Warning: mkdir(): Read-only file system in /var/www/easywp-plugin/wp-nc-easywp/vendor/wpbones/wpbones/src/Foundation/Log/LogServiceProvider.php on line 118

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the rank-math domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/wptbox/wp-includes/functions.php on line 6114
“Mali Yo Lusa” de Joaquim Macuacua, uma música para reflectir sobre mulheres bonitas - Xigubo
Connect with us

Opinião

“Mali Yo Lusa” de Joaquim Macuacua, uma música para reflectir sobre mulheres bonitas

Publicado

aos

“Mali Yo Lusa” de Joaquim Macuacua, uma música para reflectir sobre mulheres bonitas

“Mali Yo Lusa”, é um dos sucessos do músico moçambicano Joaquim Macuacua, pertencente ao trabalho discográfico Disck, composto por 10 faixas músicas de intervenção pessoal e social. 

Na música, Joaquim Macuacua defende que a escolha de uma parceira olhando para a aparência física, pode levar as pessoas a um grande precipício de sentimentos de arrependimento, angústia e revolta, igual acontece quando compramos uma mercadoria defeituosa, e sem garantia de devolução. 

Afinal o que levou Joaquim Macuacua a escrever esta música, será mesmo que mulheres bonitas são amaldiçoadas? Essa é a questão que me fiz enquanto regressava a casa, uma vez que na boleia a música era tocada de forma repetida, como se a mensagem o aumentasse combustível no carro. 

Na zona sul de Moçambique, para um homem ter uma esposa em sua casa, precisa antes receber a bênção dos pais da noiva, através de uma cerimónia ou casamento tradicional, onde o noivo agradece os pais da noiva com um valor simbólico. Na música, Macuacua lamenta a experiência mal sucedida de construir um lar com a sua amada, uma vez que esta não foi de encontro com a sua ideia de mulher ideial. “nyia teka xiphunta mina” (casei uma maluca), chorando o valor que perdeu na cerimónia, casando uma louca.  

Na mesma, revala os ensinamentos passados pelos mais velhos, que defendem que se uma mulher é bonita, existe probabilidade de ser feiticeira, caso não, pode ser uma prostituta, se assim não for, então será preguiçosa. Caso falhe as primeiras opções, provavelmente seja ladra, desrespeitosa com o seu esposo, porca ou até uma bêbada.  

“vakokwane vani gwelile ku nsati wa ku sasseka wa loya/loku a nga loyi i gueleguele, loko anga guelezi i lolo, loko anga loloti wa yiva/loko anga yive wa mbwambua, loku anga mbwambwati ani futa he, loko angana futa ixidakwa xissa , ho mali ya mina, juro ninga tlanga hi yona leyi” 

Com a situação, questiona-se sobre a virtude de uma mulher e o que pode ser aproveitado dela, uma vez que não encontrava a perfeição que procurava. 

“loko asweka swakudla swo tlala a maha hikuni shungueta hi nengue” (quando deseja falta-me com respeito e entrega-me as refeições usando o pé)

Em suma, para Macuacua a ideia de juntar-se a alguém por conta de seus atributos físicos, pode não ser boa ideia. Dai a importância de conhecer o comportamento das pessoas antes de se entregar a um amor talvez sem volta, o que pode resultar em uma vida cheia de lamentações e dramas. 

Com tudo, esta música desmistifica a ideia de que a mulher bonita, não precisa de investir em outras áreas de sua vida, apenas garantir que sua beleza continue intacta e traga frutos. Com esta lição, Joaquim, pretende despertar as mulheres bonitas as despindo das suas manias de grandeza, pondo-as no mesmo pé de igualdade com qualquer mulher, porque acredita que a verdadeira beleza de uma mulher é a interior.

Uma música dos anos 90 mas com uma mensagem que parece ter sido escrita ontem, pois ainda nota-se na nossa sociedade, mulheres com beleza exterior, mas faltando a interior, o que resulta em conflitos conjugais e familiares. 

Continuar a ler

Opinião

Internautas ensinam artistas a desactivar comentários

Publicado

aos

Em tempos de agitação social, ser uma figura pública e manter-se em silêncio é, para muitos, uma posição tão barulhenta quanto qualquer grito. No palco das redes sociais moçambicanas, onde as palavras ganham o peso de julgamentos e aplausos, a neutralidade tornou-se um risco  e os influenciadores que evitam apoiar o povo em suas demandas urgentes sentem agora o peso desse risco. 

Assim, Hot Blaze, Mr. Bow, Liloca e outros nomes de destaque na cena digital aprenderam a lidar com uma nova realidade: o medo dos comentários. 

