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Hermínio denuncia esquema de exploração de novos artistas na indústria musical  

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Hermínio denuncia esquema de exploração de novos artistas na indústria musical

Na última entrevista concedida pelo cantor Hermínio, uma revelação surpreendente sobre as práticas dos promotores de eventos na indústria musical moçambicana veio à tona. O artista expôs um cenário no qual artistas emergentes são frequentemente explorados por promotores que os atraem com a promessa de maior visibilidade, apenas para atuar sem receber qualquer compensação financeira.

“Dinheiro do meu primeiro trabalho discográfico nao peguei” – Hermínio

Hermínio detalhou sua própria experiência ao ser aliciado para se apresentar de forma gratuita no concerto do renomado rapper norte-americano Bobby Valentino, que ocorreu em Maputo, mais precisamente no Cocunuts, no ano de 2010. O cantor revelou que três promotores se uniram para convencê-lo de que atuar neste evento de grande porte seria uma oportunidade imperdível para ganhar visibilidade, mesmo que sem remuneração.

“Os promotores de eventos moçambicanos não valorizam os artistas nacionais; pelo contrário, quando um artista novo está em ascensão, eles se aproximam com promessas de apoio e carinho, mas, na verdade, estão apenas procurando usá-lo para seus próprios interesses”, afirmou Hermínio, destacando a falta de respeito e reconhecimento para com os músicos locais.

Uma das práticas alarmantes reveladas por Hermínio é a discrepância entre os cachês oferecidos a artistas nacionais e estrangeiros. Enquanto os cachês dos artistas moçambicanos muitas vezes não eram discutidos ou eram propostos valores insignificantes, os artistas internacionais eram tratados de forma diferenciada, com os promotores cientes dos valores exatos que deveriam ser pagos.

As declarações de Hermínio trouxeram à luz um lado sombrio da indústria musical moçambicana, chamando a atenção para a exploração e desvalorização dos talentos emergentes. Muitos artistas, atraídos pela perspectiva de ganhar mais visibilidade, podem estar caindo em armadilhas que os deixam sem qualquer recompensa financeira pelo seu trabalho árduo e criatividade.

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Ethale Publishing abre convite para novos escritores 

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A Ethale Publishing, editora vocacionada na promoção da literatura e da cultura, através de um comunicado nas suas redes sociais, emitiu um convite aos escritores para submeterem os seus trabalhos para futura publicação. 

Ao longo dos anos, a editora tem colaborado com figuras icônicas da literatura, como Ngũgĩ wa Thiong’o, Aminta Sow Fall, Licínio de Azevedo e Wole Soyinka, consolidando-se como uma plataforma que celebra a riqueza cultural e a diversidade de histórias do continente.

A Ethale acredita no poder de promover autores com diferentes perspectivas e histórias únicas, e deseja continuar ampliando esse espaço. Por meio desse novo convite, escritores que possuem manuscritos ou ideias inovadoras são incentivados a participar e compartilhar suas vozes. O objetivo da editora é continuar enriquecendo o panorama literário com publicações em português que dialoguem com as experiências africanas.

Os interessados podem submeter suas propostas entrando em contato pelo e-mail [ethalebooks@gmail.com] ou visitando o site oficial [ethalebooks.com]. A Ethale Publishing reafirma seu compromisso em apoiar a literatura africana e está ansiosa para explorar novas histórias que representem a diversidade do continente.

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Morreu o músico moçambicano Dilon Ndjindji

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Dilon Ndjindji

A música moçambicana está de luto: perdeu a vida o músico moçambicano Dilon Ndjindji, o rei da Marrabenta, vítima de doença.

A informação foi avançada pelo Presidente do Município de Marracuene, Shaffe Sidat, através das suas redes sociais.

NOTÍCIA EM ACTUALIZAÇÃO

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“Não penso na velhice, tenho medo que a velhice pense em mim”- Mia Couto

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Mia Couto,novo livro

O escritor moçambicano Mia Couto, famoso por suas obras, frequentemente aborda a temática do tempo em suas entrevistas e livros. Para o escritor, o tempo e as idades devem ser encarados como travessias, uma visão que permeia sua produção literária.

Em um curto vídeo recente, Mia Couto expressa seu desejo de atravessar o tempo de maneira distraída, sem se deixar prender por suas limitações. Essa mesma reflexão está presente no poema “O espelho”, escrito em 2006, no qual o autor discorre sobre a perplexidade diante do envelhecimento e como a luz da idade revela nosso verdadeiro reflexo.

Confira abaixo o poema que explora essa temática:

O espelho

“Esse que em mim envelhece  

assomou ao espelho  

a tentar mostrar que sou eu.  

Os outros de mim,  

fingindo desconhecer a imagem,  

deixaram-me, a sós, perplexo,  

com meu súbito reflexo.  

A idade é isto: o peso da luz  

com que nos vemos.”

Maputo, 2006

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