No âmbito das festividades que marcaram os 118 anos da elevação da Beira à categoria de cidade, o artista Twenty Fingers foi corado “King da Música” pelo Presidente do Município, Dr. Albano Carige António.
Durante a cerimónia, Twenty Fingers expressou a sua profunda gratidão ao Dr. Albano Carige, destacando a honra de ser reconhecido no palco precisamente na cidade onde deu os primeiros passos na música.
“Quero expressar a minha mais profunda gratidão ao Dr. Albano Carige, pela honra de me coroar no palco no dia em que a Beira celebrou os seus 118 anos de elevação à categoria de cidade. Receber esse reconhecimento das mãos de uma figura e dirigente respeitado foi um gesto que muito me enalteceu, sobretudo por ter acontecido na cidade que viu nascer os meus primeiros passos na música.”
Twenty Fingers
O artista estendeu também o seu apreço à equipa do Conselho Municipal da Beira, sublinhando o papel essencial na organização deste evento memorável, e ao público efusivo:
“Estendo igualmente o meu apreço à equipa do Conselho Municipal da Beira, que esteve por detrás da organização desta celebração memorável, e ao público que vibrou comigo, enaltecendo a minha figura e fazendo-me sentir que aquele feito é de todos nós.”
Twenty Fingers
Twenty Fingers ressaltou que essa distinção vai além de um reconhecimento pessoal, trata-se de uma valorização da classe artística moçambicana e um incentivo para seguir trabalhando com paixão e dedicação.
O artista moçambicano Naguib Abdula revelou no podcast Moz Pod a frustração de ser amplamente valorizado no estrangeiro, mas pouco reconhecido em seu próprio país.
“Farto de fazer palestras lá fora e aqui nunca me chamaram para nada. Sinto até ciúmes do Ayaz, que disse que sempre faz palestras nas universidades”, desabafou.
Apesar de já ter dado aulas em instituições de renome na Hungria, Lisboa e África do Sul, Abdula lamenta nunca ter sido convidado para palestrar em universidades moçambicanas.
O actor e influenciador digital moçambicano Alcy Caluamba anunciou que disponibilizaria gratuitamente o seu filme de acção Caly por 72 horas, em comemoração ao primeiro aniversário da obra.
A estreia foi promovida nas redes sociais, com links para o site oficial do filme. No entanto, a iniciativa foi marcada por um episódio de pirataria, apenas algumas horas após o lançamento, cópias ilegais do filme começaram a circular em plataformas não autorizadas, prejudicando a estratégia de acesso controlado e gratuito.
O artista moçambicano Naguib Abdula falou recentemente ao Moz Pod, onde destacou a necessidade de criar uma CTA (Confederação das Associações Económicas de Moçambique para as Cultura), capaz de apoiar os artistas de forma eficaz e profissional.
Segundo Abdula, é fundamental que as associações culturais sejam representadas e respaldadas, e que os investimentos em artes sejam buscados em casas de exposições, com financiamento de empresas obrigadas a apoiar a cultura, e não apenas através da lei de mecenato, que, na sua visão, é ineficiente e quase uma burla.
“O sector cultural só vai sair do analfabetismo funcional e da falta de profissionalismo que se observa em alguns departamentos quando tivermos pessoas com visão e competências a gerir a cultura”, afirmou o artista. Para Naguib Abdula, o futuro das artes em Moçambique depende de estruturas sólidas, claras e comprometidas com os criadores locais.