bíblicos e vídeos de pregações e palestras motivacionais em igrejas, não ficou nem a sombra, do jovem polémico, soberbo e problemático.
O que despertou a atenção dos haters (pessoas que fazem comentários de ódio e críticas sem critérios), nas redes sociais, que não pouparam esforços ao destilar o seu veneno contra o jovem. Acusando-o de procurar protagonismo, os seus escândalos além da fama, seriam uma estratégia de negócios para ganhar audiência e visibilidade no mercado.
Entre as opiniões que se dividem sobre o jovem empreendedor e seus episódios escandalosos. O crítico e empresário, Donald Dimas ( CEO da Mbalele Mbalele e Coordenador Nacional do pelouro de Agribusiness), disse haver probabilidade do rapaz ficar milionário sobe a cada coisa ou confusão que ele se meter.
“Olha, esse miúdo leu os livros certos aos 17,18 anos. Os mesmos que muitos de nós só descobrimos aos 28,30 anos. Eu sempre disse uma coisa sobre este menino, se ele retirar a vontade que tem de holofotes mesmo em situações ridículas, ele ia melhorar ainda mais”
E salientou: “eu quero exortar aos jovens da idade dele que saibam filtrar o bom do mau, aproveitem o bom dele, aprendam, e deixem de ir lá só pra rir e escrever comentários de memes, peçam conselhos sobre business que vão gostar…se movam e sejam irrequietos”
Opinião
Tabasilly é o responsável pelo sucesso de Mr. Bow
Tabasilly, é uma figura incontornável na construção de carreiras musicais em Moçambique. Entre 2013 e 2015, quando eu colaborava na Rádio Terra Verde, tive a oportunidade de testemunhar de perto a dedicação e generosidade de Taba, características que o tornaram um pilar no sucesso de vários artistas.
Ele era responsável por levar as músicas do Mr. Bow para a rádio, mas o que mais me impressionava era sua insistência em garantir que as canções de seu amigo fossem tocadas, mesmo quando tinha suas próprias músicas para promover. Esse altruísmo revelou uma faceta rara no mundo competitivo da música: a disposição de impulsionar o talento alheio sem colocar o próprio ego em primeiro plano.
Apesar de insinuações de que Mr. Bow poderia se tornar uma ameaça ao seu próprio sucesso, Taba nunca via isso como um problema. Ele acreditava firmemente que havia espaço para todos brilharem, citando exemplos como Wazimbo, Antônio Marcos, Safira José, Domingas e Belita, e Rosália Mboa, que fizeram sucesso simultaneamente. Esse espírito colaborativo não só ajudou a moldar a carreira de Mr. Bow, mas também influenciou profundamente outros talentos emergentes.
Em 2020, conheci Kay Novela, um jovem talentoso que revelou que, em meio a muitas dificuldades, foi Tabasilly quem o ajudou a subir aos grandes palcos na África do Sul. Graças ao apoio de Taba, Kay conseguiu não apenas visibilidade, mas também estabilidade financeira e contatos valiosos.
O reconhecimento veio em 2020, quando Mr. Bow lançou o álbum *Story of My Life* e presenteou Tabasilly com um cheque de 100.000 MZN, como forma de agradecer por seu papel crucial na construção de seu sucesso. Além disso, foi Tabasilly quem introduziu Mabermuda a King Bow, facilitando colaborações que enriqueceram a cultura musical moçambicana.
Tabasilly não é apenas um músico talentoso, mas também um verdadeiro mentor e construtor de carreiras. Sua generosidade e visão colaborativa têm deixado uma marca indelével na música de Moçambique, abrindo portas e criando oportunidades para muitos artistas brilharem. Sua contribuição é um exemplo de como o sucesso pode ser alcançado não apenas através de talento individual, mas também através de apoio mútuo e solidariedade.
Texto de Mia Tembe
Opinião
A história do Trio que queria ser uma Fam para sempre
Nos anos 2000, Moçambique viveu um dos períodos mais vibrantes do rap e os Trio Fam foram um dos grupos mais destacados dessa era dourada.
Formado por Kaus, Cinzel e Kloro, o grupo não apenas marcou o cenário musical, mas também conquistou aplausos e reconhecimento de uma geração.
Antes conhecidos como Rappers Unit, depois Trio Fam, formavam mais do que um grupo de rap. Era uma família, uma “Fam” que transcendia os laços musicais.
As suas faixas falavam da vida nas ruas, dos desafios diários e dos sonhos de uma juventude que buscava o melhor num país como o nosso.
