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Prodígio concorda com Paulina Chiziane
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Prodígio, rapper angolano, lançou mais uma versão deluxe do seu projecto discográfico designada “Prodigia-te” da sua aventura pela CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). A nova versão é Di Tchon, desta vez com foco em Guiné Bissau, onde está presente a sua concordância com algo já dito pela Paulina Chiziane: Deus é mulher, e é negra.
A concordância está presente em “Ámen” faixa número 2 do projecto. Uma retórica do rapper sobre a crença no Deus na mesma plenitude que convida à compreensão sobre o seu cepticismo, baseando-se na desgraça que é o mundo, e em fecho assume ter conhecido neste processo o verdadeiro Deus que “é mulher, e negra”.
No caso da Paulina, a colocação do Deus como mulher e negra, aparece em entrevista à agência de notícias Lusa, onde aponta que “Deus é negra e por uma razão simples: se o ser humano foi feito à imagem e semelhança de deus, então Deus, desculpe, é muito parecido comigo. É negra e é mulher”, sublinhou.
A adjectivação, surge nas suas vivências com mulheres durante a produção do livro “A Voz do Cárcere”, ao lado do moçambicano Dionísio Bahule onde visitou mulheres que estão nas prisões e buscou compreender as suas estórias e a força que lhes guia.
Voltando ao “Di Tchon Deluxe”, o projecto tem igual número de faixas com as outras versões, e é um canto motivacional aos jovens na sua caminhada ao sucesso.
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Ethale Publishing abre convite para novos escritores
A Ethale Publishing, editora vocacionada na promoção da literatura e da cultura, através de um comunicado nas suas redes sociais, emitiu um convite aos escritores para submeterem os seus trabalhos para futura publicação.
Ao longo dos anos, a editora tem colaborado com figuras icônicas da literatura, como Ngũgĩ wa Thiong’o, Aminta Sow Fall, Licínio de Azevedo e Wole Soyinka, consolidando-se como uma plataforma que celebra a riqueza cultural e a diversidade de histórias do continente.
A Ethale acredita no poder de promover autores com diferentes perspectivas e histórias únicas, e deseja continuar ampliando esse espaço. Por meio desse novo convite, escritores que possuem manuscritos ou ideias inovadoras são incentivados a participar e compartilhar suas vozes. O objetivo da editora é continuar enriquecendo o panorama literário com publicações em português que dialoguem com as experiências africanas.
Os interessados podem submeter suas propostas entrando em contato pelo e-mail [ethalebooks@gmail.com] ou visitando o site oficial [ethalebooks.com]. A Ethale Publishing reafirma seu compromisso em apoiar a literatura africana e está ansiosa para explorar novas histórias que representem a diversidade do continente.
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Morreu o músico moçambicano Dilon Ndjindji
A música moçambicana está de luto: perdeu a vida o músico moçambicano Dilon Ndjindji, o rei da Marrabenta, vítima de doença.
A informação foi avançada pelo Presidente do Município de Marracuene, Shaffe Sidat, através das suas redes sociais.
NOTÍCIA EM ACTUALIZAÇÃO
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“Não penso na velhice, tenho medo que a velhice pense em mim”- Mia Couto
O escritor moçambicano Mia Couto, famoso por suas obras, frequentemente aborda a temática do tempo em suas entrevistas e livros. Para o escritor, o tempo e as idades devem ser encarados como travessias, uma visão que permeia sua produção literária.
Em um curto vídeo recente, Mia Couto expressa seu desejo de atravessar o tempo de maneira distraída, sem se deixar prender por suas limitações. Essa mesma reflexão está presente no poema “O espelho”, escrito em 2006, no qual o autor discorre sobre a perplexidade diante do envelhecimento e como a luz da idade revela nosso verdadeiro reflexo.
Confira abaixo o poema que explora essa temática:
O espelho
“Esse que em mim envelhece
assomou ao espelho
a tentar mostrar que sou eu.
Os outros de mim,
fingindo desconhecer a imagem,
deixaram-me, a sós, perplexo,
com meu súbito reflexo.
A idade é isto: o peso da luz
com que nos vemos.”
Maputo, 2006