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Festival M’Saho celebra timbila e encanta público em Zavala

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A contar para a sua 29ª. edição, o M’Saho, Festival da Timbila regressou às terras de Zavala, em Quissico, no dia 23 último, para mais uma celebração da cultura tradicional moçambicana e, sobretudo, de um dos patrimónios culturais imateriais da humanidade, a timbila.

Tal como nos anos anteriores, Quissico, a vila que acolhe o evento, vibrou com a presença de milhares de pessoas que, para além de acompanhar os diversos grupos e animação de mais uma edição do Festival da Timbila, experimentou as delícias gastronómicas locais e deslumbrou-se com os cenários paisagísticos que a vila apresenta, marcado por lagoa e árvores de coqueiros.

No palco, como de costume, os instrumentistas da timbila (e de outros instrumentos) juntaram-se aos bailarinos de todas as idades para uma simbiose performática de tirar o fôlego. Cada actuação era digna de aplausos e assobios ao estilo característico de quem se encanta com a vibração que combina, e muito bem, a música e a dança.

Quem esteve em Zavala de certeza o desejo é de regressar próximo ano, pois a experiência que se viveu em um dia cheio de música é convidativa. Aliás, é por isso que o Festival da Timbila é agenda obrigatória para muitos turistas, académicos, estudantes, artistas e diversos públicos apreciadores da música tradicional.

E os residentes de Zavala, todos os anos, esmeram-se para encantar os visitantes com o melhor que a vila tem para oferecer, desde comida típica, bebidas tradicionais, propostas de passeios em trilha ou de barco na lagoa e acomodação confortante e rústica em casas ou em tendas, bem como produtos e serviços diversos.

A economia de Zavala, e porque não de Inhambane, agradece quando chega a hora do festival, pois homens e mulheres conseguem fortalecer os seus diversos negócios, sobretudo materiais artesanais, para novos públicos, que não dispensam uma recordação local, levando para casa a herança do povo chope.

A edição deste ano, com a particularidade de juntar apenas artistas locais, contou com a participação de 17 grupos de timbila provenientes dos distritos de Quissico e de outros pontos de Inhambane, entre os quais Mkwaio, Timbila de Guilundo, Venâncio, Timbila de Muane, Timbila Mazivela, Timbila Banguza, Timbila Nhagutou, Timbila Mauaie, Ngalanga Chitondo, Ngalanga Ngomene, Ngalanga Vugane, Fusão Timbila Chitondo, Grupo da Escola Graça Machel de Quissico, Timbila Chidzoho, Timbila Groove, Xigubo Ubanthu de Inhambane, a Companhia de Dança de Cambine e a Escola de Dança do ISArC.

Zavala foi, mais uma vez, um ponto de encontro para apreciadores da música e da dança moçambicana, oferecendo uma experiência autêntica, repleta de ritmos vibrantes, trajes tradicionais e expressões únicas. Até porque a timbila, neste contexto, deixou de ser apenas um símbolo identitário e passou para uma dimensão de atracção turística, inspirando novas visitas e fortalecendo o orgulho nacional.

Reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como Património Cultural Imaterial da Humanidade desde 2005, a timbila é mais do que um instrumento musical, é um legado vivo do povo chope, presente sobretudo na província de Inhambane.

Trata-se de um conjunto de xilofones artesanais, construídos a partir de madeira local e cabaças ressonadoras, cuja sonoridade única acompanha cantos e danças que narram histórias, transmitem ensinamentos e reforçam laços comunitários.

E foi mesmo isto que se viveu no dia 23 de Agosto último, um pretexto para narrar histórias, transmitir ensinamentos e reforçar laços através do Festival da Timbila.

Festival da Timbila procura local apropriado

Segundo Samuel Júnior, director provincial da Cultura e Turismo, para além do aspecto performativo e multidisciplinar, o Festival da Timbila terá outras valências, como exposições, palestras e seminários sobre a timbila e outros tipos de músicas e danças tradicionais.

“Para além da preservação da timbila, é também nosso interesse fazer deste evento uma montra para a exposição desta prática cultural de modo que ela possa permanecer por todo o sempre”, realçou Júnior, acrescentando que este festival é um espaço que serve de encontro para vários povos.

Um dos desafios partilhados por Samuel Júnior durante o seu discurso é encontrar um espaço definitivo para a realização deste evento, que tenha condições adequadas para este tipo de manifestações. 

