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Opinião

Gala-Gala Edições revela textos selecionados para a “Antologia de Contos Eróticos em Moçambique”

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Gala-Gala Edições revela textos selecionados para a “Antologia de Contos Eróticos em Moçambique”

A Gala-Gala Edições, uma das principais editoras de Moçambique, revelou recentemente os 10 contos selecionados para sua antologia de contos eróticos. A iniciativa, que ocorreu entre 6 de Dezembro de 2022 a 9 de Fevereiro de 2023, atraiu um grande número de escritores ansiosos para participar deste projeto audacioso.

A equipe da Gala-Gala avaliou criteriosamente as 22 submissões recebidas com base em quatro indicadores essenciais: observância do regulamento, criatividade, construção narrativa e domínio da linguagem, onde cerca de 70% das histórias foram desclassificadas por não cumprirem as diretrizes estabelecidas, como a formatação em Times New Roman e o limite de 10 páginas.

Atraves de um comuicado ans suas redes sociais, a Gala-Gala Edições expressou a sua gratidão a todos os participantes e parabenizando os 10 autores selecionados, cujos contos se destacaram entre os demais.

A editora, deixou como promessa que em breve, dará mais detalhes sobre o livro, incluindo a data de lançamento e informações relevantes para os interessados.

Confira abaixo os autores e contos selecionados que irão compor a antologia de contos eróticos:

  1. Angelina Neves, “Espantosamente delicioso!”
  2. António DM, “Logo agora que eu queria ir para casa”
  3. Benjamim João Luís, “A minha chefe enlouquece-me”
  4. Daúde Amade, “O recanto dos prazeres”
  5. Idrice Atibo Atumane, “Uma amizade”
  6. Joanna Mawai, “Eu só queria experimentar”
  7. Mário de Rosas, “O feitiço da minha mulher”
  8. Octaviano Joba, “Entre Sarta Lesse e o amor do submundo”
  9. Paula Cristina, “Amar mulher de 50, é amar 50 mulheres de uma vez só”
  10. Zanete André Nhangal, “Penso, logo sinto-te dentro de mim”
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Opinião

Tabasilly é o responsável pelo sucesso de Mr. Bow

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Tabasilly, é uma figura incontornável na construção de carreiras musicais em Moçambique. Entre 2013 e 2015, quando eu colaborava na Rádio Terra Verde, tive a oportunidade de testemunhar de perto a dedicação e generosidade de Taba, características que o tornaram um pilar no sucesso de vários artistas. 

Ele era responsável por levar as músicas do Mr. Bow para a rádio, mas o que mais me impressionava era sua insistência em garantir que as canções de seu amigo fossem tocadas, mesmo quando tinha suas próprias músicas para promover. Esse altruísmo revelou uma faceta rara no mundo competitivo da música: a disposição de impulsionar o talento alheio sem colocar o próprio ego em primeiro plano.

Apesar de insinuações de que Mr. Bow poderia se tornar uma ameaça ao seu próprio sucesso, Taba nunca via isso como um problema. Ele acreditava firmemente que havia espaço para todos brilharem, citando exemplos como Wazimbo, Antônio Marcos, Safira José, Domingas e Belita, e Rosália Mboa, que fizeram sucesso simultaneamente. Esse espírito colaborativo não só ajudou a moldar a carreira de Mr. Bow, mas também influenciou profundamente outros talentos emergentes.

Em 2020, conheci Kay Novela, um jovem talentoso que revelou que, em meio a muitas dificuldades, foi Tabasilly quem o ajudou a subir aos grandes palcos na África do Sul. Graças ao apoio de Taba, Kay conseguiu não apenas visibilidade, mas também estabilidade financeira e contatos valiosos.

O reconhecimento veio em 2020, quando Mr. Bow lançou o álbum *Story of My Life* e presenteou Tabasilly com um cheque de 100.000 MZN, como forma de agradecer por seu papel crucial na construção de seu sucesso. Além disso, foi Tabasilly quem introduziu Mabermuda a King Bow, facilitando colaborações que enriqueceram a cultura musical moçambicana.

Tabasilly não é apenas um músico talentoso, mas também um verdadeiro mentor e construtor de carreiras. Sua generosidade e visão colaborativa têm deixado uma marca indelével na música de Moçambique, abrindo portas e criando oportunidades para muitos artistas brilharem. Sua contribuição é um exemplo de como o sucesso pode ser alcançado não apenas através de talento individual, mas também através de apoio mútuo e solidariedade.

Texto de Mia Tembe

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Opinião

A história do Trio que queria ser uma Fam para sempre

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Nos anos 2000, Moçambique viveu um dos períodos mais vibrantes do rap e os Trio Fam foram um dos grupos mais destacados dessa era dourada.

Formado por Kaus, Cinzel e Kloro, o grupo não apenas marcou o cenário musical, mas também conquistou aplausos e reconhecimento de uma geração.

Antes conhecidos como Rappers Unit, depois Trio Fam, formavam mais do que um grupo de rap. Era uma família, uma “Fam” que transcendia os laços musicais.

