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Trovoada : não gosto de batalhar
Em uma entrevista, o rapper Trovoada compartilhou seus sentimentos sobre batalhas de rap e destacou a importância da Liga Angolana de Batalhas, além de oferecer reflexões sobre a cena do hip-hop e os desafios do Rapódromo. Essas declarações foram feitas no documentário “A vida de um Gladiador,” produzido pelo canal Cau Fontes Channel.
Trovoada, conhecido por sua postura única na cena do rap, revelou que não é um entusiasta das batalhas de rap. Em suas próprias palavras, “Eu não gosto de batalhar, por isso não sentirei os benefícios disso como alguém que se entrega de todo coração.”
O rapper compartilhou uma lembrança de sua jornada no hip-hop, mencionando Mc Roger como seu primeiro ídolo e deixando claro que não tolera desrespeito a ele na sua presença. Esse reconhecimento de suas raízes e influências sublinha o respeito que Trovoada mantém por aqueles que vieram antes dele na cena musical.
Além disso, Trovoada elogiou a Liga Angolana de Batalhas, destacando sua organização exemplar e sua influência em países de língua portuguesa. Ele reconheceu a persistência da liga ao longo dos anos, ressaltando que eles não descansaram por um ano sequer. Essa observação serve como um testemunho da dedicação e resiliência da comunidade de batalhas de rap em Angola.
Ao discutir o movimento do Rapódromo, Trovoada trouxe à tona tanto os aspectos positivos quanto os desafios que o acompanham. Reconheceu que o Rapódromo é um movimento poderoso que tem um impacto significativo na cena do rap, mas também apontou falhas na organização que afectam até mesmo os gladiadores, os protagonistas das batalhas.
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Ethale Publishing abre convite para novos escritores
A Ethale Publishing, editora vocacionada na promoção da literatura e da cultura, através de um comunicado nas suas redes sociais, emitiu um convite aos escritores para submeterem os seus trabalhos para futura publicação.
Ao longo dos anos, a editora tem colaborado com figuras icônicas da literatura, como Ngũgĩ wa Thiong’o, Aminta Sow Fall, Licínio de Azevedo e Wole Soyinka, consolidando-se como uma plataforma que celebra a riqueza cultural e a diversidade de histórias do continente.
A Ethale acredita no poder de promover autores com diferentes perspectivas e histórias únicas, e deseja continuar ampliando esse espaço. Por meio desse novo convite, escritores que possuem manuscritos ou ideias inovadoras são incentivados a participar e compartilhar suas vozes. O objetivo da editora é continuar enriquecendo o panorama literário com publicações em português que dialoguem com as experiências africanas.
Os interessados podem submeter suas propostas entrando em contato pelo e-mail [ethalebooks@gmail.com] ou visitando o site oficial [ethalebooks.com]. A Ethale Publishing reafirma seu compromisso em apoiar a literatura africana e está ansiosa para explorar novas histórias que representem a diversidade do continente.
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Morreu o músico moçambicano Dilon Ndjindji
A música moçambicana está de luto: perdeu a vida o músico moçambicano Dilon Ndjindji, o rei da Marrabenta, vítima de doença.
A informação foi avançada pelo Presidente do Município de Marracuene, Shaffe Sidat, através das suas redes sociais.
NOTÍCIA EM ACTUALIZAÇÃO
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“Não penso na velhice, tenho medo que a velhice pense em mim”- Mia Couto
O escritor moçambicano Mia Couto, famoso por suas obras, frequentemente aborda a temática do tempo em suas entrevistas e livros. Para o escritor, o tempo e as idades devem ser encarados como travessias, uma visão que permeia sua produção literária.
Em um curto vídeo recente, Mia Couto expressa seu desejo de atravessar o tempo de maneira distraída, sem se deixar prender por suas limitações. Essa mesma reflexão está presente no poema “O espelho”, escrito em 2006, no qual o autor discorre sobre a perplexidade diante do envelhecimento e como a luz da idade revela nosso verdadeiro reflexo.
Confira abaixo o poema que explora essa temática:
O espelho
“Esse que em mim envelhece
assomou ao espelho
a tentar mostrar que sou eu.
Os outros de mim,
fingindo desconhecer a imagem,
deixaram-me, a sós, perplexo,
com meu súbito reflexo.
A idade é isto: o peso da luz
com que nos vemos.”
Maputo, 2006