Opinião
Enoque Chamo: Dos memes à cara de uma das grandes marcas em Moçambique
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Era uma vez um jovem criativo, que com sua mente afiada e senso de humor único, conquistou a internet com seus memes. Seu nome é Enoque Chamo. Através de textos curtos e imagens engraçadas, ele desencadeava sorrisos e uma serie de reacções positivas na nas redes sociais e arrancava sorrisos dos corações virtuais.
Enoque começou sua jornada humildemente, compartilhando suas criações nas redes sociais. Seus memes eram compartilhados freneticamente, ganhando vida própria e alcançando milhares de pessoas. Seu talento para criar conteúdo digital era inegável, e a cada dia sua popularidade crescia.
Mas Enoque não se contentava apenas com o sucesso na internet, almejava voos mais altos, desejava levar seu humor para além das telas dos smartphones e computadores. Foi então que, por um golpe do destino ou talvez por uma combinação de talento e oportunidade, Enoque se tornou a representante de grandes marcas.
Suas criações ganharam notoriedade, e as empresas começaram a enxergar nele um parceiro valioso. Enoque Chamo, o mestre dos memes, foi chamado para colaborar com marcas renomadas. Uma delas foi a gigante cervejeira moçambicana 2M, que reconheceu o potencial de Enoque para alcançar e divertir o público.
Enoque evoluiu ao longo de sua carreira, deixando para trás os dias em que se imaginava amigo de celebridades através de montagens fotográficas. Seu talento genuíno e criatividade autêntica o levaram a criar uma página no Facebook, que, até a data desta crônica, conta com quase 200 mil seguidores. Além disso, seu perfil no Instagram acumula quase 80 mil seguidores.
Enoque tornou-se um contador de histórias engraçadas, utilizando personagens que habitavam sua imaginação fértil, tinha o dom de fazer e desfazer nas mentes de seus leitores, transportando-os para um mundo repleto de risos e diversão. Seus memes ganharam vida própria, transbordando para além das telas e ecoando nos corações de todos que os encontravam.
Enoque Chamo não é apenas um mero criador de memes, mas sim, um artista que tocava nas emoções das pessoas, alegrando seus dias e proporcionando momentos de leveza em meio ao caos do cotidiano. Seu trabalho era um presente para a sociedade, uma válvula de escape em tempos difíceis, onde a COVID-19, fazia-se sentir em peso.
Opinião
Pfuka u Phanda, um conselho de gerações que continua urgente
“Pfuka U Phanda”, colaboração entre António Marcos e Nelson Tivane, é mais do que uma simples faixa do novo projecto discográfico de Nelson, Lhamula, é um chamado à consciência, um lembrete musical que atravessa gerações.
Ao unir dois artistas de idades e trajetórias diferentes, a música transforma-se num diálogo intergeracional que reforça valores que nunca perdem validade, acordar, mover-se e fazer acontecer.
A força da música está na forma como combina melodias cuidadosamente escolhidas com uma letra directa, quase paternal. Ambos os artistas recordam que nada se conquista parado, que o sucesso não é fruto do acaso, mas sim de esforço contínuo, disciplina e coragem para enfrentar obstáculos.
No fundo, “Pfuka U Phanda” deixa um conselho simples, mas necessaria “não há resultados sem acção”. Segundo os autores, lamentar não muda a realidade, dormir sobre os problemas não os resolve, é preciso levantar, trabalhar, procurar caminhos e criar oportunidades, mesmo nos dias difíceis.
Opinião
Zakaza, o som que se calou: Reforma ou morte?
O nosso patrão da música moçambicana, MC Roger, era conhecido por todos como o “Rei do Verão” o artista que anunciava a chegada da estação mais quente em Moçambique com músicas que enchiam praias, festas e marginais.
Mas este ano, aliás nos últimos tempos, estranhamente, está em silêncio. Não há faixa que celebre o sol, o calor, o ritmo da festa, nada de anúncio do “verão chegou” nem um Zakaza de surpresa.
O vazio desse palco fez-me perguntar que aconteceu ao nosso Rei do Verão? Sera que alguém se negou a abrir as portas ao patrão e ele não passou?
Fui pesquisar e vi os sinais de mudança quando percebi que nas suas redes sociais deixou de exibir batidas e danças para o calor, mulheres a cair na piscina, e passou a trazer imagens de cerimónias, eventos institucionais e figuras políticas.
O fato, gravata e sapatos que brilhavam, agora sobem outras escadas e as portas com fechaduras de ouro são abertas para entrar em lugares cheios de “excelências”, “todo protocolo” e “no que tange”.
Para mim, ele resolveu morrer para a música matar sua carreira para mudar renascer como agente de influência, com uma faceta mais patriótica ou política.
Agora, o artista que antes trazia “sol, festa e calor” parece ter aceitado outros ritmos e outras plateias. Isso não é necessariamente mau, mas deixa um vazio entre quem esperava a sua batida anual e quem agora vê um rosto mais voltado para o poder, o palco político.
Assim sendo, volto a dizer, Mc Roger morreu para a música. Eu já não conto com ele.
Opinião
Facebook matou Fred e roubou a coroa
Desde que o Facebook tornou-se um fenómeno, a informação circula de forma mais rápida. Com isso, desapareceram os tempos em que aguardávamos ansiosamente por programas televisivos para nos actualizarmos sobre as novidades do país.
Recordo-me de esperar até às 15 ou 16 horas para assistir ao “Atracções” na TV Miramar, na expectativa de um “beef” que Fred Jossias havia preparado. Às vezes, ele nem chegava a revelar tudo, mantendo-nos em suspense até ao dia seguinte. Nos geria uma semana com o mesmo beef, apenas nos alimentando com o cheiro.
Naquela época, como talvez o único corajoso detentor daquela informação, Fred comportava-se como a última bolacha do pacote, a única coca do deserto, o rei de tudo, e nós, meros mendigos do seu “beef”.
Porém, as redes sociais, especialmente o Facebook, acabaram com esse privilégio, uma vez que as informações correm muito rápido e são partilhadas sem muito medo de perseguições, pois alguns utilizam perfis anónimos, como é o caso do Unay que, inegavelmente, tirou o poder a Fred pois antes de sair do activo, era onde as pessoas iam para saber dos novidades mais quentes e íntimas dos artistas e não só.
Além disso, agora o telemóvel com câmara e internet tornou-se quase que acessível a todos, daí que factos que antes apenas podiam ser cobertos e revelados por uma parte, agora todos podem.
Daí que, se Fred demorar com uma informação, corre o risco de ter outra pessoa já a falar sobre isso no Facebook, o que tira a sua arma poderosa: fazer as pessoas esperar.
O que notamos agora é que o rei virou um peão, também fica à espera de um escândalo na internet para poder comentar e gerar sensacionalismo em cima disso.