As suas faixas falavam da vida nas ruas, dos desafios diários e dos sonhos de uma juventude que buscava o melhor num país como o nosso.

Sob a direcção do icónico DJ Beatkeepa, ex-manager da Track Records, os Trio Fam amplificaram a voz de todos os jovens com intervenções em músicas como “Au Suke” e Respeito Mútuo. Mas também conseguiram agradar a quem gostasse de abordagens mais Egotrip, com os clássicos “Mãos na Cabeça”, “J’yeah J’yeah”, “Continencia”, “Randza”, entre outros.

Mas, como muitas histórias de sucesso, os Trio Fam também tiveram os seus desafios. A parceria de longa data entre Kaus, Cinzel e Kloro, que parecia inquebrável, enfrentou dificuldades inesperadas após Kaus suspeitar que Kloro tinha desviado os fundos da Mukheru Music, que os três membros administravam.

A desconfiança que surgiu a partir desse episódio, criou a dissociação do grupo.
Entretanto, apesar do fim triste, o legado do Trio Fam permanece intocado. Kaus, Cinzel e Kloro, mesmo seguindo caminhos separados, deixaram uma marca inquestionável no hip-hop moçambicano.

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A carta que Charles escreveria hoje ao Duas Caras

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Há mais de 10 anos, quando reinavam incertezas sobre a carreira do rapper moçambicano Duas Caras, um super fã do rapper, Charles, decidiu enviar uma carta para expressar a sua insatisfação com a situação

Trata-se de uma carta escrita em tempos longínquos, quando as redes sociais ainda eram novidade, tanto que a mensagem foi enviada por e-mail.

Uma “carta” que tocou o rapper e o inspirou a compor uma música que se tornaria um sucesso, marcando o seu retorno aos holofotes, ao lado de Rui Michael, estrela do rock em Moçambique.

A mensagem do fã foi clara: independentemente do sucesso, continuaria a apoiar o rapper, ignorando qualquer tipo de mudança. Mas e hoje? Duas Caras voltou a mudar, e agora a metamorfose é profunda.

O rapper já não se preocupa em lançar barras; agora o foco são danças e batidas para viralizar no TikTok, Facebook e Instagram, iniciado com a sua aventura pelo estilo Afrobeat, através do som “Fala como Homem, que é assinada pela label Geobek Records.

A verdade é que a sua saída do rap já tinha sido anunciada. A metamorfose começou com Djundava, um álbum que marcou o renascimento do rapper, depois de Duditos Way, que foi o último trabalho de Duas com o teor Hip-hop.

Foi em “Duditos Way” que Duas deu os “props” a todos que o acompanharam enquanto rapper. Neste trabalho, em “Ossos no Baú”, o rapper fez uma introspecção sobre sua carreira no rap moçambicano, mas como não foi Afrobeat, não chegou a todos.

“Não sei se o próximo rei fará melhor que o rei Duas”, diz ele na música, assumindo a passagem do bastão ao próximo rapper.

Ainda neste som, Duas pede que se dê flores aos que fizeram muito pelo hip-hop nacional, com ênfase para os membros da G-Pro, grupo de rap do qual fez parte.

Se Charles tivesse que escrever uma carta hoje, inicialmente, parabenizaria o rapper por ter conseguido lançar o seu primeiro álbum, e mais tarde, Afromatic.

Faria chegar a mensagem de que o “Cu Gordo” já não está como toque de chamada, mas “Gueime” está entre as opções, pois foi essa a resposta do rap ao fã, com a explicação com A+B de cada escolha.

Quando o Karma bate à porta

Desde que se aliou ao Afrobeat, o rapper está a ser atacado de todos os lados, até por rappers que nunca se pensou que o fariam. Parece que não basta ele querer; os rappers também devem querer. Flash Enccy, por exemplo, não fugiu do legado que tem com o rap, de bater de frente, tanto que mandou um “MotherFucker” ao Duas no Festival de Hip-Hop.

Há quem diga que o rapper está apenas a ser versátil ao aliar-se ao Afrobeat, numa versão que lembra bastante Burna Boy.

A questão é uma: sem Duas Caras, o rap moçambicano fica sem rei, apenas com o príncipe Hernâni da Silva Mudanisse.

Se Charles tivesse que escrever a segunda carta, diria ao rapper que não é que os colegas não entendam a sua mudança de estilo, mas é apenas o karma a bater à porta.

Duas Caras foi um dos que se opuseram à versatilidade dos rappers nacionais, esteve entre os que não apoiavam que um rapper dançasse e fizesse Pandza, estilo que não difere tanto do Afrobeat que hoje ele abraça.

Fora a aventura no Afrobeat, o que não se sabe é se Charles concordaria com as ausências de Duas no movimento Hip-hop, concretamente o Rapódromo. Duas criou o Rapódromo e hoje, diga-se de passagem, abandonou-o, passando a responsabilidade para Allan.

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