O filme “Nkwama”, da realizadora e atriz, Gigliola Zacara será exibido no Festival Internacional de Cinema e Artes SOTAMBE na capital da Zâmbia, que vai na sua 9ª edição de 16 a 24 de Setembro de 2022.
A comissão julgadora ainda está a avaliar filmes e brevemente serão divulgados os resultados dos filmes que passaram para a Seleção final e os indicados. O filme Nkwama já foi selecionado para fazer parte dos filmes que serão exibidos e aguarda pelo resultado do júri.
O evento que acontece em setembro é um evento anual que consiste em exibições de filmes seguidas de painéis de discussão direcionados a estudantes de faculdades e universidades, além de exibições de filmes produzidos localmente e internacionais, seguidas de discussões com produtores e diretores sobre os desafios enfrentados durante o processo de produção. O programa adicional consiste em concertos, oficinas de cinema e campos de treinamento, oficinas de arte para crianças e exposições de arte, exibições ao ar livre, conferências de empreendedorismo cinematográfico e laboratórios de cinema.
O filme “Nkwama” já foi exibido em festivais e eventos realizados em Moçambique, Brasil, Cabo Verde e Portugal. Em 2020 foi considerado o Filme Favorito do público no 4º Concurso de Curta-metragem CCMA, onde também foi distinguido como o 2º Melhor Curta-metragem.
O filme gira em torno de Alice que é uma heroína que encontra sempre soluções para as dificuldades do dia-a-dia. Numa comunidade pouco consciencializada em relação aos problemas do meio ambiente e mudanças climáticas, ela faz do plástico o seu meio de subsistência. A narrativa conta com a co-produção do Centro de Recriação Artística e ofícios – Rede de Mulheres Artistas, com apoio do INICC, Amocine, Olhar Artístico, António Sendi, Lda, ETC e Maochas Filme.
Gigliola Zacara nasceu em Maputo, 4 de Dezembro de 1983. Desde cedo revelou ser uma pessoa multifacetada, é licenciada em Estatística e Gestão de Informação, é gestora cultural, produtora, actriz, bailarina, encenadora, coreógrafa, professora de dança e teatro, activista dos direitos humanos e modelo fotográfico.
Actualmente desempenha as funções de directora da Associação Centro de Recriação Artística e directora do projecto 7 Ofícios – Rede de mulheres artistas. Iniciou-se na dança aos 12 anos de idade, na Escola Nacional de Dança e formou-se como coreógrafa em 2005. Seus destaques como bailarina e coreógrafa vão para as criações “L’ Autre” de Augusto Cuvilas, “O olho e Percepção” e “Maputo” de Maria Helena Pinto, “Ncalhuane” do Grupo Ntsakagi, “Caos na Identidade” de Lulu Sala, “Alone” de Mário Vumba, “Mafalala Blues”, “N’sala” , “M’falala” e “Moças das docas”, de sua autoria.