Opinião
Elgar Miles um rapper focado em versatilidade
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Elgar Miles ou Dehermes é o nome do jovem criativo que pouco a pouco, leva a sua carreira para um outro nível, sem deixar dúvidas sobre a sua capacidade de criar, explorando toda a sua versatilidade num flow diferente.
Para além de rapper, o King de Gaza, já deixou suas pegadas dentro do Fashion Design, onde tem clientes fiéis na Itália, segundo escreveu a Bantumen. Desde a sua aparição escandalosa neste ano, em uma festa organizada por Dygo Boy, onde colocou uma pulga por de traz da orelha de muitos internautas, assim como depois de lançar “Monstro”, uma música de apaixonar-se tanto pelo áudio assim como pelo vídeo, deixou claro os seus objectivos no rap.
A sua versatilidade e forma diferente de apresentar a sua arte, não está somente em suas melodias, letra ou instrumental, mas também em sua forma particular de vestir. Caso escute a música “Tum, Tum, Tum” com colaboração de Hélio Beatz, perceberá o quanto a sua voz e flow, enquadra-se perfeitamente ao novo pandza, mostrando um Dehermes diferente daquele suave que cantou “Deixa Cair” e “Mágica” músicas melancólicas lançadas em 2020, produzidas por Ell Puto, que foram sucedidas pelo Funk “Rebola” com a participação da artista brasileira Ana B e do produtor luso-angolano Beatoven.
Com o álbum recém-lançado o seu título de versatilidade veio mais uma vez a confirmar-se com o lançamento de “A caminho de Gaza“, álbum composto por 13 faixas, que parte de “Safari” até “Olé”, viajando entre os estilos músicas rap, trap, funk, pandza, pop dentre outros com participação de artistas como Bander, DJ Tarico, Ana B, DJ Supaman, Luxury Recycle, Hernâni, Djimetta, LayLizzy e Helio Beatz.
Pode-se considerar esta fusão de artistas em um mesmo trabalho, mais uma prova da sua capacidade de ser versátil no mundo musical, conseguindo trazer um flow diferente para o público.
Opinião
Pfuka u Phanda, um conselho de gerações que continua urgente
“Pfuka U Phanda”, colaboração entre António Marcos e Nelson Tivane, é mais do que uma simples faixa do novo projecto discográfico de Nelson, Lhamula, é um chamado à consciência, um lembrete musical que atravessa gerações.
Ao unir dois artistas de idades e trajetórias diferentes, a música transforma-se num diálogo intergeracional que reforça valores que nunca perdem validade, acordar, mover-se e fazer acontecer.
A força da música está na forma como combina melodias cuidadosamente escolhidas com uma letra directa, quase paternal. Ambos os artistas recordam que nada se conquista parado, que o sucesso não é fruto do acaso, mas sim de esforço contínuo, disciplina e coragem para enfrentar obstáculos.
No fundo, “Pfuka U Phanda” deixa um conselho simples, mas necessaria “não há resultados sem acção”. Segundo os autores, lamentar não muda a realidade, dormir sobre os problemas não os resolve, é preciso levantar, trabalhar, procurar caminhos e criar oportunidades, mesmo nos dias difíceis.
Opinião
Zakaza, o som que se calou: Reforma ou morte?
O nosso patrão da música moçambicana, MC Roger, era conhecido por todos como o “Rei do Verão” o artista que anunciava a chegada da estação mais quente em Moçambique com músicas que enchiam praias, festas e marginais.
Mas este ano, aliás nos últimos tempos, estranhamente, está em silêncio. Não há faixa que celebre o sol, o calor, o ritmo da festa, nada de anúncio do “verão chegou” nem um Zakaza de surpresa.
O vazio desse palco fez-me perguntar que aconteceu ao nosso Rei do Verão? Sera que alguém se negou a abrir as portas ao patrão e ele não passou?
Fui pesquisar e vi os sinais de mudança quando percebi que nas suas redes sociais deixou de exibir batidas e danças para o calor, mulheres a cair na piscina, e passou a trazer imagens de cerimónias, eventos institucionais e figuras políticas.
O fato, gravata e sapatos que brilhavam, agora sobem outras escadas e as portas com fechaduras de ouro são abertas para entrar em lugares cheios de “excelências”, “todo protocolo” e “no que tange”.
Para mim, ele resolveu morrer para a música matar sua carreira para mudar renascer como agente de influência, com uma faceta mais patriótica ou política.
Agora, o artista que antes trazia “sol, festa e calor” parece ter aceitado outros ritmos e outras plateias. Isso não é necessariamente mau, mas deixa um vazio entre quem esperava a sua batida anual e quem agora vê um rosto mais voltado para o poder, o palco político.
Assim sendo, volto a dizer, Mc Roger morreu para a música. Eu já não conto com ele.
Opinião
Facebook matou Fred e roubou a coroa
Desde que o Facebook tornou-se um fenómeno, a informação circula de forma mais rápida. Com isso, desapareceram os tempos em que aguardávamos ansiosamente por programas televisivos para nos actualizarmos sobre as novidades do país.
Recordo-me de esperar até às 15 ou 16 horas para assistir ao “Atracções” na TV Miramar, na expectativa de um “beef” que Fred Jossias havia preparado. Às vezes, ele nem chegava a revelar tudo, mantendo-nos em suspense até ao dia seguinte. Nos geria uma semana com o mesmo beef, apenas nos alimentando com o cheiro.
Naquela época, como talvez o único corajoso detentor daquela informação, Fred comportava-se como a última bolacha do pacote, a única coca do deserto, o rei de tudo, e nós, meros mendigos do seu “beef”.
Porém, as redes sociais, especialmente o Facebook, acabaram com esse privilégio, uma vez que as informações correm muito rápido e são partilhadas sem muito medo de perseguições, pois alguns utilizam perfis anónimos, como é o caso do Unay que, inegavelmente, tirou o poder a Fred pois antes de sair do activo, era onde as pessoas iam para saber dos novidades mais quentes e íntimas dos artistas e não só.
Além disso, agora o telemóvel com câmara e internet tornou-se quase que acessível a todos, daí que factos que antes apenas podiam ser cobertos e revelados por uma parte, agora todos podem.
Daí que, se Fred demorar com uma informação, corre o risco de ter outra pessoa já a falar sobre isso no Facebook, o que tira a sua arma poderosa: fazer as pessoas esperar.
O que notamos agora é que o rei virou um peão, também fica à espera de um escândalo na internet para poder comentar e gerar sensacionalismo em cima disso.