Sob a direcção do icónico DJ Beatkeepa, ex-manager da Track Records, os Trio Fam amplificaram a voz de todos os jovens com intervenções em músicas como “Au Suke” e Respeito Mútuo. Mas também conseguiram agradar a quem gostasse de abordagens mais Egotrip, com os clássicos “Mãos na Cabeça”, “J’yeah J’yeah”, “Continencia”, “Randza”, entre outros.
Mas, como muitas histórias de sucesso, os Trio Fam também tiveram os seus desafios. A parceria de longa data entre Kaus, Cinzel e Kloro, que parecia inquebrável, enfrentou dificuldades inesperadas após Kaus suspeitar que Kloro tinha desviado os fundos da Mukheru Music, que os três membros administravam.
A desconfiança que surgiu a partir desse episódio, criou a dissociação do grupo.
Entretanto, apesar do fim triste, o legado do Trio Fam permanece intocado. Kaus, Cinzel e Kloro, mesmo seguindo caminhos separados, deixaram uma marca inquestionável no hip-hop moçambicano.
Opinião
A carta que Charles escreveria hoje ao Duas Caras
Há mais de 10 anos, quando reinavam incertezas sobre a carreira do rapper moçambicano Duas Caras, um super fã do rapper, Charles, decidiu enviar uma carta para expressar a sua insatisfação com a situação
Trata-se de uma carta escrita em tempos longínquos, quando as redes sociais ainda eram novidade, tanto que a mensagem foi enviada por e-mail.
Uma “carta” que tocou o rapper e o inspirou a compor uma música que se tornaria um sucesso, marcando o seu retorno aos holofotes, ao lado de Rui Michael, estrela do rock em Moçambique.
A mensagem do fã foi clara: independentemente do sucesso, continuaria a apoiar o rapper, ignorando qualquer tipo de mudança. Mas e hoje? Duas Caras voltou a mudar, e agora a metamorfose é profunda.
O rapper já não se preocupa em lançar barras; agora o foco são danças e batidas para viralizar no TikTok, Facebook e Instagram, iniciado com a sua aventura pelo estilo Afrobeat, através do som “Fala como Homem, que é assinada pela label Geobek Records.
A verdade é que a sua saída do rap já tinha sido anunciada. A metamorfose começou com Djundava, um álbum que marcou o renascimento do rapper, depois de Duditos Way, que foi o último trabalho de Duas com o teor Hip-hop.
Foi em “Duditos Way” que Duas deu os “props” a todos que o acompanharam enquanto rapper. Neste trabalho, em “Ossos no Baú”, o rapper fez uma introspecção sobre sua carreira no rap moçambicano, mas como não foi Afrobeat, não chegou a todos.
“Não sei se o próximo rei fará melhor que o rei Duas”, diz ele na música, assumindo a passagem do bastão ao próximo rapper.
Ainda neste som, Duas pede que se dê flores aos que fizeram muito pelo hip-hop nacional, com ênfase para os membros da G-Pro, grupo de rap do qual fez parte.
Se Charles tivesse que escrever uma carta hoje, inicialmente, parabenizaria o rapper por ter conseguido lançar o seu primeiro álbum, e mais tarde, Afromatic.
Faria chegar a mensagem de que o “Cu Gordo” já não está como toque de chamada, mas “Gueime” está entre as opções, pois foi essa a resposta do rap ao fã, com a explicação com A+B de cada escolha.
Quando o Karma bate à porta
Desde que se aliou ao Afrobeat, o rapper está a ser atacado de todos os lados, até por rappers que nunca se pensou que o fariam. Parece que não basta ele querer; os rappers também devem querer. Flash Enccy, por exemplo, não fugiu do legado que tem com o rap, de bater de frente, tanto que mandou um “MotherFucker” ao Duas no Festival de Hip-Hop.
Há quem diga que o rapper está apenas a ser versátil ao aliar-se ao Afrobeat, numa versão que lembra bastante Burna Boy.
A questão é uma: sem Duas Caras, o rap moçambicano fica sem rei, apenas com o príncipe Hernâni da Silva Mudanisse.
Se Charles tivesse que escrever a segunda carta, diria ao rapper que não é que os colegas não entendam a sua mudança de estilo, mas é apenas o karma a bater à porta.
Duas Caras foi um dos que se opuseram à versatilidade dos rappers nacionais, esteve entre os que não apoiavam que um rapper dançasse e fizesse Pandza, estilo que não difere tanto do Afrobeat que hoje ele abraça.
Fora a aventura no Afrobeat, o que não se sabe é se Charles concordaria com as ausências de Duas no movimento Hip-hop, concretamente o Rapódromo. Duas criou o Rapódromo e hoje, diga-se de passagem, abandonou-o, passando a responsabilidade para Allan.