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“A voz dos que não têm voz” inaugura na Beira

A exposição fotográfica intitulada “A voz dos que não têm voz” será inaugurada na Sexta-feira (26 de Janeiro), às 09 horas, nas instalações da livraria Fundza, localizadas na Cidade da Beira. Trata-se de uma mostra resultante de um Workshop dedicado à formação em fotografia, com base na técnica de Photovoice, um mecanismo usado para amplificar “A voz dos que não têm voz”.

Fruto da colaboração entre o Comitato Internazionale per lo Sviluppo dei Popoli (CISP) e a Associação Literária Kulemba, o trabalho insere-se no quadro do Projeto de Cooperação Internacional Pro-PAZ – Cultura para promoção da Paz, Reconciliação e Coesão social, cofinanciado pela União Europeia e que tem o escopo de contribuir para a consolidação da Paz em Moçambique, promovendo uma iniciativa de Reconciliação Nacional baseada em atividades culturais e na participação ativa da sociedade civil em âmbito nacional e, de maneira particular, dos grupos mais vulneráveis e das comunidades mais afetadas pelo conflito nas Províncias de Tete, Manica e Sofala.

De acordo com a nota de imprensa emitida pela equipa de produção, pretende-se, com a iniciativa – que é fruto da longa experiência do CISP em abordagens Art for Social Change – , incentivar a mudança da atitude colectiva em relação aos direitos humanos, sobretudo das pessoas em situação de vulnerabilidade.

“Por meio da fotografia, os participantes trazem novas ideias e perspetivas que aumentam a conscientização sobre questões sociais importantes ou negligenciadas na comunidade.” – lê-se no documento que descreve a iniciativa envolve seis organizações da sociedade civil, grupos culturais, além de ativistas a artistas da cidade da Beira e dos distritos de Cheringoma, Chibabava, Dondo, Gorongosa e Nhamatanda que trabalham com a temática da paz e reconciliação em Moçambique e temáticas sociais, tais como gênero, direitos humanos, direitos das crianças e adolescentes.

A técnica de PHOTOVOICE se constitui como um processo de engajamento e pesquisa pelo qual as pessoas – muitas vezes aquelas com poder limitado devido à pobreza, barreiras linguísticas, raça, classe, etnia, gênero – usam fotos ou vídeos para capturar aspetos importantes e problemáticos de seu ambiente e contexto, tanto em nível individual e comunitário, e compartilhá-los com os outros. As fotos são acompanhadas de pequenos textos ou citações relacionadas às imagens. Por meio da fotografia, os participantes trazem novas ideias e perspetivas que aumentam a conscientização sobre questões sociais importantes ou negligenciadas na comunidade.

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