Próxima edição será no dia 29 de Agosto e vai incorporar música ligeira

De acordo com o Governador de Inhambane, o Festival da Timbila é uma manifestação cultural que consagra os mais nobres valores da cultura chope e identidade moçambicana. “O festival M’Saho, que outrora foi símbolo da resistência, hoje é realizado anualmente nesta vila linda e rica de Quissico, como forma de resgatar, celebrar, preservar a timbila proclamada obra-prima do património oral e imaterial da humanidade pela UNESCO”, sublinhou Francisco Pagula.

“Durante a actuação dos grupos, a tradição se renova, num intercâmbio entre gerações interligando o passado e o presente, na construção de um futuro, bem como na reafirmação da timbila no panorama da cultura moçambicana”, por isso, “ao celebrar M’Saho, celebramos a cultura, a harmonia, a fraternidade e a força da nossa identidade como um povo”, disse Pagula durante a sua intervenção.

O Governador de Inhambane declarou ainda que a próxima edição do M’Saho, segundo a vontade do povo de Zavala, está marcada para o dia 29 de Agosto de 2026, justificando o facto de calhar no último fim-de-semana do mês. E a grande novidade partilhada por Pagula é que, a partir da 30ª. edição, o Festival da Timbila vai incorporar na sua programação artistas que apostam na música ligeira moçambicana.

Pagula não saiu do palco antes de dançar e aprender a tocar timbila, aliás, esta aula foi merecida, pois o governador ofereceu timbilas às escolas secundárias de Zavala, nomeadamente, Helene e Graça Machel, para além de kits de ferramentas de fabrico e manutenção deste instrumento a Domingos Venâncio e Luís Semende.

Sasol apoia Festival da Timbila pelo quarto ano consecutivo

Para o representante da Sasol, voltar a Quissico é regressar a um lugar onde o som de timbila não é apenas música, é a voz de um povo, é memória, é identidade, é um testemunho vivo da tradição chope. “O Festival de Timbila – M’Saho é uma celebração rara, onde a música e a dança se encontram com a história e a alma de uma comunidade”, destaca.

A Sasol, partilha o seu representante, associa-se ao festival pelo quarto ano consecutivo, pelo facto de ser um património que traduz a valorização da criatividade das comunidades de Inhambane, para além de apoiar as festividades dos distritos de Govuro, Vilânculos e Inhassoro e as diversas iniciativas desportivas que fortalecem laços e inspiram novas gerações.

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Xiquitsi 2025 encerra o ano com uma série de concertos históricos

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A 12ª edição da Temporada de Música Clássica Xiquitsi 2025 encerra, este mês, com a terceira série de três concertos marcados para os dias 6, 7 e 13 de Dezembro. Nesta série, o Xiquitsi vai apresentar propostas distintas e inovadoras, cada uma com as suas especificidades.

No dia 6, Sábado, às 11 horas, no Teatro Scala, terá lugar o primeiro Concurso de Composição Xiquitsi, no qual, para além das obras de repertório a serem interpretadas pela Orquestra e Coro Xiquitsi, vão a concurso “Deus Existe”, de Queirós Júlia, “Prelúdio de uma noite de verão”, de Humberto Tandane Júnior, “A cor da Gratidão”, de Hilário Vasco Manhiça, e ainda  “Glória”, de Francisco Fumo.

O segundo concerto está marcado para Domingo, dia 7, às 15h00, na Igreja Dom Bosco do Bagamoyo. Trata-se do já tradicional concerto denominado “Tarde para Pais e Filhos”, um concerto de carácter pedagógico que contará com a estreia em palco numa apresentação pública da Orquestra Infantil, Coro Infantil e ainda do Ensemble de Percussão Xiquitsi, sob coordenação dos professores Eduardo José Alemán, Yara Carvalho e Cheny Wa Gune, respectivamente.

 “Noite para as Famílias” será o último concerto da série, no dia 13 de Dezembro, às 19h00, na Igreja Santo António da Polana. Desta vez, o Xiquitsi convidou os pais dos seus alunos para se juntarem à orquestra e coro, contribuindo, por um lado, para um maior envolvimento e conhecimento dos encarregados de educação do dia-a-dia dos seus educandos. Igualmente, pretende-se, com a aproximação dos pais, permitir uma maior cultura de concerto por parte dos encarregados de educação dos alunos.