Diante da fúria dos internautas, que pressionam as figuras públicas a se posicionarem sobre a situação sociopolítica de Moçambique, a estratégia de bloquear comentários tem sido o escudo preferido. A tentativa, entretanto, pouco parece servir de proteção, pois as redes fervem em discussões, e o público encontra formas alternativas de expressar seu descontentamento  seja compartilhando imagens ou criando fóruns de debate à parte, onde as vozes contrárias ao silêncio dos influenciadores se multiplicam.

Esses bloqueios de comentários revelam não apenas uma tentativa de escapar da pressão popular, mas também um sintoma de um receio profundo: o de que influenciar verdadeiramente exija, afinal, um compromisso com as causas que reverberam fora das telas.

Continuar a ler

Opinião

Tabasilly é o responsável pelo sucesso de Mr. Bow

Publicado

aos

Tabasilly, é uma figura incontornável na construção de carreiras musicais em Moçambique. Entre 2013 e 2015, quando eu colaborava na Rádio Terra Verde, tive a oportunidade de testemunhar de perto a dedicação e generosidade de Taba, características que o tornaram um pilar no sucesso de vários artistas. 

Ele era responsável por levar as músicas do Mr. Bow para a rádio, mas o que mais me impressionava era sua insistência em garantir que as canções de seu amigo fossem tocadas, mesmo quando tinha suas próprias músicas para promover. Esse altruísmo revelou uma faceta rara no mundo competitivo da música: a disposição de impulsionar o talento alheio sem colocar o próprio ego em primeiro plano.

Apesar de insinuações de que Mr. Bow poderia se tornar uma ameaça ao seu próprio sucesso, Taba nunca via isso como um problema. Ele acreditava firmemente que havia espaço para todos brilharem, citando exemplos como Wazimbo, Antônio Marcos, Safira José, Domingas e Belita, e Rosália Mboa, que fizeram sucesso simultaneamente. Esse espírito colaborativo não só ajudou a moldar a carreira de Mr. Bow, mas também influenciou profundamente outros talentos emergentes.

Em 2020, conheci Kay Novela, um jovem talentoso que revelou que, em meio a muitas dificuldades, foi Tabasilly quem o ajudou a subir aos grandes palcos na África do Sul. Graças ao apoio de Taba, Kay conseguiu não apenas visibilidade, mas também estabilidade financeira e contatos valiosos.

O reconhecimento veio em 2020, quando Mr. Bow lançou o álbum *Story of My Life* e presenteou Tabasilly com um cheque de 100.000 MZN, como forma de agradecer por seu papel crucial na construção de seu sucesso. Além disso, foi Tabasilly quem introduziu Mabermuda a King Bow, facilitando colaborações que enriqueceram a cultura musical moçambicana.

Tabasilly não é apenas um músico talentoso, mas também um verdadeiro mentor e construtor de carreiras. Sua generosidade e visão colaborativa têm deixado uma marca indelével na música de Moçambique, abrindo portas e criando oportunidades para muitos artistas brilharem. Sua contribuição é um exemplo de como o sucesso pode ser alcançado não apenas através de talento individual, mas também através de apoio mútuo e solidariedade.

Texto de Mia Tembe

Continuar a ler

Opinião

A história do Trio que queria ser uma Fam para sempre

Publicado

aos

Nos anos 2000, Moçambique viveu um dos períodos mais vibrantes do rap e os Trio Fam foram um dos grupos mais destacados dessa era dourada.

Formado por Kaus, Cinzel e Kloro, o grupo não apenas marcou o cenário musical, mas também conquistou aplausos e reconhecimento de uma geração.

Antes conhecidos como Rappers Unit, depois Trio Fam, formavam mais do que um grupo de rap. Era uma família, uma “Fam” que transcendia os laços musicais.

As suas faixas falavam da vida nas ruas, dos desafios diários e dos sonhos de uma juventude que buscava o melhor num país como o nosso.

Sob a direcção do icónico DJ Beatkeepa, ex-manager da Track Records, os Trio Fam amplificaram a voz de todos os jovens com intervenções em músicas como “Au Suke” e Respeito Mútuo. Mas também conseguiram agradar a quem gostasse de abordagens mais Egotrip, com os clássicos “Mãos na Cabeça”, “J’yeah J’yeah”, “Continencia”, “Randza”, entre outros.

Mas, como muitas histórias de sucesso, os Trio Fam também tiveram os seus desafios. A parceria de longa data entre Kaus, Cinzel e Kloro, que parecia inquebrável, enfrentou dificuldades inesperadas após Kaus suspeitar que Kloro tinha desviado os fundos da Mukheru Music, que os três membros administravam.

A desconfiança que surgiu a partir desse episódio, criou a dissociação do grupo.
Entretanto, apesar do fim triste, o legado do Trio Fam permanece intocado. Kaus, Cinzel e Kloro, mesmo seguindo caminhos separados, deixaram uma marca inquestionável no hip-hop moçambicano.

Continuar a ler