Francisca Fins Zlotnikov, no violino, Kika Materula, no oboé, e Yara Carvalho, na voz, serão as solistas da noite que promete muitas surpresas e que deixará em todos o sentimento do espírito natalício que já se vive nesta época.

A série de concertos contará com a presença de 166 músicos em palco, dos quais 11 professores, uma aluna do Xiquitsi em formação em Espanha – Blandina Dimande –  e Francisca Zlotnikov, que regressa a Maputo 10 anos depois da sua primeira visita ao Xiquitsi. Esta é sem dúvida a série de concertos com maior número de músicos em palco.

Deste modo, o Xiquitsi encerra o ano com o compromisso de continuar a ser uma plataforma de desenvolvimento social através do ensino colectivo de música, em que o “ensino por excelência” é uma das ferramentas essenciais para o cumprimento da sua missão.

O Programa conta com cerca de 250 alunos distribuídos entre as classes de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, oboé, clarinete, percussão, canto e luthieria ou fabrico e reparação de instrumentos musicais.

O Xiquitsi é um programa desenvolvido pela Kulungwana – Associação para o Desenvolvimento Cultural, e está sob Direcção de Kika Materula, sua fundadora.

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Shelcia Mac apresenta “Quatro Estações” no Auditório da Rádio Moçambique

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Shelcia Mac, uma das vozes emergentes da nova geração musical moçambicana, sobe ao palco do Auditório da Rádio Moçambique no dia de amanhã para apresentar Quatro Estações, o seu primeiro EP.

O concerto, transmitido em directo pela Rádio Cidade, marca a estreia da artista num espaço que tem acolhido alguns dos nomes mais influentes da música nacional.

O espectáculo inaugura o Mbenga Live Session, novo formato da Plataforma Mbenga Artes e Reflexões, conhecida pela produção contínua de conteúdos culturais para a emissora pública.

A estreia estava, originalmente, pensada para celebrar os 20 anos de carreira de Miguel Xabindza, figura maior da música moçambicana, mas problemas de saúde do músico obrigaram a uma mudança de rumo. A reorganização acabou por abrir espaço para que Shelcia Mac assumisse o protagonismo — algo que, segundo a organização, reflete também a necessidade de dar visibilidade a vozes jovens.

Em palco, Mac apresentará as oito faixas de Quatro Estações, um projecto que procura estabelecer o seu lugar na cena musical contemporânea. O público poderá ouvir versões acústicas de temas como “Regalias”, o single lançado em 2023 que serviu de porta de entrada para este novo capítulo. A artista incluirá ainda interpretações de canções que moldaram o seu percurso, sublinhando as referências que a acompanham desde o início.

Para Shelcia, esta actuação é mais do que um concerto: é uma afirmação. “É uma honra subir ao palco da maior estação emissora de Moçambique e estar em contacto com os ouvintes da Rádio Cidade e com o público no auditório. É uma responsabilidade mostrar o meu primeiro ‘bebé’ (Quatro Estações) a uma plateia tão vasta”, afirmou.

A cantora descobriu a música na infância, influenciada pelo ambiente familiar. Aos 10 anos, cantava em casamentos e festas; aos 17, percebeu que a música era mais vocação do que passatempo. Participou no Fama Show em 2021, experiência que lhe permitiu consolidar técnica vocal e presença em palco. Seguiram-se actuações regulares em restaurantes e bares, passos que ajudaram a profissionalizar o seu percurso. Em 2024, dedicou-se à criação do seu primeiro EP, lançado este ano pela CSV Agência.

O Mbenga Live Session nasce do programa Mbenga na Cidade, transmitido às quintas-feiras na Rádio Cidade, e pretende aproximar artistas e público através de actuações intimistas e conversas sobre processos criativos.

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Os do Momentos querem voltar a música

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O grupo moçambicano Os do Momento está a preparar um regresso em grande aos holofotes.

Segundo uma publicação feita na sua página oficial, a banda revelou que já tem pronto um trabalho discográfico, embora ainda não tenha divulgado detalhes sobre os projectos.

O anúncio foi feito de forma breve nas redes sociais, onde o grupo lançou uma pergunta ao público, despertando curiosidade sobre o que está por vir.

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